sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Delitos de amor
Autor: Maria Mercè Roca
Gostei. Achei a história autêntica, fala de um assunto e um problema comum a todos os dias - a pedofilia, mas a sua autenticidade está no relato da história na primeira pessoa, algo pouco comum num livro de estilo romance.
Tomando logo à partida a personagem principal um homem execrável, sendo, claro, a meu ver, a pederastia e o seu exercício sempre incompreensível e contundente(;) acaba por nos cativar (a nós leitores) pela sua presteza e placidez revelando discernimento e um carácter imponente até ao fim. Clarividência é o que se extrai em toda a escrita do autor.
entrada n.º 0090
Publicado por:
Sofia Sousa
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15:26
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Li e Gostei - 4 estrelas,
Li e Gostei - Romance
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Húmus
Li parcialmente, pois o clima geral de negativismo e pessimismo da obra fez-me desinteressar.
Para mim valeram especialmente os «Papéis do Gabiru» que expressam, o espírito válido da obra e merecem toda a atenção.
Publicado por:
Sofia Sousa
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14:53
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Li e Gostei - Outros Géneros
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
História, Memória e Património
O primeiro a participar será José das Candeias Sales, que falará sobre o tema «Arte e Espiritualidade no antigo Egipto: em busca da identidade de uma civilização». A par deste tema particular, o conferencista, aliás como todos os outros, partilhará com os participantes as suas perspectivas e opiniões sobre a temática geral do Ciclo.
PROGRAMA
28 Fevereiro 18H30-20H00 «Arte e Espiritualidade no antigo Egipto: em busca da identidade de uma civilização» Prof. Doutor José das Candeias Sales
27 Março 18H30-20H00 «Entre a História e o Mito: Templarismo e neo-templarismo no património construído» Prof. Doutor José Manuel Anes
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
*** B d L U Z *****
**patente nos Escaparates da Novidades
no Átrio da Biblioteca (de Oeiras)
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Como um Romance
Em suma, duas sessões que, sem romance, começaram Como um Romance, ficando o dito para Março, com O Leitor, de Bernhard Schlink.
"Não só os sentimentos criam palavras, também as palavras criam sentimentos"
- Biografia do autor I, II;
As Nossas Sugestões - Fevereiro 2008
Autor: José Riço Direitinho
Com romances ou contos traduzidos na Alemanha, Holanda, Itália, Espanha, França, Inglaterra e Israel, a sua obra é hoje reconhecida como uma das mais representativas da nova geração europeia.
O que se diz: Quando chegaram a Vilarinhos dos Loivos, trazendo cacetes nas mãos e cinco mastins presos por longas arreatas, e se encaminharam para o fundo da aldeia, ninguém se atreveu a sair de casa. Sabiam todos que o José de Risso iria morrer de um modo atroz: batido pelos tendeiros e despedaçado em seguida pelos cães. De maneira que quando ao fim de três horas os viram descer as escadas de pedra, agarrados uns aos outros e a chorarem, e atirarem os paus para cima do telhado de colmo do estábulo, ninguém conseguiu acreditar.
Está dito:
“Deita-te nua de ti
No mármore frio do meu corpo
Teus olhos fechados sobre o eclipse dos meu.
Seca os teus lábios
Nas feridas dos meus
E deixa-te estar quieta:
Até estas palavras passarem,
Até às sombras se calarem
E o nosso amor silenciar de vez
Este diálogo de vultos”.
Quasi; 80 p.
Cavalo de Ferro; 488 p.
O que se diz: Alex, adolescente de Bolonha, estuda o menos possível, voa na sua bicicleta ao encontro de Aidi que deve partir em breve para a América e, entretanto, partilha ressacas, alegrias e álcool com os amigos e interroga um futuro demasiado previsível… O resultado é um romance que se tornou um livro de culto em Itália e noutros países.
Está dito: "em breve acabaria aqueles estúpido Fevereiro e o velho Alex sentia-se profundamente infeliz mas de uma forma alheada, como se a sua vida pertencesse – sensação por demais típica e dura, convenhamos – a outra pessoa qualquer. Mas não riam, por favor, pois na época o velho Alex ainda não tinha completado dezoito anos e naqueles dias o céu de Bolonha era tão expressivo como um bloco de ferro surdo e de semelhante expressividade não se podia esperar nada de exaltante, nem sequer um desses belos temporais definitivos que lavam as ruas e há quase duas semanas que a cidade jazia desmaiada sob uma exangue chuva sem nome.”
Relógio d’água; 196 p.
Embora já tivesse escrito diversos contos e merecido em 1994 o prestigiado prémio Fellowship in Fiction da U.S. National Endowment for the Arts, O Último Cabalista de Lisboa (1996) é o seu primeiro romance. Faz parte do “Ciclo Sefardita” e foi traduzido em mais de dez idiomas, tendo sido best seller em dez países.
Para além de romancista, é também professor de Comunicação na Universidade do Porto e tradutor de autores de língua portuguesa, como Al Berto, António Botto, Ilse Losa, Nuno Júdice, Pedro Tamen, e Pepetela.
Passado durante a subida ao poder de Hitler e a guerra que os nazis moveram contra os deficientes, A Sétima Porta junta Sophie Riedesel - uma jovem espirituosa, artística e sexualmente ousada – com um grupo clandestino de activistas judeus e antigos fenómenos de circo liderados por Isaac Zarco. Quando uma série de esterilizações forçadas, estranhos crimes e deportações para campos de concentração dizimam o grupo, Sophie, agora já adulta, tem de lutar com todo o seu engenho para salvar tudo o que ama na Alemanha – a qualquer preço.
Oceanos; 655 p.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
“ Faz um oito, rapaz, faz um oito”
São alguns dos títulos do Terceiro Livro de Crónicas, de António Lobo Antunes que escolhemos para as nossas sessões de Fevereiro.
São crónicas de “pequenas lembranças de repente importantíssimas” que nos revemos, nas casas ou no “silêncio da casa”, onde passámos a infância, o que provocou em nós essa vivência, o início da carreira profissional, a ausência de quem nos faz falta, o contacto com a guerra.
Nestas crónicas António Lobo Antunes agarra-nos do princípio ao fim, da mesma forma como escreve, “Há coisas que se pegam à gente, não nos largam, insistem, sem que compreendamos o motivo (…) eu a andar de bicicleta (…) e a voz, não sei de quem, que me ordenava
- Faz um oito, rapaz, faz um oito”
Tudo isto, acompanhado por entrevistas do autor, sempre desconcertantes, entre a sua hipersensibilidade e arrogância característica (valha-nos o youtube!).
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Canto de Colo
- Conhecer o bebé e a criança pequena:competências, estados e desenvolvimento;
- Práticas de consciência corporal,respiratória e vocalização;
- Fornecer aos pais um espaço para aprender e treinar as interacções linguísticas a utilizar com os seus filhos;
- Cantigas de Embalar e Lenga-lengas
B.M. Oeiras - Tel.214406342 - E-mail: infantil.bmo@cm-oeiras.pt
Reconhecimento
Da obra Sociedade da Informação – O percurso Português, retira-se a seguinte citação, pela pena da Professora Dra. Joaquina Barrulas, em artigo intitulado “Das promessas do Livro Verde à realidade da biblioteca do conhecimento online”:
“Quanto às Bibliotecas Públicas, desde que em 1987 o programa RNBP (Rede Nacional de Bibliotecas Públicas) foi iniciado, tem-se assistido à progressiva renovação e/ou criação de novas bibliotecas (…) Pelas suas próprias características, o programa deixa à livre iniciativa das autarquias e das próprias bibliotecas o delinear das suas estratégias de desenvolvimento. Isto permite-nos encontrar exemplos de grande criatividade na utilização dos meios e ferramentas do universo digital…”
Esta última frase traz por companheira uma remissão para nota de rodapé, onde se lê: “Veja-se o Oeiras Internet Challenge em http://oeirasinternetchallenge.blogspot.com".
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Ler +, Ler Melhor, na RTPN
"Ler +, Ler Melhor" é uma produção da Fibox.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Porto Editora lança guia prático sobre Second Life
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
ÀS ESCURAS, O AMOR
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Amor & C.ª
A eterna história de um triângulo amoroso em que ela é casada com ele, mas tem um caso com o outro, sendo que o outro é o melhor amigo d'ele. O grande interesse do livro resulta do facto das quase 3 únicas personagens do livro apresentarem as situações resultantes do triângulo à sua maneira e com as suas próprias justificações. Trata-se de um livro que mostra algumas das caraterísticas das relações modernas à luz das vicissitudes do amor.
Afonso L. Marques, 34 anos, Engenheiro Civil
Publicado por:
Bruno Duarte Eiras
às
18:00
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Li e Gostei,
Li e Gostei - 4 estrelas,
Li e Gostei - Romance
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
LEITURA - Deusa do Livro
Nobilíssima apresentação de livros: nos escaparates das novidades da Biblioteca de Oeiras… onde as letras, significações, imagens podem encontrar rumo - a segredar outras coisas do Ser e da sua essencialidade… poiso do especial do livro que quer ler, que vai ler, que sempre lê; e, sobretudo, do livro que encontra o leitor!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Homenagem aos 60 anos de Publicação de Obras de David Mourão Ferreira
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Dia Europeu da Internet Segura nas BMO
- 12 de Fevereiro (3ª feira) (10h00/13h00) - B.M. Oeiras (Público alvo: Encarregados de Educação e Colaboradores internos da RBMO)
- 12 de Fevereiro (3ªfeira) (17h00/20h00)- B.M. Oeiras (Público alvo: Público em geral)
- 12 de Fevereiro (3ª feira) (16h00/19h00) - B.M. Algés (Público alvo: Público em geral)
Informações e inscrições nos Espaços Multimédia
B.M. Oeiras - Tel. 21 440 66 96 - E-mail: multimedia.bmo@cm-oeiras.pt
B.M. Algés - Tel. 21 411 89 76 - E-mail: multimedia.bma@cm-oeiras.pt
B.M. Carnaxide - Tel. 21 417 01 65 - E-mail: multimedia.bmc@cm-oeiras.pt
Info_Poesia_ Global
Universo (Inter)Nético de Poesia dita e falada pelos próprios Poetas do Globo, nomeadamente muitos de Renome Universal
A poesia surgiu na forma oral. O poeta Homero era considerado contador de mitos e de lendas, um rapsodo que percorria a Grécia entoando os seus versos. De lá para cá, a poesia ganhou os livros e, muitas vezes, foi entoada em saraus e reuniões de escritores. Lyrikline, iniciativa de dois alemães amantes de versos, coloca na rede alguns dos mais destacados poetas contemporâneos a recitar os seus próprios versos. Poetas como o alemão - Hans Magnus Enzensberger, o francês - Patrick Bouvet, o italiano - Alberto Nessi, o português - Gonçalo M. Tavares podem ser escutados e lidos nas suas línguas originais: até porque a poesia é mesmo intraduzível!.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
MAIS 1 VIAGEM . . .
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Ainda o RAP na Biblioteca de Oeiras
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Marca Oeiras a Ler
Gato Perfumado !
Mais 1 visão mais 1 caminhada...
Ainda:
O Gato Fedorento vestido* de Ricardo Araújo Pereira aqueceu & assaltou o espírito, a expectativa e as gargalhadas de uma imensa plateia ululante por sua distintíssima arte!!
«Quero ser escritor e jogador de futebol do Benfica» diz o disfarçado de cidadão comum mas requisitado até dizer basta! – em tempos de sua pequenez.
Conta inúmeras histórias recheadas de magia, humor – ‘é claro’, surpresa, e de deliciosas imagens – verdadeiras viagens pelas alegorias dos Clássicos da Literatura Portuguesa (Camilo, Eça, Pessoa, ‘sacana’ do Aquilino, …); pelo riso a contra gosto da sua Avó – a quem lera em pequeno contos do Eça e não só - foi um óptimo estímulo para a paixão pelo fazer humor e como respondia ás suas ‘piadas’ - “Ai filho não tens graça nenhuma!”.
Discorre também, em volta de um Soneto de Álvaro de Campos, apresentando umas suas várias leituras possíveis, que diga-se, foi dos momentos para mim mais tocante e absolutamente surpreendente!
Não esquece de exemplificar personalidades-alvo de sua actividade humorística – do tipo que ‘se melindram com as suas piadas, mas dizem que acham 1 graça enorme’ [como sejam Marcelo Rebelo de Sousa]. Faz graçola (punível?) á poesia dita por Cesariny e da autoria deste que, para além de proclamada é assobiada, quando visionada no último filme feito alusivo ao e do Poeta.
Sublinha o encanto pela escrita humorística e como truque deixa a amostra da ideia, de que tomar a visão de extraterrestre para o fazer é um bom método.
Ultimamente, tem apresentado livros, fê-lo por amizade e qualidade reconhecida quanto ao de Pedro Mexia; já em António Lobo Antunes respondera a um pedido – actividades muito aprazíveis para o cómico.
Nem o Primeiro-Ministro José Sócrates escapou a ser imitado!
E mais… tem a lata de dizer que, quando pensa no personagem saloio, pensa sempre em alguém da sua família. Valha-nos deus!
Etc, etc, etc.
Foram duas horas de intenso comicismo e acima de tudo de escuta e tomada de conhecimento de 1 mapa de vida de 1 gato perfumado de inteligência, abertura, rapidez de raciocínio, ritmo, simplicidade, vivacidade, cultura, ternura (como fala da família, parentes e de amigos seus): 1 Ricardo profundamente Humorento {& Sumarento}!!...
Desfecha – este universo vivêncial brilhante – com uma sessão de autógrafos intermináveis no livro «Boca do Inferno» de crónicas do gato pereira; à qual sucede umas quantas entrevistas que jornalistas [“essa raça maldita!] incontáveis (de resto, como fotógrafos - amadores, profissionais,… não faltavam) sempre insistem a (fazer) gente de tamanha unicidade.
Pelas 2 da manhã o caso dava-se por encerrado e o quotidiano das pessoas seguia "mais" risível e bem-humorado!…
as expressões entre ’’
foram ditas por
Ricardo A. Pereira.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Literacia Hilariante
Piada fácil – sempre na ponta da língua –, uma cultura literária extraordinária (citou a Bíblia, recitou Álvaro de Campos, falou de Sophia de Mello Breyner, Luís Sepúlveda, Mário de Carvalho e Sá de Miranda), e uma postura nervosa inicial – prova da sua humildade e fácil trato –, Ricardo Araújo Pereira deliciou quem o ouviu, à conversa com Carlos Vaz Marques.
Quem é Ricardo Araújo Pereira? Alguém que começou por ler “o que havia em casa da avó”: uns livros do tio, do tempo do PREC, com títulos do género “O que é uma cooperativa” e “O julgamento do Padre Max”, uma versão – em francês –, do "Principezinho" e um livro de contos do Eça – do qual lia, à avó, “A aia”. A mãe tentou “impingir-lhe” Júlio Dinis, mas foi pelo "Romance da Raposa" que RAP se apaixonou. Relembrou ainda “As aventuras de João Sem Medo”, de José Gomes Ferreira, obra fantástica e de subtil ironia aos tempos anteriores ao 25 de Abril.
O actor, guionista, escritor (“fiscalmente”, segundo o próprio, ainda é guionista), apaixonou-se pelas letras por uma única razão: segundo RAP, “a precariedade das palavras, aliada ao facto de nos entendermos com elas, é um milagre”. Relatou a sua experiência como jornalista, nomeadamente a sua tendência a esquecer-se do nome dos entrevistados, levando-o a inventá-los quando chegava à redacção. Falou de futebol – perdão, do Benfica –, brincou com os fotógrafos, reconheceu um antigo professor por entre a multidão, dando a sensação de que, ao contrário do comum dos mortais, RAP tem o dobro da capacidade sensorial e de memorização, tudo enquanto entabulava conversa intercalando referências literárias e episódios hilariantes. Impressionante!
Deixou sugestões de leitura para os muitos adolescentes que se encontravam na sala: “A relíquia”, do Eça e “A queda de um anjo”, de Camilo Castelo Branco (tendo aqui sido contestado por algumas pessoas do público, ainda que, para RAP, os enredos dessas obras sejam hilariantes); “Três homens e um bote”, de Jerome K. Jerome; “Contos do gin tonic" e “Novos contos do gin tonic”, de Mário Henrique Leiria; as obras de Miguel Esteves Cardoso; “Boca do Inferno”, do próprio; e “Planeta do Futebol”, de Luís de Freitas Lobo. Exceptuando o último, todos os outros estão disponíveis nas BMO (ver catálogo).
Uma noite bem passada, com muitos adolescentes (e demais faixas etárias) a terem, com certeza, uma excelente experiência de cultura, literacia e humor, nas Bibliotecas Municipais de Oeiras.