sábado, 31 de março de 2007

C A R U M A - Toda uma vida!

Espectáculo de Dança a não perder! Coreografado por Madalena Vitorino patente na Culturgest de Lisboa. Trata-se de um projecto "inter-trans-pluri-comunitário", pois participam bebés, crianças, adultos e séniores, de muitos universos. Apresenta bonitos e simbólicos elementos naturais - todo o tipo de caruma, é claro! Condimentado de encantadora música ao vivo de autoria de Carlos Bica e de um guitarrista notável, interacção com o público, começando surpreendentemente antes da sala de espectáculo. Fala de escritores, o guarda-roupa é variado, de bom gosto e simples e os movimentos, as luzes, a dramatização, os textos, os bailarinos, as vozes, o que se lê dessa Caruma é demais - diria mesmo - «prá vida»!...

Pelo Sonho é que Vamos

Em tempos de Poesia, que o sonho nos saúde cada dia!

« Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.»

de Sebastião da Gama

quinta-feira, 29 de março de 2007

Poemário - Teresa Jardim

Para o Professor e Poeta
Mário Matta e Silva


Um raio de sol aqueceu meus dias,
A luz imaculada dos teus versos,
Cintilam brocados de oiro dispersos.
Que pairam sob um mar de fantasias!

Desarmam essa crua poesia,
Esse vão infame intento,
De desmembrar o sentimento,
E dissecar a magia.

São versos de oiro e diamante!
Que como audaz caminhante
Como singelo profeta,

Põem a nu a verdade,
Que é a genialidade,
Do verdadeiro poeta!

Teresa Jardim, 35 anos

quarta-feira, 28 de março de 2007

A magia continua...


A chegada à biblioteca trazia o entusiasmo e a curiosidade naturais de quem vem para dormir numa biblioteca: “O que é que vamos fazer?”, ”Eu trouxe o “Winnie the Pooh para dormir comigo” e “eu trouxe o meu livro preferido”.

Chegado o momento do convidado surpresa, os olhos começavam a pestanejar mas os ouvidos estavam bem abertos para saborear o que a Mafalda Milhões tem para contar!

E conta-se o “Chiu!” na presença muito especial do Paulo Galindro, ilustrador do livro e participante neste Pijama às Letras, e do filho João, o menino na origem do personagem da história.


E já de manhã…
- Bom dia, João! – diz a Mafalda. É hora de acordar!
- Hum?!... Também dormiste aqui?!


Arrumam-se as mochilas, os pijamas, as histórias… guardam-se os últimos momentos desta aventura a bordo de um saco-cama entre personagens de contos de fadas e heróis de banda desenhada!


Na próxima vinda à biblioteca ela será um bocadinho mais de cada um, porque aquele cantinho onde se deitou a almofada ou encostou a chucha terá uma história para contar…



Está quase na hora de ir embora, mas as surpresas ainda não acabaram!...


Um saco de recordações, para continuar a usar e encher de livros e outras coisas que se podem levar para casa depois de cada ida à biblioteca…


…porque para além dos livros, também da biblioteca se levam as histórias ouvidas e contadas, os sussurros, o som do violino ao adormecer, o piar dos passarinhos pela manhã e novos sonhos e amigos!...


Até ao próximo Pijama às Letras!

Já falta pouco!...

Golfada de Emoção que Sobe por Nós Acima!

Em tom de apontamento do que me ficou de parte do Café com Letras com Pedro Támen na passada quinta-feira, dia 22 de Março do corrente ano…
Nas palavras do Poeta irremediável que conta - escreve para não morrer - e algo, senão bastante desencantado (com o mundo que não permite sonhar) Pedro Támen diz que a Poesia Lírica de Camões, seu objecto de ensino enquanto professor, (e) em especial o Canto Décimo, nos provoca sempre uma golfada de emoção que sobe por nós acima!...
Para Támen Vertigem é perder o pé, é o mundo que não é exactamente aquilo que vemos… a vertigem do oculto em cada coisa, esse mistério inatingível que o poema capta com oficina, dedos e analogias como imprime num título de um de seus testemunhos. Realista e amante da poesia, pois claro; da arte em geral, da música grandes tangentes a este ‘universo vertiginoso’ – considera.
Entende Portugal – sim – um país em que a criação da poesia se destaca em número e qualidade em relação às outras expressões e/ou áreas artísticas, especialmente em número; não deixando, contudo, para o escritor de ser hilariante a existência de uma Sociedade de poetas portugueses, um género de preguiçosos?!
Ex-activo cine-clubista rende-se actualmente à macaquiação do cinema com o cinema televisivo onde a dimensão e a sala escura estão definitivamente em falta!
Com a bonomia e a contemplação próprias de poeta – este, expressionista do seu quotidiano e das imagens, das vivências que lhe vão ficando - procura com a Tradução, uma prática regular e paixão sua, ‘ler’ e descobrir o escritor estrangeiro (antes) na Língua Portuguesa, i.e. e parafraseando Pedro Támen, tento escrever o livro que o autor que traduzo escreveria se escrevesse em Português.
Como afirma Goethe e aqui sente a pena única na tradução, esta é uma realidade temporal e uma obra de arte não! [obviamente na sua língua original e primeira].
Confessa …nasci sem a bossa da efabulação, (…) só há coisa de quinze dias me levaram a rever o miúdo estendido em cima da cama, que aos 18 anos escreveu as suas primeiras palavras e curiosamente em estrutura de conto!
O autor de que falamos, vê o Romance como forma de contar histórias, entreter, prefere os anglo-saxónicos, apesar de não dominar o Inglês. No género referido aprecia os livros de Paul Auster, Hélia Correia entre outros.

terça-feira, 27 de março de 2007

Grande Prémio de Crónica APE para João Barrento

O livro "A Escala do Meu Mundo", de João Barrento, ganhou o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores, anunciou em comunicado a direcção da APE. O prémio, que é patrocinado pela Câmara Municipal de Sintra, foi atribuído por unanimidade por um júri constituído por Manuel António Pina, Maria da Conceição Carrilho e José Manuel Vasconcelos.

Em concurso estiveram obras publicadas entre 2003 e 2006 e originais de títulos ainda inéditos.

Nascido em 1940, João Barrento é crítico, ensaísta e tradutor literário de alemão. Neste livro reúne crónicas publicadas entre 2000 e 2004 no suplemento Mil Folhas do jornal Público e na revista Ler - Livros & Leitores.

Fonte:
RTP

Blogs de João Barrento: Escrito a Lápis e Poço de Babel

segunda-feira, 26 de março de 2007

Amigos até ao fim

Autor: John Le Carré

Gostei bastante devido à história que narra. Fala de dois amigos que se conhecem na juventude e levam a sua amizade até aos tempos de hoje. Pelo caminho tornam-se espiões da guerra-fria e vivem histórias paralelas. Este livro adverte também para o poderio dos Estados Unidos da América e como estes manipulam os acontecimentos presentes.

Rainner Brito, 20 anos, Estudante

ver este título no catálogo da biblioteca

entrada nº 0042

sábado, 24 de março de 2007

Infoliteracia nas BMO (1º Trimestre) - I

No âmbito do Programa Copérnico, as Bibliotecas Municipais de Oeiras desenvolvem o projecto Infoliteracia, o qual compreende um total de 6 formações distribuídas por três níveis de estruturação de conhecimentos:
  • Inicial: equivalente às competências de acesso à informação, através das sessões de Pesquisa no Catálogo das BMO; Pesquisa Básica na Web e Pesquisa no Google: 5 regras básicas;
  • Intermédio: avaliação de informação, compreende a sessão de Pesquisa Avançada na Web e
  • Avançado: uso da informação, o qual envolveu as formações/oficinas de criação de blogs, Blog@Tardinha.

Tal como sucedeu durante o ano de 2006, ao longo do 1º trimestre do corrente ano a afluência de público tem sido bastante positiva, a comprovar pela procura permanente de inscrições e pelas opiniões, comentários e níveis de satisfação muito favoráveis.

As sessões decorrem nos Espaços Multimédia das Bibliotecas em Oeiras, Algés e Carnaxide, tendo como formadores os técnicos afectos à equipa das Bibliotecas Municipais.

Durante este período, contou-se com 243 participantes nas 25 sessões de formação de acesso grátis e que incluíram a preparação de manuais e apresentações powerpoint disponibilizadas nos Espaços Multimédia aos vários grupos de formandos. No final de cada sessão foram entregues justificativos de presença e participação.

Nos próximos meses vamos iniciar um processo de reestruturação do projecto, de modo a que, além da diversificação da oferta de formações, possa ser criado um formato de sessões modulares com abrangência sobre os diversos domínios inerentes ao conceito de literacia de informação, ou seja: competências de pesquisa, selecção, organização, uso e comunicação da informação.

Infoliteracia nas BMO (1º trimestre) - II

Blog@Tardinha

Apresenta-se de seguida uma breve descrição de cada sessão de formação e alguns dados quantitativos:

Pesquisa Básica na Web: Criar competências de base e fornecer orientações que facilitem a iniciação à pesquisa e recuperação de informação com sentido, na Internet. Demonstração das etapas e ferramentas necessárias ao processo de pesquisa eficaz.

  • Nº Sessões: 3 (BMC) e 2 (BMO)
  • Total Participantes: 47

Pesquisa Avançada na Web: Nível que ensina os procedimentos de execução de uma pesquisa eficaz na web, tirando partido das várias ferramentas, selecção de técnicas, estratégias mais adequadas e avaliação da informação recuperada.

  • Nº Sessões: 4 (BMO) e 1 (BMA)
  • Total Participantes: 54

Pesquisa no Google: 5 Regras Básicas: Princípios, regras e truques básicos de apoio à pesquisa e filtragem de resultados de uma busca no Google, motor de pesquisa que veio revolucionar a tecnologia da pesquisa e recuperação de informação na Web.

  • Nº Sessões: 4 (BMO) e 1 (BMA)
  • Total Participantes: 42

Pesquisa no Catálogo Oeiras On-Line: Conhecer as modalidades de pesquisa do catálogo on-line das Bibliotecas de Oeiras (Pesquisa Simples e Avançada), localizar os documentos a partir dos vários pontos de acesso e conhecer os serviços personalizados – Meu Millennium.

  • Nº Sessões: 3 (BMA) e 2 (BMO)
  • Total Participantes: 11

Blog@Tardinha: Dar a conhecer as plataformas aplicadas na criação de Blogs, modalidades de edição e organização de conteúdos, alojamento e casos práticos. Apresentação genérica de diferentes blogs temáticos, desde informativos, a cronistas, científicos, humorísticos, entre outros.

  • Nº Sessões: 3 (BMO) 1 (BMA)
  • Total de Participantes: 45

No Trilho da Suspeita: A partir do filme de animação “A Suspeita”, os participantes têm como desafio a pesquisa do assunto que mais os interessou no enredo do filme. De forma lúdica, são orientados na pesquisa de informação nos vários suportes em que esta se encontra disponível na biblioteca: livros, revistas, CD’s e Internet, tendo em vista o desenvolvimento de competências de informação. Destinado a alunos do 2º e 3º ciclo do ensino básico.

  • Nº Sessões: 2 (BMA)
  • Total de Participantes: 50

A programação é divulgada mensalmente através da Newsletter das BMO. Aproveite a nossa oferta de novas oportunidades de aprendizagem!

ÀS ESCURAS, O AMOR

HOJE - 24 de Março na Bib. Mun. de Algés - 21H30
Dia 31 de Março na Bib. Mun. de Carnaxide - 21H30

O que é o Amor? Porque é que se sofre quando se ama? Porque é que gosto de me apaixonar? Será que “o outro” me quer? Bem me quer, mal me quer... Porque é que quando me apaixono perco a fome? Como é que eu lhe digo que me apaixonei? Se me apaixonar vai ser para sempre? Só me posso apaixonar por uma pessoa de cada vez? Gosto tanto daquele meu amigo. E isto, é amor?Tantas perguntas. E as respostas? Todas dirão o mesmo: é um salto no abismo, uma passagem para o desconhecido.

ÀS ESCURAS, O AMOR: um espectáculo para quem não tem medo do escuro.

Um espectáculo poético pela Andante Associação Artística

sexta-feira, 23 de março de 2007

"SOLSTÍCIOS DE CONTOS" a 23 de Março

Serão de Contos pela voz de Quico Cadaval
Galego, nascido na Ribeira, Quico Cadaval é reconhecido pela crítica e pelos seus colegas como um dos melhores contadores de Espanha. Aprendeu o seu ofício a contar contos desde menino, graças a idosas que se encarregaram de lhe transmitir as histórias sagradas e nas bocas escancaradas dos boémios, dos solitários e dos filósofos que frequentavam a taberna da sua mãe. Assim se foi construindo um repertório de histórias verdadeiras ou inverosímeis. Segundo as suas próprias palavras, conta contos desde vários séculos antes de nascer e a sua única companhia são uns óculos, uma garrafa de cerveja e a sua memória.
Biblioteca Municipal de Oeiras - 23 de Março - 21H30

A Árvore e a Poesia - João Pedro

Árvore,

minha amiga,
obrigado por tudo o que me dás,
o oxigénio,
a madeira,
és importante para nós!

E não é só isto,
também os frutos,
a tua sombra
faz-me bem no Verão!

Se te plantar,
não só me vais dar
coisas importantes,
como também vou criar um
amigo!

Os Homens matam-te,
mas eu gosto de ti!
Na Primavera és lindíssima
Com as tuas flores.
Árvore,
és indispensável ao nosso planeta!


João Pedro, 3º Ano
EB1 Conde de Ferreira

A Árvore e a Poesia - Constança

Uma árvore é um amigo,
que se pode semear,
com um pequeno e simples gesto,
para a floresta completar.

Ao regarmos uma árvore,
ela cresce lentamente,
ganha raízes, folhas…
e fica grande, finalmente!

Se passarmos numa árvore,
ouvimos os passarinhos
fazem um lindo musical,
cantando nos seus ninhos.

Uma árvore dá muitas coisas
o papel,
a madeira,
isso tudo, e muito mais,
e também dá muitas vezes,
abrigos aos animais!


Constança, 3º Ano
EB1 Conde de Ferreira

quinta-feira, 22 de março de 2007

Pedro Tamen na Biblioteca Municipal de Oeiras

No final do ano passado cumpriram-se 50 anos da vida literária de Pedro Tamen. O seu percurso como escritor foi, justamente, iniciado em 1956, com a publicação da obra Poemas para todos os dias, numa edição de autor. Desde então publicou vários textos e desempenhou inúmeras tarefas de índole cultural, pedagógica e editorial. É poeta, tradutor incontestável e tem colaborado nas mais diversas publicações literárias.

Vai estar, hoje, à conversa com Carlos Vaz Marques, em mais uma sessão do Café com Letras que terá lugar na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal de Oeiras, às 21H30.


Pedro Tamen é, inquestionavelmente, uma referência no meio intelectual português e um dos olhares incontornáveis do nosso Café com Letras.


Entre no espírito da poesia!

Arte Poética

Olhar o rio feito de tempo e água
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água.

Sentir que a vigília é outro sono
Que sonha não sonhar e que a morte
Que teme nossa carne é essa morte
De cada noite que se chama sono.

Ver no dia ou no ano um símbolo
Dos dias do homem e dos seus anos,
Converter o ultraje dos anos
Numa música, um rumor e um símbolo,

Ver na morte o sono, no ocaso
Um triste ouro, tal é a poesia
Que é imortal e pobre. A poesia
Volta como a aurora e o ocaso.

Às vezes pelas tardes uma cara
Nos olha desde o fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela a nossa própria cara.

Contam que Ulisses, farto de prodígios
Chorou de amor ao divisar sua Ítaca
Verde e humilde. A arte é essa Ítaca
De verde eternidade, não de prodígios.

Também é como rio interminável
Que passa e fica e é cristal de um mesmo
Heraclito inconstante, que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.


Borges, Jorge Luís. O Fazedor. Lisboa: Difel, Difusão Editorial, Lda., 1984. p. 119 - 120

quarta-feira, 21 de março de 2007

HOJE | 21.30 | Parque dos Poetas

Estimados Leitores,

Tenho assistido aos ensaios que a Companhia de Actores está a fazer no Parque dos Poetas. Posso afirmar que este é um dos espectáculos mais belos, comoventes e surpreendentes, a que assisti na minha vida.

É um espectáculo único que foi concebido especialmente para celebrar o Dia Mundial da Poesia no Parque dos Poetas. Os actores apropriam-se dos espaços, das esculturas, dos percursos, das pedras, das árvores, para criarem um ambiente único em que a poesia ganha vida através dos seus corpos e da sua voz.

Nos dias que correm, em que as horas e os dias passam vorazmente deixando pouco tempo para nos encontrarmos com o mais íntimo de nós, é bom saber que a poesia ainda nos pode fazer sentir humanos. Este é O Espírito da Poesia.

Lanço-vos pois um desafio: venham esta noite ao Parque dos Poetas. Será uma noite inesquecível. Uma prova viva que o espírito prevalece sobre o corpo, sobre a nossa preguiça existencial.

Saudações poéticas
Filipe Leal

Entre no espírito da poesia



21 de Março . quarta-feira . 21.30h . Parque dos Poetas


O Espírito da Poesia, pela Companhia de Actores


Num ambiente intimista e de apelo ao espírito da poesia, venha testemunhar uma noite em que os poetas do Parque ganham vida e voz...



PAIS QUE LÊEM FILHOS / FILHOS QUE LÊEM PAIS


Laboratório das Viagens

Um espaço para trocar ideias e experiências sobre estratégias de promoção da leitura para a infância



Aconteceu na Biblioteca Municipal de Algés...


Escola EB1 Sofia de Carvalho
21 alunos do 1º ano, Turma B


A sessão teve início com a audição de música instrumental (Gaiteiros de Lisboa), de modo a introduzir os meninos num ambiente diferente e adequado ao contexto da história a contar. O registo tradicional e popular da música adequa-se à natureza do conto, também ele de raiz tradicional, numa versão de Alice Vieira: Corre, corre cabacinha.
Antes de contar a história, a animadora começa por ler 3 poemas do livro "Poemas da Verdade e da Mentira" de Luísa Ducla Soares, os quais, pela sua natureza rítmica e rimada, convocam à participação, em coro, dos ouvintes. Além de introduzir um género literário muito gostado pelas crianças (e ouvido de menos...), estas leituras iniciais preparam a atenção e a disponibilidade para a audição da história.
De novo com o recurso à música, a animadora começa a contar o conto. Intervala para simular a festa de baptizado, distribuindo bolachas em cestinhos pelas crianças.
No final, volta a pedir a colaboração das crianças para a repetição de uma das falas. Terminada a história, a animadora propõe às crianças que a reconstruam através das imagens (previamente digitalizadas e coladas em cartolina). Por fim, distribui pelas crianças palavras soltas (que pertencem à história) e letras avulso e propõe que na escola cada uma procure encontrar as letras da sua palavra (terão de trocar letras entre si) e as articulem, de modo a produzir um texto com sentido.

Colégio Raiz
18 alunos da sala dos 3, 4 e 5 anos



A sessão teve início com a audição de música tradicional irlandesa (His Master´s Voice), de modo a introduzir os meninos num ambiente diferente e adequado ao contexto da história a contar. O registo tradicional irlandês leva a um ambiente misterioso caracterizado pelo tema da actividade "Não há limite para os sonhos". Antes de contar a história, a animadora começou por ler dois poemas de Luísa Ducla Soares, de modo a preparar a atenção e a disponibilidade para a audição da história. Em seguida, a animadora trabalhou a questão da antecipação (capacidade de imaginar e colocar hipóteses), através do livro Oh!, chegando à imagem da lua. Já dentro do tema da actividade os meninos falam sobre as fases da lua com a ajuda do livro da lagarta. Por fim dá-se início à animação da história "A que sabe a lua" de Michael Grejniec. Os animais da história (construídos antecipadamente pela animadora), estão escondidos nos livros e pede-se às crianças que colaborem na sua procura, incutindo-lhes o trabalho de equipa, a solidariedade e a inter ajuda.
Terminada a história as crianças são convidadas a ver os livros e a dramatizar a história.
Foi distribuída aos meninos uma ficha sobre a história e propostas de trabalho sobre o tema "Não há limites para os sonhos" para que possam continuar envolvidos, na escola e/ou em casa, com o trabalho que foi feito na biblioteca.


17 pais e 12 crianças com idades compreendidas entre os 18 meses e os 3 anos.

A sessão começa no Espaço Înfantil onde a animadora com a ajuda de um fantoche de mão vai encaminhando as famílias para a sala da hora do conto onde decorrera a actividade A sala está decorada com almofadas, livros e peluches criando um ambiente acolhedor e familiar relacionado com a história que vão ouvir. A actividade tem início com a audição de música para bebés (La nuit des plus beaux réves), de modo a introduzir os meninos num ambiente diferente e adequado ao contexto da história a contar. A música relacionada com a noite e o dormir adequa-se à história que nos fala de um menino pequenino que dormia com os seus nove peluches e que a meio da noite começa a atirar os seus peluches pela cama fora. (Dez numa cama de Penny Dale).
Antes de contar a história, a animadora começa por falar com as crianças sobre os bonecos que trouxeram ( pedido no acto da inscrição), pergunta-lhes se dormem muito ou pouco, se ressonam, se ocupam muito espaço na cama, etc…
Em seguida, a animadora mostra um livro animado com animais e, à medida que mostra os animais, vai cantando canções (papagaio louro e os três patinhos) com a participação dos pais e dos meninos.
Familiarizados com o tema e ambientados, estão agora preparados para ouvir a história. A história tem a estrutura de uma lengalenga.
Terminada a história, a animadora pede para as famílias darem outros exemplos de sons, recurso às onomatopeias (ex: e se fosse a mãe a cair da cama ou a lua a cair do céu) e pede para relacionarem as personagens da história com os peluches que estão na sala, estimulando os mais pequenos a partilhar as emoções da historia e a expressar-se. Por fim, a animadora convida as famílias a explorar vários tipos de livros e ilustrações, criando nos mais pequenos (e não só...) a curiosidade e o desejo de saber o que dizem os livros.
À saída foi dado aos pais uma pasta com propostas para trabalhar em casa a história que estiveram a ouvir e sugestões sobre como partilhar os livros com os seus filhos.

Da poesia


"A poesia é o autêntico real absoluto. Isto é o cerne da minha filosofia. Quanto mais poético, mais verdadeiro." (Novalis)

terça-feira, 20 de março de 2007

INVESTIGAÇÕES. NOVALIS

«Dentro da Gruta, a Biblioteca.


Dentro do Bosque, a Biblioteca.




Dentro da Biblioteca, Livros.»








Gonçalo M. Tavares (20.)

A magia passou por aqui…

Mais uma vez, a iniciativa “Pijama às Letras” realizada no âmbito do Programa Municipal de Promoção da Leitura “Oeiras a Ler”, teve lugar na Biblioteca Municipal de Carnaxide. Tendo como principais objectivos comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil (celebração do aniversário do escritor Hans Christian Andersen, no dia 2 de Abril) e contribuir para a sensibilização para a leitura na infância, através de uma actividade que promove os laços de afectividade entre a biblioteca e as famílias.
Ao aderirem a esta iniciativa, de passarem a noite na Biblioteca, cerca de vinte crianças e os respectivos acompanhantes, tiveram uma noite inesquecível, como manifestaram repetidamente.
A iniciativa teve vários momentos: Espectáculo infantil “Por Dulcineia” da Companhia Valdevinos – teatro de marionetas; Festa “Parabéns Andersen”, os participantes cantaram os parabéns a Andersen em redor de um bolo de aniversário e por fim um Serão de Contos com a contadora Mafalda Milhões, num ambiente propício a uma noite bem passada junto dos livros.
Mas a magia não vai ficar por aqui… de 30 para 31 de Março, na Biblioteca Municipal de Algés e de 13 para 14 de Abril, na Biblioteca Municipal de Oeiras, vai continuar!

domingo, 18 de março de 2007

Porque Ler é um Prazer . . .

Aproveitando a filosofia da estreante Sala de Leitura do Centro Cultural de Belém parafraseio Jorge Luís Borges (1899-1986):«Que outros se gabem dos livros que lhes foi dado escrever; eu gabo-me daqueles que me foi dado ler.»

sábado, 17 de março de 2007

"Quem Conta um Conto, Mastiga Palavras"

Uma oficina sobre contos para contadores de boca cheia... dinamizada por Mafalda Milhões a decorrer nos dias 14/15 e 19/20 de Março, na BMO.

Descobrir o conto através de um contador é o objectivo deste atelier, que explora as artes do contar e incentiva à descoberta do “contador de histórias” em cada indivíduo. Mais que uma formação, esta é uma proposta para uma conversa que gira à volta de contos, de histórias, de livros e memórias que começam por “Era uma vez...”. Num mundo em que não há tempo, roubamos ao tempo de amar um pedacinho para contar e saborear palavras!
Mafalda Milhões é uma contadora de histórias, editora, livreira e também autora e ilustradora de "Perlimpipim, Perlimpimpão". Transmontana, quis trazer para a capital "a tradição dos contadores de histórias", uma herança familiar legada pelo avô, que era contador de histórias e pela mãe, professora de ensino primário que recorria às histórias para explicar os problemas de matemática.

VEM AÍ O NERUDA...

"Poetry is like bread;" wrote Pablo Neruda, "it should be shared by all, by scholars and by peasants, by all our vast, incredible, extraordinary family of Man."

Acho que não é preciso dizer mais nada...

sexta-feira, 16 de março de 2007

É HOJE!

É hoje!


Uma noite especial em Carnaxide, com os livros a fazerem companhia aos meninos, aos papás e às mamãs, num ó-ó diferente. Os sonhos vão ser às letras e, por cada bocejo, entra uma fada em cada um de nós e sussurra: Parabéns, Hans Christian Andersen, parabéns…
Os duendes já estão a trabalhar, preparando a festa ;-)

Vai ser uma noite especial!

Escolhas de... Pedro Tamen

Escritor convidado do Café com Letras
Biblioteca Municipal de Oeiras - 22 de Março


Título: Guerra e Paz
Autor: Leon Tolstoi








Título: Em Busca do Tempo Perdido
Autor: Marcel Proust







Título: Odisseia
Autor: Homero




Título: Lírica
Autor: Luís de Camões



Título: Clepsidra
Autor: Camilo Pessanha






Título: Pena Capital
Autor: Mário Cesariny

Let's look at the book trailer…

A Internet e os recursos multimédia proporcionam, além de novos caminhos para novas leituras, novas formas de apoio à promoção do livro e da leitura.

A articulação entre livro e ecrã de computador é reforçada à medida que se generalizam os acessos em linha, os suportes digitais e as modalidades de hipertexto. Ambos dão molde a diferentes abordagens ao conceito de textualidade.
Além destes domínios, os meios multimédia permitem ainda aplicar técnicas de marketing e publicidade do livro algo originais.
Fica a sugestão de consulta dos trailers da editora Harper Collins. Caso para dizer:
Let´s look at the book trailler...


quinta-feira, 15 de março de 2007

TANGO!


Um tango. Foi assim a última sessão do Grupo de Leitores de Carnaxide. O ambiente foi de verdadeira tertúlia, em volta da paixão. Era a última dedicada a Gabo e ao seu “Amor nos tempos de cólera” e a coisa correu bem. Mesmo bem!
A história de Firmina e Florentino encheu corações, almas e fez renascer episódios reais de amor, vida e paixão. A partilha de outras caminhadas por outras pessoas, com base em enamoramentos de décadas, o segredo do afecto, a vida que em três se divide – “a pública, a privada… e a secreta” – (como diz Garcia Marquez) fez com que o riso, a conversa, as novelas passadas de amores não olvidados marcassem mais um ajuntamento de líricos, bem dispostos e atentos… Atentos ao tudo que é a vida, mais ainda quando o assunto é tão sério como o Amor. Parecia que estávamos num qualquer botequim de Cartagena e, de um momento para o outro, entrava o Carlos Gardel e cantava:

Acaricia mi ensueño
el suave murmullo
de tu suspirar.
Cómo ríe la vida
si tus ojos negros
me quieren mirar.
Y si es mío el amparo
de tu risa leve
que es como un cantar,
ella aquieta mi herida,
todo todo se olvida.

El día que me quieras
la rosa que engalana
se vestirá de fiesta
con su mejor color.
Y al viento las campanas
dirán que ya eres mía,
y locas las fontanas
se contarán su amor.
(…)
Gardel/Le Pera


Um brinde, pois então, ao coração, e venha daí o Neruda que é para explodirmos de vez! :-)

Dia Mundial do Livro 2007

Para assinalar a o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, que se comemora a 23 de Abril, o IPLB convida as Câmaras Municipais, livrarias, canais de televisão e rádio, jornais e revistas a associarem-se à iniciativa. Durante a semana que antecede o "Dia Mundial do Livro” terá lugar a campanha "Leia Mais, Viva Mais". De entre as acções levadas a cabo pelo IPLB destacam-se:

- convite às televisões e às rádios nacionais para passarem os spots publicitários da campanha preparados pelo IPLB;
- convite à imprensa para inserir o cartaz informativo da campanha nas suas edições;
- difusão de notícias relativas à efeméride e à campanha, com menção dos Patrocinadores da campanha;
- convite às associações de livreiros (APEL e UEP) para que incentivem os seus associados a animarem os seus locais de comércio.

Para mais informações consulte DIA MUNDIAL DO LIVRO.

Poemário - Aenèrre

O vento quente bafejava-lhe
A face meiga e leda,
Sacudia-lhe os cabelos finos
Como fios de seda.

O Sol lambia-lhe o rosto,
Suavemente, de lado a lado.
Os lábios tenros, cor de rosa,
Vestiam um sorriso rasgado.

Os olhos, castanhos, cristalinos,
Espelhos da forma de ser,
Rebrilhavam nos meus olhos
Deliciados de a ver.

Aenèrre

Mulher - Joana Dias

Mulher, bastante fabulosa
A aparência não interessa
Ela será sempre formosa
Fica bem com qualquer peça

Está cada vez mais grandiosa
Anda sempre elegante
Tem as qualidades de uma rosa
Observá-la é muito interessante

Se um rapaz querido
Lhe dita poemas em prosa
Ela, com ar comovido,
Sente-se bastante fogosa

Com ele, esquece-se do rancor
Do que anteriormente havia sofrido
Descobriu o verdadeiro amor
Fez-lhe lembrar um romance por ela lido.


Joana Dias, 11º Ano
Aluna da Escola Secundária Sebastião e Silva

quarta-feira, 14 de março de 2007

Prémio Camões 2007

António Lobo Antunes foi distinguido, hoje, com o Prémio Camões, considerado por muitos o mais importante galardão na área da literatura lusófona. O júri foi composto por Francisco Noa (Moçambique), João Melo (Angola), Fernando J.B. Martinho (Portugal), Maria de Fátima Marinho (Portugal), Letícia Malard (Brasil) e Domício Proença Filho (Brasil). O Prémio Camões foi criado em 1988 pelos governos de Portugal e Brasil para estreitar os laços culturais entre os vários países lusófonos e valorizar o património literário e cultural da língua portuguesa.

António Lobo Antunes esteve na Biblioteca de Oeiras, no Café com Letras, a 25 de Outubro de 2006.