quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Boas Festas!


Encerramento das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Informamos os Srs. Utilizadores de que as Bibliotecas Municipais de Oeiras estarão encerradas ao público nos seguintes dias:



Natal – dias 23 (sábado) a 26 (3ª feira) de Dezembro
Ano Novo – dias 30 (sábado) de Dezembro a 2 (3ª feira) de Janeiro.

Agradecemos a sua compreensão.
Votos de Boas Festas!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

As nossas sugestões..branco

Este mês sugerimos-lhe a leitura de um livro de capa branca:

História do rei transparente
Sob uma pele de ferro, o coração de Leola palpita por aventura, e a sua coragem leva-a numa turbulenta viagem rumo à liberdade. Num tumultuoso século XII, Leola, uma camponesa adolescente, despe um guerreiro morto num campo de batalha e veste as suas roupas para se proteger sob um disfarce viril. Assim começa o vertiginoso e emocionante relato da sua vida, uma peripécia existencial que não é apenas de Leola mas também nossa, porque este romance de aventuras com ingredientes de fantástico fala-nos, na verdade, do mundo atual e do que todos nós somos. A História do Rei Transparente é uma insólita viagem a uma Idade Média desconhecida, relatada de uma forma tão vívida que quase se consegue sentir na pele, uma fábula que comove pela sua grandeza épica.

Leo Gursky tenta sobreviver mais algum tempo, batendo no radiador todas as noites para dar a saber ao seu vizinho de cima que ainda está vivo e fazendo recair sobre si as atenções ao balcão do Starbucks do bairro. Mas a vida nem sempre foi assim: há sessenta anos, na aldeia polaca onde nasceu, Leo apaixonou-se e escreveu um livro. E, embora não o saiba, esse livro também sobreviveu: atravessou oceanos e gerações, e mudou vidas. Alma tem catorze anos e foi assim baptizada em honra de uma personagem desse livro. Passa a vida a vigiar Bird, o seu irmão mais novo (que acredita poder ser o Messias) e a tomar notas num caderno intitulado Como Sobreviver na Selva - Volume III. Mas no dia em que uma misteriosa carta lhe chega pelo correio começa uma aventura para descobrir a sua homónima e salvar a família. Neste seu extraordinário novo romance, Nicole Krauss criou algumas das personagens mais memoráveis e tocantes da ficção recente numa história transbordante de imaginação, humor e paixão.

A obra-prima do maior escritor de culto da atualidade. Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a sua vida transformada após o telefonema anónimo de uma mulher. Começam a aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A perceção do mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco, Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda a sua vida. Este livro conta com uma galeria de personagens tão surpreendentes como profundamente autênticas e, quase por magia, o mundo quotidiano do Japão moderno aparece-nos como algo estranhamente familiar.

Uma noite, ao explorar a biblioteca do pai, uma jovem mulher encontra um livro antigo e um maço de cartas amareladas. As cartas começam todas por «Meu caro e desventurado sucessor…» e fazem-na mergulhar num mundo com que ela nunca tinha sonhado - um labirinto onde os segredos do passado do pai e do misterioso destino da mãe se ligam a um mal inconcebível escondido nas profundezas da história. As cartas abrem caminho para um dos poderes mais perversos que a humanidade já conheceu - e para uma busca que dura há séculos para encontrar a origem dessa perversidade e extingui-la. É uma busca da verdade sobre Vlad o Empalador, o governante medieval cujo bárbaro reinado esteve na base da lenda do Drácula. Gerações de historiadores arriscaram a reputação, a saúde mental e mesmo a vida para saber a verdade sobre Vlad o Empalador e Drácula. Agora, a jovem decide empreender por sua vez essa busca para seguir o pai numa perseguição que quase o destruiu quando ainda era um novo e entusiasta académico e a mãe ainda estava viva.

Mais um testemunho do incomparável estilo e qualidade de Philip Roth! Em "O Fantasma Sai de Cena", Roth volta aos temas da velhice e da proximidade da morte, tratados em "O Animal Agonizante" e "Homem Comum". Como Rip Van Winkle, que regressa à sua cidade natal e encontra tudo mudado, Nathan Zuckerman volta a Nova Iorque, a cidade que abandonou há onze anos. Sozinho na sua montanha da Nova Inglaterra, Nathan Zuckerman foi exclusivamente escritor: sem vozes, sem jornais nem televisão sem ameaças terroristas, sem mulheres, sem notícias, sem outras ocupações que não fossem trabalhar e enfrentar a velhice. Percorrendo as ruas como uma alma penada, depressa estabelece três relações que fazem explodir a sua solidão tão cuidadosamente protegida. Uma é com um jovem casal com o qual, num momento irreflectido, se propõe fazer uma permuta de casas. Eles trocarão a Manhattan do pós 11 de Setembro pelo seu refúgio no interior e ele regressará à vida urbana. Mas a partir do momento em que os conhece, Zuckerman quer também trocar a sua solidão pelo desafio erótico da jovem mulher, Jamie, que o atrai a ponto de o fazer voltar a tudo quanto pensava ter deixado para trás: a intimidade, o jogo vibrante do coração e do corpo. A segunda relação é com uma figura da juventude de Zuckerman, Amy Bellette, companheira e musa do primeiro herói literário de Zuckerman, E.I. Lonoff. Outrora irresistível, Amy é agora uma velha minada pela doença, guardiã da memória desse escritor americano de nobre austeridade que apontou a Nathan o caminho solitário para uma vocação de escritor. A terceira relação é com o aspirante a biógrafo de Lonoff, um jovem mastim literário, pronto a fazer e dizer praticamente tudo o que for preciso para chegar ao «grande segredo»de Lonoff. Subitamente envolvido, como nunca desejou ou tencionou voltar a estar, com o amor, a dor, o desejo e o ressentimento, Zuckerman representa um drama interior de possibilidades estimulantes e irresistíveis

Paul Roberts examinou, minuciosamente, a atual economia alimentar e descobriu que o sistema que deveria garantir a nossa necessidade mais básica está a falhar. Numa narrativa viva e rigorosamente fundamentada, Roberts revela uma alarmante realidade económica nos bastidores da alimentação moderna e demonstra como o sistema de produzir e comercializar aquilo que comemos é cada vez menos compatível com os biliões de consumidores que deveria satisfazer. Sobressai uma inquietante realidade: o aumento da produção em larga escala está a atingir o ponto de rutura, está a criar novos riscos de surtos de doenças transportadas nos alimentos, como a gripe das aves; a qualidade nutricional é cada vez menor, a prática de uma agricultura com utilização intensiva de produtos químicos compromete os solos e a água de uma forma irreversível. Enquanto um bilião de pessoas no mundo tem peso a mais, outras tantas - uma em cada sete - não tem o suficiente para comer. Com um espectro incisivo e muito atual, "O Fim da Comida" apresenta uma perspectiva crua e dura do futuro. É um apelo à tomada de decisões cruciais que nos permitam sobreviver ao fim do modelo de produção alimentar que conhecemos.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Grupo de Leitores de algés - Sessão com Isabela Figueiredo

No dia 13 de Dezembro (quarta-feira) a Biblioteca Municipal de Algés promove uma sessão com a escritora Isabela Figueiredo que nos irá falar sobre o seu primeiro romance «A gorda».
Isabela Figueiredo nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, hoje Maputo, em 1963. Após a independência de Moçambique, em 1975, rumou a Portugal, incorporando o contingente de retornados. Foi jornalista no Diário de Notícias e é professora de Português. Estudou Línguas e Literaturas Lusófonas, Sociologia das Religiões e Questões de Género. Publicou os seus primeiros textos no extinto suplemento DN Jovem, do Diário de Notícias, em 1983.
É autora de Conto É Como Quem Diz (Odivelas: Europress, 1988), novela que recebeu o primeiro prémio da Mostra Portuguesa de Artes e Ideias, em 1988, e de Caderno de Memórias Coloniais, cuja primeira edição data de 2009. Escreve regularmente no blogue Novo Mundo. Desenvolve workshops de escrita criativa e participa em seminários e conferências sobre as suas principais áreas de interesse: estratégias de poder, de exclusão/inclusão, colonialismo dos territórios, géneros, corpo, culturas e espécies." (biografia retirada da Wook: https://www.wook.pt/autor/isabela-figueiredo/1150827).

« Obra vencedora do Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues 2017 Maria Luísa, a heroína deste romance, é uma bela rapariga, inteligente, boa aluna, voluntariosa e com uma forte personalidade. Mas é gorda. E isto, esta característica física, incomoda-a de tal modo que coloca tudo o resto em causa. Na adolescência sofre, e aguenta em silêncio, as piadas e os insultos dos colegas, fica esquecida, ao lado da mais feia das suas colegas, no baile dos finalistas do colégio. Mas não desiste, não se verga, e vai em frente, gorda, à procura de uma vida que valha a pena viver. Este é um dos melhores livros que se escreveu em Portugal nos últimos anos.».

Venha partilhar esta experiência com a escritora!
Sessão aberta ao público em geral






segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Desafio Literário... Dezembro

Este mês desafiamo-lo a ler um romance histórico português ou um livro relacionado com o Natal:

O dia dos milagres é uma viagem apaixonante aos últimos dias do regime filipino que haveria de baquear no golpe de Estado que iniciaria a dinastia de Bragança. O autor centra a acção em Vila Viçosa, onde viviam os Duques de Bragança, e conduz-nos pelos dias de ansiedade, dias terríveis, vividos entre crenças e superstições, marcado por revoltas e sofrimento, num Portugal pobre e cansado, traumatizado pela tragédia de Alcácer Quibir, de onde espera que chegue o Rei Sebastião. O Dia 1 de Dezembro de 1640 foi um momento único da História de Portugal. Uma data que foi desprezada, até deixou de ser feriado, decisão que enxovalha a memória portuguesa. Um punhado de fidalgos, apoiado pelo Povo de Lisboa, enfrentou o mais poderoso Império do mundo. E devolveu a dignidade a Portugal. São os preparativos dessa saga extraordinária que percorrem as páginas deste romance apaixonante, terno, para que a memória colectiva não esqueça, aquilo que os novos servos do nosso tempo esqueceram, julgando Portugal do tamanho de um mero livro de contabilidade.

A descoberta de um retrato daquele avô cuja história a família sempre encobriu - Mateus Mateus, o gigante de olhar estranho que partiu, no contingente português, para a Flandres durante a Primeira Guerra Mundial - é o pretexto que a narradora encontra para, simultaneamente, escrever um romance e se afastar de um casamento que parece condenado ao fracasso. Para saber mais sobre o passado desse desconhecido, parte, também ela, para a propriedade de La Peylouse, em Saint-Venant, que alojou o Estado- Maior português nos anos 1917-1918 e da qual o avô, depois de ter servido na frente como maqueiro e coveiro, foi enviado numa missão de espionagem, acabando prisioneiro dos alemães. No bizarro hospital onde passa os meses que antecedem a batalha de La Lys (o mesmo onde virá a ser internado um cabo alemão chamado Adolf, atacado de cegueira histérica), Mateus Mateus cruza-se com figuras inesquecíveis: Alvin Martin, um inglês albino dado às premonições; Hugo Metz, o médico que usa métodos de inspiração freudiana para interrogar os pacientes; o órfão Émile Lebecq, pequeno ladrão e ilusionista amador; e, sobretudo, Georgette Six, a bela enfermeira francesa que perdeu o noivo na guerra e pela qual o português se tornará um homem diferente. E, porém, à medida que a neta de Mateus Mateus vai desfiando essa história - num jogo em que a realidade se torna indestrinçável da ficção -, também a sua vida é sacudida por uma paixão - e só o encontro com Cyril Eyck e o seu bisavô centenário trará a chave para os enigmas do próprio romance.

As mulheres assistem ao mundo como presas dos homens. A história do mundo revela tempos em que a mulher mais não é do que um instrumento da vida do homem. Neste romance, valter hugo mãe torna impossível ignorar este facto. Criador de uma linguagem exuberante, e deitando mão à mais rica imaginação, o autor explica o amor a partir do ponto de vista tremendo do machismo. Esta é a aventura de um homem que, casando com a moça mais bonita da sua terra, se deixa corromper pelo preconceito e pela pobre tradição. Entre ser divertido e cruel, O remorso de Baltazar Serapião é um marco fundamental na literatura portuguesa contemporânea.

Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, Diogo Alves atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda. Através da consulta dos jornais da época e de peças do processo, Anabela Natário recria o processo judicial de Diogo Alves, num romance recheado de mistério e intriga. É ao juiz Bacelar que cabe a difícil tarefa de descobrir e capturar Diogo Alves e o seu bando de malfeitores. Diogo Alves, embora deixe um rasto de violência e morte, consegue sempre escapar-se às mãos da justiça. É preciso detê-lo. O juiz não desiste e aos poucos, mergulhado no ambiente de violência e miséria que se vive na capital do reino, vai juntando as peças deste complicado puzzle de crimes e assaltos.






Um príncipe herdeiro pede a Poirot para encontrar um rubi que lhe foi roubado. Para investigar o caso, o detetive tem de participar – a contragosto – numa tradicional celebração natalina inglesa numa mansão do interior. Mas um bilhete anónimo acaba por mudar tudo...
"Boas Festas para todos em qualquer altura do ano! Boas Festas para todos em qualquer altura do ano!" repicam, cada qual a seu modo e como se fossem sinos, os contos de Charles Dickens reunidos neste volume. O timbre não terá sempre a mesma cadência, mas isso nada mais significa, afinal, do que as profundas diferenças de sinceridade próprias do carácter humano. Impregnados da influência de tradição cristã e pagã, alguns desses contos de Natal, surgem repletos de episódios satíricos, de cenas familiares vibrantes e sobretudo, de um caloroso ambiente de festa; todavia, nem sempre a festa neles está presente porquanto, para Dickens, o que interessa não é a data do calendário - aliás, "de todos os dias do ano o melhor é a véspera de Natal" - mas o espírito desse mesmo Natal que pode, e deve, manifestar-se assim que alguém se encontre numa situação difícil. Por isso, os contos deixam no leitor um gosto agridoce inesperado...

Os acontecimentos daquela tarde de Dezembro, na qual, juntamente com o pai, encontrou um bebé abandonado na neve, mudarão para sempre a percepção que essa menina de 11 anos tem sobre o mundo e os adultos que a rodeiam. O pai passou por grandes tormentos para se afastar da sociedade, de modo a ultrapassar uma tragédia insuportável. A agora jovem mulher tem de viver com as consequências das terríveis escolhas que fez. E há um detective cuja inteligência é apenas ultrapassada pelo seu sentido de justiça. Escrito sob o ponto de vista de Nicky, agora com 30 anos, que sempre recorda as vívidas imagens daquela fatídica tarde de Dezembro, Luz na Neve é uma história de amor e coragem, de tragédia e redenção, um romance que nos fala das formas que o coração humano sempre encontra para se poder curar.

Um casamento reúne um grupo de velhos amigo num reencontro que mudará as suas vidas para sempre. Numa estalagem no Massachusetts, sete antigos colegas de escola reúnem-se para um casamento. Nora, a dona da estalagem, teve de reinventar recentemente a sua vida após a morte do marido. Avery, que ainda consegue ouvir os ecos de um terrível acontecimento passado vinte e seis anos antes, estabeleceu-se em Toronto com a mulher e os dois filhos. Agnes, que é actualmente professora de História, permanece solteira e anseia contar um segredo que chocaria toda a gente. Bridget, mãe de um rapaz de quinze anos, concordou, apesar da incerteza quanto à sua saúde e futuro, em casar-se com Bill, um antigo namorado do liceu que reencontrou recentemente. Na verdade, é Bill que deseja ardentemente que este casamento se realize e que reúne toda a gente para um surpreendente fim-de-semana de revelações e recriminações, perdão e redenção.



quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Livros Proibidos - Ciclo de Conversas. "Cândido ou o Otimismo", de Voltaire. Com Frei Bento domingues

Logo mais à noite, às 21H30, terá lugar, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras mais uma sessão do projeto Livros Proibidos, sobre um texto incontornável: Cândido, de Voltaire. Pela voz e olhar do carismático Frei Bento Domingues.

Cândido, é um texto publicado em 1759, um dos vários que foram escritos também em consequência do terrível terramoto de Lisboa, em 1755, uma das cidades à época mais prósperas, com um importante porto comercial. É considerado a obra-prima de Voltaire e conta a história de um jovem e o seu tutor, o Professor Pangloss, um otimista cuja mantra é "tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis". Um dos poucos livros sobre o otimismo escrito por um pessimista irreverente. O nosso autor, considerado um homem forte das Luzes, desenvolve ao longo do texto, com um registo sarcástico e humorístico, uma crítica a esta máxima ingénua de Leibniz, procurando refletir sobre conceitos como razão, arbitrariedade, o mal e/ou o bem... Conceitos estruturantes da nossa identidade e também uma certa conceção de corpo e do modo de ser humano (crítica aos lugares do poder e da religião organizada e respetivas punições corporais, verdadeiros obstáculos ao exercício crítico e do livre exame da razão). Grande defensor da liberdade é também conhecido pelos seus slogans como "Écrasez l' infâme", expressão com que assinou muitas das suas cartas. No final desta história, este Cândido de Voltaire, depois de ter passado por tantos tormentos e dificuldades, depois da sua amada, Cunugendes, ficar feia e gorda, dedica-se ao cultivo da sua horta, ao lado da sua mulher e da Velha, referindo que o trabalho evita três grande males: o vício, a necessidade e o tédio. Aliás, a enigmática última frase do texto - "devemos é cultivar o nosso jardim" - valeu dezenas de interpretações diferentes ao longo dos tempos. Um livro intemporal e que continua atual, não fosse Voltaire um dos maiores atores sociais e políticos de todos os tempos e que viveu numa época de viragem conhecida como o Século das Luzes.


Informações
214406330



quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Colóquio "Rios de Lama"


«Rios de Lama – Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras»
Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
25 de novembro de 2017

Transporte-Algés/Oeiras-9:00H Saída de Algés-Regresso às 17:30H
Local - Junto às Bibliotecas Municipais de Algés e Oeiras

PROGRAMA

9:30H-Receção aos participantes
9:45H-Sessão de Abertura - Representantes do Município de Oeiras
10:00H-O projeto cidadão «Cheias’67» – Grupo Histórias de Vida (GHV)
10:20H-«Historiar as catástrofes – a história oral, a memória e a representação» – Ana Delicado, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
10:40H-Pausa para café
11:10H-Estudos sobre cheias I –  «As cheias de 1967 – Um olhar geográfico» –  Paulo Gameiro, Ciência Cidadã, GHV
11:30H-Estudos sobre cheias II: «Gerir os rios: debates e iniciativas para controlar as inundações (séculos XIX-XX)» – Dulce Freire, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
11:50H-Estudos sobre cheias III: «A explosão do paiol do Carrascal, o boato e o pânico da população» – Helena Abreu, Ciência Cidadã, GHV
12:10H-Debate
13:00H-Almoço livre
14:30H-Mesa-redonda  «Lembrar as cheias: em torno do testemunho oral»
              Moderador – Helena Lopes, Jornalista
              - Testemunho filmado – Elisabeth Aguardela, GHV
             - As coleções Gulbenkian no Palácio Pombal – Maria Manuela Mota, antiga Conservadora  do Museu Calouste Gulbenkian
            - O movimento estudantil no rescaldo da catástrofe – Diana Andringa, Jornalista e ex-dirigente académica
16:30H-Lançamento da obra «As “Gotas de Ar Frio” que Inundaram a Grande Lisboa —Memória  as Cheias de 1967 — O Concelho de Oeiras», de Ana Paula Torres, Ciência Cidadã, GHV
17:30H-Encerramento dos trabalhos

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dia Nacional do Pijama

Hoje é o Dia Nacional do Pijama... 20 de novembro! Neste dia as crianças pequenas são convidadas a ir para as escolas de pijama...


E vieram-nos visitar... Nas Bibliotecas Municipais de Oeiras, contaram-se e ouviram-se histórias de pijama.


Para saber mais sobre esta causa, clique:
http://www.mundosdevida.pt/_O_que_e_o_Dia_Nacional_do_Pijama







quinta-feira, 16 de novembro de 2017

As nossas sugestões...lilás, rosa e violeta

Este mês desafiamo-lo a ler um livro cuja capa seja lilás, rosa ou violeta:

Ana Karenina parece ter tudo - beleza, dinheiro, popularidade e um filho adorado. Mas sente um vazio na sua vida até ao momento em que conhece o arrebatador conde Vronsky. A relação que em breve se inicia entre ambos escandaliza a sociedade e a família, e traz no seu encalce ciúme e amargura. Em contraste com esta história de amor e autodestruição, encontramos Konstantin Levin, um homem em busca da felicidade e de um sentido para a sua vida.
Neste romance os leitores poderão ler a história de um estranho hoteleiro, do seu enigmático hotel, de uma passagem secreta e em tempos obstruída, do vício pouco ortodoxo de que o hoteleiro é vítima e cúmplice, das duas mulheres com as quais mantém relações ambíguas, da perplexidade ou inocência dos hóspedes. Mas a vida de Joaquim Heliodoro não é linear, a sua história cruza-se com arquitetura, curiosidade e pornografia, bem como com os problemas que daí derivam ou aí conduzem. Prémio Pen Club 2015.

Winston Smith é funcionário do Ministério da Verdade, onde se dedica a "corrigir" os factos históricos ao sabor das conveniências do Partido. Porque "Quem controla o passado, controla o futuro: e quem controla o presente, controla o passado", como diz o slogan partidário. Mas Winston Smith corre um grave risco, porque a sua memória ainda funciona. E ele sabe que a imagem do Estado e do Partido são uma ficção, que os cidadãos são controlados através da mentira. E a Polícia do Pensamento, que quase consegue ler a mente dos indivíduos, sabe que ele sabe. E ainda por cima Winston apaixona-se por Júlia, um amor que é proibido. Entra então para uma organização que se chama a Irmandade, para combater o Partido. No entanto, como Deus, o Grande Irmão é omnipresente e vê-nos onde quer que estejamos, sejam momentos públicos ou íntimos...

Muito mais do que um romance de amor e aventuras… Um marinheiro sem barco, desterrado do mar, conhece uma estranha mulher, que possui, talvez sem o saber, a resposta a perguntas que certos homens fazem desde há séculos. Arturo Pérez-Reverte, o autor espanhol contemporâneo mais lido no mundo inteiro, leva-nos, na companhia de Coy e Tanger, à procura do Dei Gloria, um bergantim que há mais de duzentos anos repousa nas águas profundas do Mediterrâneo. De Barcelona a Madrid, de Cadiz a Gibraltar, ao longo das costas de Cartagena, o objectivo é sempre um tesouro fabuloso, que talvez contenha a resposta a um dos grandes enigmas da história de Espanha. Nunca o mar e a História, a aventura e o mistério, se tinham combinado de um modo tão extraordinário. De Melville a Stevenson e Conrad, de Homero a Patrick O’Brian, toda a grande literatura escrita sobre o mar lateja nas páginas desta história fascinante e inesquecível, assinada por um grande autor ibérico de projeção internacional.
Vicky Rai, um playboy filho de um influente político indiano, mata a jovem Ruby num restaurante em Nova Deli apenas porque ela recusa servir-lhe uma bebida. Sete anos depois, Vicky é julgado e absolvido pelo seu crime. E decide celebrar com uma festa de arromba. Mas esta festa vai ter um final inesperado quando Vicky é encontrado… Morto.Entre os 300 glamorosos convidados, a polícia encontra seis pessoas estranhas e deslocadas naquele meio, todas elas com algo em comum. Cada um deles teve motivos mais do que suficientes para premir o gatilho. Inspirado em acontecimentos reais, o muito aguardado segundo romance de Vikas Swarup é um livro de leitura compulsiva que oferece um olhar perspicaz sobre a alma e coração da Índia contemporânea.

Maria: foi recentemente abandonada pelo seu companheiro. Raquel: deixou o seu amante, um homem casado. Elsa: vive traumatizada por uma violação. Susi: a morte do irmão deixou-a sem perspetivas. Quatro mulheres sós, sem companheiros românticos, sem filhos, longe das famílias. Através das suas histórias cruzadas, emerge o retrato de uma cidade em que toda a gente parece conhecer-se, mas onde de facto, cada ser vive no anonimato da sua identidade, e dos seus sentimentos. Com este misto de crueldade e humor que marcara os seus romances anteriores - Amor,curiosidade e dúvidas e Beatriz e os corpos celestes - a autora interroga os tradicionais papéis femininos e a sua validade neste nosso presente. Das relações entre mulheres à pseudo guerra dos sexos, Lucía Etxebarria desmonta a lógica (ou a falta dela) na nossa existência urbana. No fundo do túnel, há talvez uma nova forma de redenção. Mas por um preço.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Formação na Biblioteca Municipal de Algés: Introdução ao Google Earth


terça-feira, 14 de novembro de 2017

Livros Proibidos - Ciclo de Conversas. A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende. Com a atriz Maria João Luís.

É já amanhã, dia 15 de Novembro, às 21H30 que terá lugar a sexta sessão do projeto Livros Proibidos, desta feita dedicada à obra de Isabel Allende, A Casa dos Espíritos. Pelo olhar da atriz Maria João Luís e a moderação de Maria Flor Pedroso.

A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende é uma daquelas obras marcantes no imaginário e universo de qualquer leitor do mundo. Um texto de riqueza literária notável, onde as personangens femininas são estranhos anjos que acordam ao amanhecer e que se revelam ou não aos simples mortais. Entidades quase incorpóreas que não se demoram na simples temporalidade do quotidiano, mas acabam por ganhar uma dimensão poética, num outro plano onde se concretizam. A razão da sua inclusão num painel de Livros Proibidos dedicado ao tema Corpo e Identidades prende-se também com a riqueza e complexidade deste universo feminino que atravessa várias gerações da família Trueba. Os nomes são já e por si só simbólicos e metafóricos desta realidade: Nívea, a claravidente Clara, a estranhamente bela Rosa ou Alba. São personagens inesquecíveis, transcendentais ou até mesmo viciantes para o universo masculino que, num contexto de uma sociedade patriacal, não as consegue dominar. Elas estão muito para além deles… Por outro lado, trata-se de um texto escrito pela nossa autora durante o seu exílio forçado, na exuberante Venezuela da década de 80 e que tem no seu enredo ingredientes simultanemanete reais e ficcionados sobre a revolução socialista chilena (com um dos grandes protagonistas Salvador Allende, primo de seu pai,  e o golpe de estado de Augusto Pinochet com a subsequente ditadura que se instalou no Chile). Foram, de resto, estes acontecimentos e a herança do nome Allende que obrigaram a nossa autora a sair da sua pátria, onde tinha toda a sua vida estabelecida, e iniciar uma diáspora que só terminaria aquando do restabelecimento da democracia no seu país. Por tudo isto, A Casa dos Espíritos seria obrigatoriamente um texto a revisitar, não só pelo encantamento, densidade e complexidade das suas personagens que se tornam numa marca difícil de esquecer, mas por constituir um daqueles casos de sucesso literário e de vendas, ajudando a contextualizar alguns dos acontecimentos mais importantes chilenos e que se inscrevem na tentativa humana de lutar sempre por um mundo melhor, com mais oportunidades para todos e mais justiça. O percurso da nossa autora, que é já longo, fala bem sobre todas as causas que já abraçou e aventuras que vivenciou. Porque não se pode contar a história sem viver dentro dela. Depois, e naturalmente, pela enorme capacidade que tem em manejar as palavras, que brotam dentro dela como sementes lançadas em terra fértil. Uma vocação que não se explica...
Consultar o Guião de Leitura

"A casa das Tias"- com Cristina Serôdio


No dia 15 de Novembro (quarta-feira) a Biblioteca Municipal de Algés promove uma sessão com a escritora Cristina Almeida Serôdio que irá falar-nos sobre o seu primeiro romance  «A casa das Tias».
«Uma acidentada herança dá a M. a casa das tias solteiras, irmãs do avô, que visitava nos Setembros da sua infância. A visita à casa fechada há muitos anos e a passagem pelos seus lugares privados faz-se na companhia de uma velha amiga de escola, que a pedido de M., a partir do que ouve e vê, inventa e compõe uma história de família.
Como pequenas partes de um espelho estilhaçado que reflete uma realidade multifacetada, assim se constrói este livro, com pequenos retratos, breves descrições, episódios passados entre figuras da casa, o tempo e os dias na aldeia e na cidade.».
Não deixe de vir esta sessão.
Sessão aberta ao público em geral.






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

"Rios de Lama - Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras"

COLÓQUIO
"Rios de Lama - Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras"
Um colóquio proposto e organizado pelo Grupo Histórias de Vida, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, através do Departamento de Cultura e Promoção do Conhecimento, da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras e do Arquivo Municipal de Oeiras, em parceria com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
25 NOVEMBRO. SÁBADO. 9H30 ÀS 17H30
Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
INFORMAÇÕES
BMAlgés, tel.: 210 977 480/81

ENTRADA LIVRE

Transporte: Algés/Oeiras - 9h00 saída de Algés e regresso às 17h30
Local: Junto às Bibliotecas Municipais de Algés e Oeiras

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Desafio Literário Novembro

Este mês desafiamo-lo a ler um livro de Ficção Científica e uma Biografia:
No início de Agosto de 1966, García Márquez e Mercedes foram aos correios enviar o manuscrito terminado de Cem Anos de Solidão para Buenos Aires. Pareciam dois sobreviventes de uma catástrofe. O embrulho continha 490 páginas dactilografadas. O funcionário que estava ao balcão disse: «Oitenta e dois pesos.» García Márquez observou Mercedes a procurar o dinheiro na carteira. Tinham apenas cinquenta pesos, e só puderam enviar cerca de metade do livro: García Márquez pediu ao homem que estava do outro lado do balcão para tirar folhas como se fossem fatias de toucinho fumado, até os cinquenta pesos serem suficientes. Voltaram para casa, empenharam o aquecedor, o secador de cabelo e o liquidificador, regressaram aos correios e enviaram a segunda parte. Ao saírem dos correios, Mercedes parou e voltou-se para o marido: «Hei, Gabo, agora só nos faltava que o livro não prestasse.»
Na juventude, Leonardo era excepcionalmente belo e na velhice tinha o rosto de um sábio vergado pela tensão daquilo que aprendera sobre o Universo. Era um homossexual vegetariano, filho ilegítimo que recebeu muito pouca educação formal e foi excluído de quase todas as profissões devido Às circunstâncias do seu nascimento. Era um amontoado de contradições e conflitos, um homem que raramente concluia uma incumbência, muito viajada para a época em que viveu, um homem que queria viver a vida intensamente e chegar à raiz de todos os fenómenos, explicar todas as coisas, fazer tudo o que fosse possívele registar tudo o que testemunhasse.Mas quem foi Leonardo? O homem do Renascimento - cidadão do mundo - Leonardo, o Génio. Epítetos gravados hoje na nossa mente ao revermos a obra quase inumana que Leonardo nos legou. Observamos hoje Leonardo em quase tudo o que fazemos ou pensamos. Mas quem foi Leonardo? Homem da Ciência? Das Artes? Do Pensamento? Da Engenharia? Da Arquitectura? Da Óptica? Da Medicina? Do Futuro? Como pôde um homem ser tantas coisas em tão pouco tempo? Como pôde ele descobrir teorias que só séculos mais tarde seriam redescobertas e aplicadas?
Neste livro, as suas ideias científicas têm prioridade. Viajamos com ele nas suas máquinas pelas cidades do seu tempo, conhecemos a história das caras por trás dos seus quadros, suas amizades, seus medos. Leonardo, homem de um pensamento tão vasto que do renascimento se estende até hoje.
Marco António, o homem mais poderoso de Roma, e Cleópatra, a sedutora rainha do Egito, são, sem sombra de dúvida, personagens da maior estória de amor da nossa História. Inspiraram arte, filmes, literatura e o seu dramático romance foi contado e recontado ao longo dos tempos. Juntos viveram num ambiente de luxo e esplendor, lutaram pelo sonho de um império e perderam tudo na mítica batalha de Actium. Passados mais de dois mil anos sobre o seu espetacular suicídio, António e Cleópatra continuam a despertar curiosidade. Adrian Goldsworthy, autor de Os Generais Romanos e César, tendo por base fontes antigas e evidências arqueológicas, conta-nos a verdadeira história destas duas figuras, pensadas no seu tempo e na sua cultura. Este historiador vai atrás dos factos por detrás das lendas e mitos, para nos revelar que António não era afinal um simples soldado, aliás tinha pouca experiência militar, mas sim um homem nascido numa família aristocrata, com grande habilidade política. E Cleópatra, a bela e ambiciosa rainha, não era egípcia, mas sim grega. Falava grego, vestia-se como grega, mas sabia que só uma aliança a Roma a poderia colocar perto do poder. No seu caso seduzindo e tornando-se amante de César, primeiro imperador de Roma, e de Marco António. Os dois homens mais poderosos do seu tempo.Os dois homens mais poderosos do seu tempo. A história de António e Cleópatra que vai ler ao longo destas páginas pode não ser a história que imaginou, mas o autor assegura-nos que é ainda mais fascinante e dramática. A história de uma paixão, de guerra e ambição, uma história de dois animais políticos, numa época em que o mundo estava em profunda mudança.
E agora algo completamente diferente… Em 1969, seis Ingleses (bem, um era Galês e outro um Americano intrometido) juntaram-se para criar um programa de televisão sobre um agente teatral sem escrúpulos, desonesto e francamente asqueroso, chamado Monty Python. O Monty Python’s Flying Circus mudou a face da comédia televisiva e agora, mais do que há quatrocentos anos atrás (bem, de facto, trinta anos e mais um bocado), as pessoas continuam a falar sobre ele. Aqui está, nas suas próprias palavras e nos extractos dos diários pessoais, a história completa dos Monty Python. O livro relata a vida dos cómicos ingleses que abriram os sentidos do mundo não só para a comédia, mas também para alguns temas importantes da sociedade moderna: como trocar papagaios mortos; piadas enquanto armas mortíferas; canibalismo em agências funerárias; a presença de cangurus na Última Ceia.
"Actualmente, quase todos os historiadores rejeitam a tese de um Viriato nascido e criado nas montanhas. Os traços da sua personalidade, recolhidos a partir das obras de autores antigos, apresentam-no como um homem sóbrio, enérgico, justo e fiel à palavra dada, desprezando em absoluto o luxo e o conforto e, sobretudo, como um excelente estratega militar, levam-nos a concluir que se tratava de um vedadeiro político, o indiscutível chefe militar dos lusitanos e defensor da sua liberdade, e não de um rude pastor das montanhas. Apresentar Viriato como o defensor de uma certa unificação militar e política contra o poder de Roma e como possível criador de uma monarquia na Lusitânia - cujo território não formava uma unidade  social ou política - é talvez exagerado. Mas, a verdade é que a acção de Viriato, tanto militar como diplomática, fez com que todos os povos vizinhos se mobilizassem contra Roma sob o seu comando e direcção. Viriato foi o primeiro lusitano no comando de um grupo de guerreiros composto por pessoas de diversas tribos e durante os oito anos que duraram as suas campanhas não houve nenhum caso de indisciplina entre as tropas. Facto surpreendente por se tratar de um «exército bárbaro», como diriam os romanos." Mauricio Pastor Muñoz In Introdução
A Guerra Mundial de 1992 d. C. deixara a Terra devastada. Através das suas ruínas o caçador de prémios Rick Deckard caminhava sorrateiro à procura da sua presa - um andróide renegado. Quando não os estava a «retirar» com o seu laser, Deckard sonhava em possuir um animal vivo – o último símbolo de status num mundo completamente privado de vida não humana. Num dia gélido de Janeiro, Rick viu a sua oportunidade. Estava destacado para matar seis andróides Nexus – 6. Mas, no seu mundo, as coisas, nunca eram assim tão simples. A sua nomeação depressa se transformou num caleidoscópio de pesadelo, subterfúgio e fraude – e na ameaça de morte que pairava mais sobre o caçador do que sobre os caçados.
A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, é não só uma das obras fundadoras da moderna ficção científica (juntamente com alguns outros livros do mesmo autor, e com quase todos os romances de Jules Verne), como foi ainda o romance que Orson Welles utilizou para a genial criação radiofónica que lançou o pânico nos EUA, com multidões inteiras a convencerem-se de que os marcianos tinham de facto chegado à Terra. Este livro pode ler-se como uma simples fantasia: a história de uma guerra com um final ao menos temporariamente, feliz. Ou pode pensar-se no contexto em que foi escrita (1898), numa altura em que o Mundo Ocidental pressentia que uma boa parte do que tinha sempre tido por imutável e seguro estava de facto a chegar ao fim. Em qualquer caso, e seja qual for a perspectiva do leitor, A Guerra dos Mundos não deixará de ser por todos considerada como uma narrativa verdadeiramente apaixonante.
O Marte de Bradbury é um lugar de esperança, sonhos e metáfora — colunas de cristal e oceanos de fóssil — onde uma fina poeira cai sobre as grandes cidades desertas de uma civilização silenciosamente destruída. É lá que os invasores chegam para pilhar e comercializar, crescer e aprender — primeiro, um fio de água, depois uma torrente, a correr de um mundo sem futuro para uma promessa de amanhã. O Homem da Terra conquista Marte... e depois é conquistado por ele, aquietado por mentiras, perigos de conforto e familiaridade e seduzido pelo fascínio demorado de uma raça antiga, misteriosa. As Crónicas Marcianas de Ray Bradbury é uma obra clássica da literatura do século vinte cujos poder e imaginação extraordinários se mantêm radiosos apesar da passagem do tempo. Em histórias cronológicas e interligadas somos uma vez mais cativados, deliciados e desafiados com a visão e o coração de um grande mestre — expondo com singeleza e assombro à luz brilhante do espaço a nossa força, a nossa fraqueza, a nossa loucura e a nossa bondade pungente num mundo estranho e prodigioso ao qual o género humano não pertence.
Dois jovens travam conhecimento num mundo mágico do outro lado do rio e para além do limiar do mundo quotidiano onde cresceram. Não sabem como nem por que razão chegaram à rua calcetada e ao crepúsculo eterno de Tembreabrezi, a vila da montanha. Sabem apenas que, voltando lá, encontrarão a paz e a fuga todos os enfadonhos problemas da vida diária. Porém quando o refúgio se converte em horror e os caminhos de sonho conduzem ao pesadelo, deixa de haver fuga. Têm então de optar não entre uma vida e outra mas entre a vida e a morte. E têm de escolher sem qualquer orientação ou explicação, sem auxílio algum ... a não ser donde menos esperariam.
Chocky : o amigo invisível
Pela primeira vez publicado em 1968, Chocky, o Amigo Invisível é um clássico de ficção científica que foi alvo de diversas adaptações; em 1967 a BBC produziu uma versão radiofónica e em 1984 uma versão televisiva juvenil estreou no ITV, no Reino Unido. Chocky, o Amigo Invisível conta, tal como o título indica, a presença de um amigo invisível na vida de um rapaz chamado Matthew. Os pais de Matthew achavam que este estava apenas a atravessar mais uma fase - desta vez, uma fase em que falava sozinho. Decidiram, como todos os pais, esperar que essa fase passasse, porém os solilóquios agravavam-se a cada dia que passava. Pouco depois, Matthew começou a fazer coisas que nunca poderia ter feito antes desta "fase": cálculos matemáticos em linguagem binária, por exemplo. E foi então que Chocky - dentro da cabeça de Matthew, se revelou.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Cidades Inteligentes: Ideias para o Futuro, por Miguel de Castro Neto e Luís Vicente Baptista

Que cidades teremos em 2030? A crescente urbanização tornou as cidades em ecossistemas sociais complexos onde é imperativo assegurar o desenvolvimento sustentável. Por essa razão, convidamos para as Conversas na Aldeia Global de 9 de novembro, quinta-feira, pelas 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras, os investigadores Miguel de Castro Neto e Luís Vicente Baptista para uma reflexão sobre as principais ideias para o futuro a caminho dos ODS “Cidades e Comunidades Sustentáveis” e “Educação de Qualidade”. 
O conceito de cidade inteligente remete para a vontade de mobilizar de forma colaborativa os cidadãos, as autoridades locais e as empresas em torno de projetos urbanos integrados que utilizam novas tecnologias e a inovação científica ao serviço das pessoas. 
Rumo a 2030, precisamos de cidades mais verdes, inteligentes e sustentáveis. Para isso, tem de se evoluir na resolução de muitos problemas que afetam atualmente a cidade: mobilidade, escassez de recursos, alterações climáticas, desigualdades económicas e a exclusão social. Quais os recursos únicos da cidade? Quais as suas principais debilidades? Como se posiciona o a cidade face à realidade nacional e internacional? E qual é o papel do cidadão no desenvolvimento económico da cidade? Esta e outras questões vão estar em debate em mais uma Conversa na Aldeia Global.
Com Miguel de Castro Neto, Professor Auxiliar e Subdiretor da NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), onde é Presidente do Conselho Pedagógico. Desenvolve o seu trabalho de investigação e ensino na área da Business Intelligence e das Smart Cities. Foi Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, entre 2013 e 2015. É Presidente do Conselho Nacional de Engenharia Agronómica da Ordem dos Engenheiros, coordenador do Grupo Cidades e Ordenamento do Território da Plataforma para o Crescimento Sustentável e Presidente do Conselho de Curadores do Festival Terras Sem Sombra. Foi-lhe atribuído o prémio Personalidade SmartCities 2017 pelo Conselho Estratégico Green Business Week .
E Luís Vicente Baptista, professor catedrático e sub-diretor, desde 2005, e vice-presidente do conselho científico, desde 2009 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL. É também Diretor do CESNOVA, desde 2010 e foi Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia. Tem investigado sobretudo nas áreas da história social das ideologias e das políticas públicas, sociologia da vida quotidiana, da sociologia urbana e da sociologia do consumo. 
A moderação é de Vasco Trigo. Esperamos por si!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

As nossas sugestões...castanho


Obra-prima do romance de mistério, a Pousada da Jamaica passa-se na Cornualha no ano de 1820. Mary Yellan, uma jovem de vinte e três anos, vê-se obrigada, após a morte da mãe, a ir viver com uma tia num local ermo e isolado onde esta, juntamente com o marido, explora a Pousada da Jamaica. Mas Joss Marlyn, o marido da tia Patience, é um homem obscuro e violento, e uma atmosfera ameaçadora e sinistra envolve aquele lugar. Suspense, paixão e aventura numa obra reveladora da capacidade única de Du Maurier para captar o espírito perturbador, quase sobrenatural, dos locais que elege como cenário dos seus romances.

Thomas Moran descobre a sua vocação de uma forma, no mínimo, turbulenta. Quando em 1906 São Francisco é abalada por um violento terramoto, Thomas, então com sete anos, comete o seu primeiro acto de delinquência e a partir daí a sua vida toma um rumo que em muito reflectirá a própria história dos Estados Unidos. Gangsters de todas as nacionalidades, vigaristas, autoridades corruptas e as provações de viver à margem da sociedade constituirão o seu dia-a-dia, mas a força de um grande amor poderá estar prestes a mudar o seu destino. Quando Thomas conhece Effie, filha de um vinicultor de Napa Valley, conhece também talvez a única grande oportunidade de ir ao encontro de uma vida nova. Mas será ainda possível salvá-lo de si próprio?

Estamos em 2001, e a família Drummond, reunida pela primeira vez em muitos anos, juntou-se perto de cabo Canaveral para assistir ao lançamento no espaço da sua amada filha e irmã, Sarah. No cenário irreal e em technicolor das mais finas atrações turísticas da Florida, os Drummonds e os seus intímos conseguem manter-se em todas as atividades ilícitas possíveis debaixo do sol tropical - rapto, chantagem, armas e mercado negro, para enumerar apenas algumas delas. Aparentemente não são capazes de evitar problemas, mas o que poderia resultar numa espécie de cacofonia de talk-show, nas mãos de outro escritor, torna-se nas mãos de Coupland material para uma epopeia moderna. Mesmo quando a vida dos Drummond fica completamnte fora de controle, Coupland recorda-nos sempre a sua humanidade, forjando uma hilariante obra-prima com o olhar agudo de um crítico cultural e o coração e a alma de um dotadíssimo contador de história. Quando recua no tempo e nos faz mergulhar nos vários passados dos Drummond, conta-nos não só os seus percursos, mas também a história dos nossos tempos - talidomida, sida, drogas, divórcio, internet, tudo isso aglutinado com a nossa cola do amor e da loucura das famílias. Os Drummond irão certamente juntar-se às fileiras das grandes famílias da ficção literária.

St. Mary Mead é uma pacata aldeia inglesa, onde o dia-a-dia decorre sem incidentes de relevo e até os equívocos e desaguisados do costume fazem já parte da rotina diária. Mas o comportamento arrogante e intransigente do coronel Protheoroe, figura proeminente na vida da aldeia, torna-o no alvo preferido de comentários controversos e dos ódios mais enraizados, levando o próprio vigário a declarar um momento de desespero e irreflexão que quem matasse o coronel faria um favor ao resto do mundo. O sereno vigário Clement não imaginava então que este seu comentário pouco feliz voltaria para o atormentar...

Um dia dois forasteiros chegam à aldeia de Lagares, isolada no meio das serras, lá nos confins do Minho. Um dos forasteiros era de estatura colossal, a quem logo chamam o Gigante, mas que na realidade tem por nome Thomas, o outro era Eunice, uma mulher pequena de cabelos cor de fogo que dentro em breve daria à luz dois gémeos. Ele, originário de um incerto país latino-americano, é um grande contador de histórias tão verdadeiras quanto inesgotáveis e que fazem as delícias dos habitantes de Lagares. Um dia, porém, o Gigante adormece e o seu sono prolonga-se por meses, anos, mas continua a contar as histórias com que vai sonhando. Nessa espera interminável, Eunice decide anotar por escrito tudo o que sonha aquele homem que ama e que tanto a fascina. E será a partir daí que as coisas seguirão um novo e extraordinário curso, mudando para sempre a vida daquela gente.

Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em "A Rapariga que Roubava Livros", vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Desafiio literário Outubro

Este mês desafiamo-lo a ler um livro da autoria de um Prémio Nobel e também a ler um livro de Literatura Fantástica:
O tesouro
O senhor Arne fora um dos homens mais ricos e mais respeitados da região. Contudo foi tragicamente morto juntamente comtodos os seus criados e uma sobrinha com menos de catorze anos. A velha mansão de família foiincendiada e o tesouro foi levado. A única sobrevivente foi a jovem órfã Eisalill que vivia com a sobrinha do senhor Arne mas que não se lembra do que sucedeu.
Numa pequena cidade costeira os habitantes perguntam-se o que se passa com a natureza: é quase Verão e o mar continua gelado. Três soldados, nobres escoceses, aguardam que o seu barco desencalhe para partirem com o seu misterioso baú. Um deles, um homem elegante e bem vestido, reconhece a jovem Elsalill, que trabalha na estalagem após ter escapado aos assassinos que mataram toda a sua família.

Romance feito de diversas histórias que se desenvolvem ao longo dos anos em dois cenários simultâneos - o bairro de la Mangachería, na cidade de Piura, e Santa Maria de Nieva, uma feitoria e missão religiosa perdida na Amazónia -, é na Casa Verde - espaço de tentação e sedução - que a trama atinge o seu expoente.
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do "Dom Quixote" ou de "À Procura do Tempo Perdido" - começam estes "Cem Anos de Solidão", obra-prima da literatura comtemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Márquez como um dos maiores escritores do nosso tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
Há séculos, quando a magia habitava Inglaterra, houve um mago que se distinguiu entre todos os outros. Chamou-se Rei Corvo, foi criado por fadas e, como nenhum outro, soube conjugar a sabedoria desses seres com a razão humana. Só que tudo se alterará a partir do momento em que um rei louco e alguns poetas mais arrojados fazem com que a Inglaterra deixe de acreditar na magia. O que acontecerá até meados do século XIX, quando o solitário Senhor Norrell, de Hurtfew Abbey, que faz andar e falar as estátuas de catedral de York, acredita que poderá ajudar o governo de Sua Majestade na guerra contra Napoleão. Já em Londres, Norrell encontrará Jonathan Strange, um jovem, rico e brilhante (mas também arrogante), que descobre por acaso que é um mago, tornando-se seu discípulo. Os feitos de ambos haverão de maravilhar a velha Inglaterra. Até ao momento, no entanto, em que a parceria, que parecia destinada ao sucesso, virará rivalidade. É que, fascinado pela figura sombria do Rei Corvo e atraído pela sua "insensata busca" por magias há muito esquecidas, Jonathan haverá de pôr em causa tudo o que Norrell mais estimava...
Ao longo de quase duzentos anos, audiências de todo o mundo vibraram com a Flauta Mágica, de Mozart. O prazer que sentiam com a música era igualado pelo fascínio exercido pela beleza e magia da história de Papageno, o homem-pássaro, pela assustadora e ameaçadora Rainha da Noite, pelo amor e aventuras do Príncipe Tamino e da Princesa Pamina que enfrentavam os tremendos testes mágicos do Tribunal da Sabedoria. Filha da Noite é uma história de amor, de coragem e de perseverança, mas é também uma viagem pela fantasia e pelo mundo dos sonhos, para além de ser uma versão diferente desta história há muito conhecida. Marion Zimmer Bradley usa a sua própria magia para dar às personagens eternas uma nova vida na página impressa. Tudo aquilo que tivera de ser comprimido no formato da ópera e do palco, pode agora expandir-se. E é ao som da melodia dos sonhos, dos arquétipos e da fantasia que, de palavra em palavra, as personagens encontram finalmente toda a sua plenitude e os grandes testes assumem o brilho mágico que só poderia ser conferido por uma mestra da fantasia moderna como é Marion Zimmer Bradley.

Quando Dorothy triunfou sobre a Bruxa Má do Oeste no clássico O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum, apenas conhecemos a sua versão da história. Mas, afinal, quem era esta misteriosa Bruxa? De onde veio? Como se tornou tão malvada? E qual é, então, a natureza do mal?
A Bruxa de Oz conta a história de Elphaba, uma menina de pele verde, insegura, rejeitada tanto pela mãe como pelo pai, um pastor reaccionário. Na escola ela também é desprezada pela sua colega de quarto Glinda, a Fada Boa do Norte, que só quer saber de coisas fúteis: dinheiro, roupas, jóias. Neste contexto, ela descobre que vive num regime opressor, corrupto e responsável pela ruína económica do povo. Elphaba decide, então, lutar contra este poder totalitário, tornando-se na Bruxa Má do Oeste, uma criatura inteligente, susceptível e incompreendida que desafia todas as noções preconcebidas sobre a natureza do bem e do mal.
Gregory Maguire cria um mundo de fantasia tão fértil e vívido que Oz nunca mais será o mesmo.