sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Margarida Rebelo Pinto


Goste-se ou não (e assim se começa fruto de tantas polémicas - ver Blogtailors), Margarida Rebelo Pinto é lida. A exemplo disso, consulte-se o catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras, relativamente ao seu último título, Português Suave: os dois exemplares estão emprestados até 12 de Dezembro e têm mais duas reservas cada um, logo, só estarão disponíveis a 12 de Janeiro. E tal não é excepção mas sim regra, coincidindo com cada lançamento da autora. Dá-se, em consequência, notícia do site da escritora – que inclui, entre outras funcionalidades, clube de leitura (uma espécie de grupo de leitores virtual, para o qual é necessário registo), textos inéditos, crónica semanal e entrevistas –, destacando-se, nesta ligação, as sugestões de leitura, intituladas Estou a ler, a saber:

Antologia poética, de Carlos Drummond de Andrade (disponível na BM Carnaxide)

O paraíso na outra esquina, de Mário Vargas Llosa (disponível na BM Carnaxide)

Cartas perto do coração, de Clarice Lispector e Fernando Sabino

El secreto de las flores, de Mercedes Salisachs

O Livro de Marco Polo, de Marco Polo (disponível na BM Oeiras)

Já que os fãs de Margarida terão de esperar algum tempo pelas palavras da mesma, porque não aceitarem as suas propostas e variarem um pouco? Boas leituras!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Selva

Autor: Ferreira de Castro

Belíssimo romance sobre a condição humana em ambiente hostil, as suas fraquesas e misérias, as suas grandezas também. Uma reflexão sobre a angústia do por vir, a desesperança do trabalho sem futuro, do desenraizamento e, também, estranhamente, da solidariedade que persiste, apesar de tudo.
Obra de um europeu sobre a Amazónia, a comparar, talvez, com as obras de um autor brasileiro que, na selva, situa vários dos seus romances, vários anos depois, reflectindo sobre a progressiva destruição dos índios seus habitantes- José Mauro de Vasconcelos.

José Santos Pais, 54 anos, Magistrado M.º P.º;


Com um prazer enorme voltei a reapreciar Ferreira de Castro, autor grande da nossa literatura que há muito descobrira; com a riqueza descritiva de um valiosos escritor, que a abundância de obras de vários criadores nos últimos anos, porventura mais mediáticos mas certamente longe de alcançarem ou sequer de aproximarem deste autêntico mestre da nossa língua e ficção, em que cada obra parece reforçar o nosso autêntico deslumbramento - com o descobrir de vocábulos inabituais e ricos neologismos.

Francisco Gomes, 73 anos, Reformado da EDP;

ver este título no catálogo da biblioteca
entrada n.º 0107

No CoRaçÃo do CorAçãO

CAFÉ COM LETRAS _ OUTUBRO 2008





§§ No início... a propósito da escrita (sua ?) o autor diz: «Eu gostava de mais ou menos isto - de entrar no coração do coração.» do quê ?!? mistério das pequenas grandes pequenas coisas... »»» Fica para aqueles que assistiram e respiraram relevantemente das & as palavras, a VOZ da conversa, da surpresa, da desplicência e ousadia, de Carlos Vaz Marques com António Lobo Antunes... no serão em Café com Letras armonizado pela Biblioteca de Oeiras a 29 de Outubro de 2008.

§§ A.L.A incorreu a um tratamento médico de alto risco a meio do novo Romance, «O Arquipélago da Insónia» ao que refere - «O meu médico disse-me: Tens um cancro e eu gostei muito dele. E eu - Tá bem, então tenho que ser operado amanhã! E assim foi.»
§§ Um homem directo, que se diz «nas tintas» para os leitores, mas que como 1 santo, uma criança, 1 pequeno deus aprendiz - olhava, um ser de tal escuta: parava todo o tempo necessário para as pessoas ouvintes naquele convívio.

§§ Com simplicidade e autêntico de si respondia às maioritariamente afirmações determinadas sem pergunta, de quem interviu...

§§ Risos, risotas, sorrisinhos no momento da afirmação: «Se eu quisesse mostrar alguma coisa (de que considerasse importante, depreendemos) despia-me!»...

§§ Já a conversa vai longa e ainda tudo para se espantar em e neste conto inesquecível, único encontro in loco e a cores, quando revela : «um escritor não o é aos 40 anos, com diz ter acontecido consigo - sucede pelos 4, 5 anos ou pouco mais adiante... Fui escritor a minha vida toda

§§ Bem... escrever com outras pessoas, barulhos, ou nos cafés, tascas, onde o recebem muito carinhosamente de Dr. António, é impossível, não acontece; até há pouco tempo ouvira fado, canções «memoráveis» insistiu em adjetivar!

§§ «No estúdio/atelier (da editora dos seus livros?) cheira muito mal, não posso lá escrever. Não me telefonam, não tocam à porta - não há esse risco, não corro perigo!(...) Tou muito só, muito solitário, para escrever...»
§§ «Com a minha doença, a minha família, (com aquelas lamechices) não me ajudou nada! E graças a Deus (e sem lá mais quem) passou: quem me ajudou foi o médico.»

§§ Ao final
... E agora uns minutos mais com António Lobo Antunes para a assinatura de alguns livrinhos, diz Carlos Vaz Marques e o escritor: «Espero que poucos». Instante em que veio uma enchente de leitores ululantes & convictos (do que iam enfrentar ou viver)... Eu não teria tal atitude!

§§§§§

Pode ver-se que as exclamações foram marca do Serão, significantes de ímpeto, vitalidade, animus e afirmação na Vida!!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Novas leituras no Café com Letras






Ondjaki é o último escritor convidado do Café com Letras em 2008. Ao longo deste ano a orientação programática deste projecto gravitou em torno das novidades editoriais. A abordagem efectuada centrou-se muito mais na obra, para além da dimensão do autor, procurando encontrar um conjunto de vozes contemporâneas, as mais diversificadas possíveis. Do registo humorístico, com Ricardo Araújo Pereira, ao do romance histórico com Fernando Campos, ou, ainda, a sempre acutilante e maravilhosa voz literária de Mário de Carvalho, qual "deus passeando pela brisa da tarde" até à memorável sessão com Mia Couto, com cheiros inesquecíveis da terra Africana, entre outros, foram muitas as noites em que, nas Bibliotecas Municipais de Oeiras, se falou da vida, dos livros e das leituras...

Em 2009 o projecto Café com Letras irá ter continuidade. Deixará, contudo, de estar centrado no escritor e irá convocar outras "leituras", outras formas de falar, discursar e significar o mundo pela palavra e pela imagem. Do teatro, à música, passando pelo cinema e pelas artes plásticas, temos como propósito convidar um leque alargado de pessoas, de entre encenadores, actores, letristas e compositores, realizadores e artistas plásticos. Uma forma de promover a leitura do mundo, através de outras linguagens. E tudo porque dos livros, dos autores e da vida nascem conversas. Sempre com a voz e a companhia de Carlos Vaz Marques!

Brevemente, disponibilizaremos mais promenores sobre o próximo ano. Esteja atento ao nosso blog.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Imagens que contam histórias

No passado Sábado, cerca de 40 crianças e seus pais estiveram no Espaço infantil da Biblioteca de Oeiras para assistirem ao Atelier de Ilustração de André Letria.
O ilustrador começou por falar sobre todo o processo de criação da ilustração, desde o momento em que é pela primeira vez pensada até sair da tipografia já impressa, mostrando exemplos tão diferentes do seu trabalho como os livros Versos de fazer ó-ó, Versos para os pais lerem aos filhos em noites de luar e Animais fantásticos. A segunda parte da actividade foi inspirada, precisamente, neste último livro. Depois de cada criança ter pensado num animal, o ilustrador escolheu três crianças – ou melhor foi o seu lápis mágico que as escolheu –, que disseram o nome do animal por elas escolhido. Os dois ou três animais escolhidos de cada vez foram por ele desenhados num só animal.
E assim nasceram três novos animais, tantos quanto o número de vezes que o jogo foi feito: o Dr. Juvenal da Cantina dos Ténis Rotos, com cabeça de patas de leão e corpo de cobra; o Lualálá, o animal mais esquisito do mundo, com corpo de raia, pernas de tigre e cauda de cobra; e a D. Baluja Barnabé de Bico Amarelo, uma baleia com asas e patas de ave.
Depois dos autógrafos foi a vez dos pequenos artistas deitarem mãos à obra, desenhando eles próprios um animal, com características de vários. E o André foi observando, sorrindo e comentando, numa tarde que ficará na memória de todos.

Amir & Hassan

O Grupo de Leitores da Biblioteca de Algés leu, em Novembro, O menino de Cabul, da autoria de Khaled Hosseini. Título com mais de 8 milhões de exemplares vendidos e 42 traduções – destaque-se que foi a primeira obra do autor a ser publicada –, a escolha da leitura em causa foi influenciada pelo facto de ter sido galardoada – pelo terceiro ano consecutivo – com o Reading Group Book of the Year no Reino Unido –, um galardão sob a égide da Penguin e do Orange Prize.

A história relata-se em breves linhas: Amir e Hassan são grandes amigos, não obstante o facto de o primeiro ser pachtun e amo e o segundo hazara e serviçal do primeiro. Esta união – aparentemente tão forte –, quebra-se quando Amir vê Hassan ser violado e nada faz, mesmo estando Hassan a sofrer as consequências de uma quezília anterior, em que defendeu o amigo. A sensação de culpa de Amir será omnipresente em toda a obra, tal como a urgência de redenção. Será com este peso que veremos o protagonista a crescer – primeiro no Afeganistão e depois nos EUA –, e a tentar viver com um passado tão marcado por um acto – ou melhor, não acto –, tão cobarde que, mesmo com o perdão de Hassan, Amir deixa de o conseguir encarar, encerrado na sua própria vergonha.

Uma obra que, entre episódios do quotidiano pré e pós invasão soviética e posterior tomada de poder pelos Taliban, nos revela mais sobre a natureza da sociedade afegã, debruçando-se também sobre a culpa, tão vincada e tornada fardo de anos, fruto de fragilidades tão incapacitantes como a inveja e o ciúme. Sentimentos que acabam por se compreender melhor, à razão do evoluir no romance e em que Baba, o pai do protagonista, desempenha papel fundamental.

O Grupo dividiu-se na apreciação do título. Se uns gostaram da obra de tal forma que a leram sofregamente, outros acharam o enredo um tanto ou quanto lamechas. Certo foi a quase total concordância (também aqui se verificou uma ou outra opinião contrária) sobre uma primeira parte mais conseguida que a segunda, a saber a infância e fuga do Afeganistão, em detrimento da vida nos EUA ou, a outra luz, a parte da culpa versus a da remissão das faltas. Na segunda sessão assistiu-se ao filme, com o mesmo nome, realizado por Marc Forster e inspirado na obra literária. Conclusão geral: leiam o livro.

Voltamos em Dezembro, ainda não se sabendo se a passo, trote, galope ou salto, com O cavalo de sol, de Teolinda Gersão.

Dia Nacional da Cultura Científica

No dia de aniversário de Rómulo de Carvalho, a 24 de Novembro, comemora-se também o Dia Nacional da Cultura Científica. Neste âmbito, e integrado na Semana da Ciência e da Tecnologia, instituições científicas, universidades, escolas, associações e museus promovem e dão a conhecer as actividades que desenvolvem, através de um contacto directo com o público.
Informações e programa de eventos em Agência Ciência Viva

ver obras sobre Ciência no catálogo das bibliotecas municipais

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

H(á) conversa com escritores

Ana Maria Magalhães marcou presença, ontem, na Biblioteca Municipal de Oeiras, à conversa com o 6º A e o 6º B da Escola de S. Julião da Barra.

As turmas, com a ajuda das professoras de Português, História e Educação Visual e Tecnológica, prepararam várias surpresas, entre as quais um ambiente musical que fez o espaço recuar ao séc. XVIII, e duas pequenas encenações alusivas à obra O dia do terramoto. Os alunos prepararam esta sessão de forma exemplar, destacando-se as ilustrações dos mesmos referentes à catástrofe de 1755.

Ana Maria Magalhães revelou, de modo sublime, como construiu toda esta história – em parceria com Isabel Alçada, como já acontece com a colecção Uma Aventura –, nomeadamente recuando às recordações do terramoto de 1969, que viveu na primeira pessoa. Ainda sobre a forma como se inspira para levar a cabo as suas obras, partilhou com os presentes um episódio – durante a sua adolescência –, em que um acidente de barco acabou por ser o mote para escrever Uma Aventura no Alto-Mar.

No final, foram sorteados dois livros da colecção Uma Aventura e estes, tal como outros – da colecção particular de cada um e da biblioteca escolar –, foram autografados pela autora.

Um encontro marcante para todos e que se repetirá no próximo mês de Dezembro, com a escritora Ana Saldanha.
por Josefina Melo - Técnica Profissional/Bibliotecas Municipais de Oeiras

Uma leitura… em leitura

Publicado em Setembro passado, o último livro do olisipógrafo José Sarmento de Matos – A Invenção de Lisboa – é uma obra notável e inovadora no domínio da bibliografia olisiponense. Num tom de conversa amena mas firmemente alicerçada em leituras e reflexões sobre o devir histórico da cidade de Lisboa, o autor inicia a sua viagem ao passado lisboeta a partir de excertos da carta de um cruzado anónimo, que participou na conquista da cidade, em 1147.

Mais do que possíveis certezas sobre o pretérito desta cidade, parece-me que os aspectos mais interessantes neste livro (do qual se esperam novos volumes, visto figurar, como complemento de título, a menção Livro I – As Chegadas) são as hipóteses e sugestões que Sarmento de Matos vai lançando:
  • Será uma simples coincidência o facto dos limites do restaurado bispado de Lisboa, pouco tempo depois da sua tomada aos Mouros em 1147, que da zona de Alcácer do Sal a Sul se estendem até Leiria a Norte, decalcarem, grosso modo, a vasta zona de influência fenícia que por aí se estabeleceram uns quinze séculos antes, fundando cidades com nomes tipicamente semitas terminados em –ipo, como Bevipo ( Alcácer do Sal ), Colipo (correspondendo mais ou menos a Leiria) e naturalmente Olisipo?
  • E, mais à frente, a propósito das regalias oferecidas por Júlio César à cidade mercantil (os Fenícios e os seus descendentes Cartagineses eram, não nos esqueçamos, povos interessados em criar uma rede de cidades/entrepostos comerciais que garantissem os seus interesses mercantis) que tão bem o acolheu (o domínio do estuário do Tejo já não apresentava problemas de maior às legiões romanas, pelo menos desde as campanhas de Décimo Júnio Bruto de 138 a.C.) rebaptizando-a com o seu próprio nome e concedendo-lhe a categoria de municipium civium romanorum, outorgando assim aos seus habitantes o mesmo estatuto jurídico dos cidadãos da mesmíssima Roma, levanta o autor outra pergunta: terá sido da barra do Tejo que Júlio César enviou uma forte esquadra para se assenhorear da faixa costeira ocidental da Península Ibérica, estabelecendo assim apoio naval e logístico que poderiam assegurar o êxito de futuras campanhas militares para o Norte do continente europeu? O autor tem este dado como quase adquirido, tanto assim que, poucos anos depois e regressado a Roma, o grande general romano prepara a conquista definitiva da Gália.

São estas algumas das tentadoras hipóteses que José Sarmento de Matos vai esboçando neste livro que se nos afigura obra que, além do prazer da leitura que nos proporciona, levanta questões que talvez um dia venham a ser esclarecidas mas que, entretanto, dão que pensar. Título em leitura – ainda –, e da qual mais ecos se darão, no final da mesma.

por João Cláudio – Técnico Superior/Bibliotecas Municipais de Oeiras

Europeana: a biblioteca digital europeia


A Europeana cria uma porta única para entrar nos conteúdos digitalizados pelas dezenas de bibliotecas nacionais europeias e arquivos nacionais. Acessível, em todas as línguas da UE, a biblioteca multimédia europeia conta com material fornecido por mais de 1.000 organizações culturais de toda a Europa, incluindo Museus, como o Louvre de Paris, que forneceram digitalizações de quadros e objectos das suas colecções.
O projecto foi pensado pelo anterior presidente francês Francois Miterrand e ao longo dos últimos três anos foram criadas as condições para que visse a luz do dia. No arranque do projecto estão disponíveis mais de 2 milhões de títulos, mas até 2010 o número de obras e documentos vai aumentar exponencialmente. A Biblioteca Nacional Digital é uma das entidades a integrar os seus trabalhos na plataforma europeia, tornando o seu acesso mais fácil a qualquer utilizador de Internet.
A comissária europeia para a Sociedade da Informação e os Meios de Comunicação, Viviane Reding, apelou "às instituições culturais, editoras e empresas de tecnologia europeias para que alimentem a Europeana com mais conteúdos em formato digital".
Segundo dados da Comissão, desde a "abertura" da biblioteca, ontem de manhã, houve 10 milhões de visitas por hora, tendo esta "tempestade de interesse" forçado mesmo a "deitar o sistema abaixo" por algum tempo para duplicar a capacidade do "site".

Fonte: Sapo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Interacções Arte e Ciência


Interacções Arte e Ciência é o tema da próxima sessão de Conversas na Aldeia Global a decorrer amanhã, dia 20 de Novembro, às 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras.
Com especial atenção sobre os domínios de investigação que cruzam a ciência, a arte e a filosofia, nesta sessão pretende-se dar a conhecer alguns campos de interacção entre a arte e a ciência, pelos oradores João Caraça, Director do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, e Olga Pombo, da Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa.
Olga Pombo coordena o projecto "A Imagem na Arte e Ciência", investigação dedicada à aplicação da imagem do ponto de vista da construção do conceito científico e artístico e centrada no estudo histórico de quatro obras paradigmáticas, de Leonardo, Vesalius, Goethe e Darwin.
João Caraça foi recentemente o coordenador da palestra "Leonardo: A Curiosidade Infinita", no ciclo de conferências da Fundação Gulbenkian integrada no Programa da Exposição "Leonardo da Vinci – o Génio" e organiza actualmente o Ciclo de Conferências DARWIN: No Caminho da Evolução, em articulação com a Exposição “A Evolução de Darwin”.
Não podendo deixar de nos associar às comemorações dos 200 anos do nascimento de Darwin e dos 150 anos da publicação da sua obra “A origem das Espécies”, convida-mo-lo a participar em mais um debate com moderação de Vasco Trigo, e centrado em questões científicas e epistemológicas, sobretudo porque… A Ciência Não Morde!

50 ANOS DE VIDA LITERÁRIA «VIVA»

§§§§
hOJe é o Dia do Aniversário da Literatura de António Ramos Rosa e de Casimiro de Brito, escritores que nos últimos cinquenta anos tanto deram e continuam a dar ao Mundo em Poesia, em Prosa Poética, e em textos - que nos permitem ver mais perto, mais dentro de nós... que nos fazem ser tanta realidade como ainda imaginar podemos, o sonho longe sem categoria, a sensação para além de um sentir de antes.









Ainda entre nós, por tal - Vivas e bem Aqui, onde quisermos - as palavras e as pessoas dos escritores homenagiados, em vários pontos do nosso País, como sejam actividades dinamizadas pela Biblioteca António Ramos Rosa, e não só.

Algumas palavras a agigantar ou simplesmente a presenciar palavras, existências:

«Peço a Paz
Peço a paz
e o silêncio

A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento

Peço a paz
e meus pulsos traçam na chuva
um rosto e um pão

Peço a paz
silenciosamente
a paz a madrugada em cada ovo aberto
aos passos leves da morte

A paz peço
a paz apenas
o repouso da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara
a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem
de lama e sol

Peço a paz
e o silêncio»
{In Jardins de Guerra, de Casimiro de Brito}

«Estou vivo e Escrevo Sol (a Ruy Belo)
Escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em fios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol

Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol

A vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram suas faces
e na minha língua o sol trepida

Melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maraviha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde.»
{In A Palavra e o Lugar de António R. Rosa}

«(3.) O cântaro iluminado
O Zen é um vaso
Vazio
Onde se reúnem

Todos os caminhos
Um ritmo um vântaro
Iluminado

Que ilumina
O nada puro
De todas as coisas.»
{In «Investigação di Slêncio em Forma de Koans»,
Duas Águas, Um Rio,
de António R. Rosa e Casimiro de Brito}

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Longe de Manaus

O Grupo de Leitores de Algés dedicou o mês de Outubro à discussão de Longe De Manaus, de Francisco José Viegas. Desde logo, um aviso aos mais incautos, feito pelo autor: “Um romance policial, como se sabe, tem as suas regras. Este não tem”. Razão pela qual talvez se possa classificar o título – e os elementos do grupo fizeram-no –, como um romance marcado por uma investigação policial, em que se entrecruzam inúmeras personagens, episódios e vivências, não só de Portugal como de Cabo Verde, Brasil, Angola e Guiné. O romance da solidão portuguesa, – proclama-se em complemento de título –, é assim um relato extraordinário de vidas que se tocam sem, à primeira vista, parecerem fazê-lo, e cujo resultado dessas afinidades é o deslindar da trama. Efectivamente, aquilo que por vezes parece uma simples constatação sem consequências vem a comprovar-se ser – muitas vezes com centenas de páginas de distância –, peça essencial para a compreensão do enredo por parte do leitor e, especialmente, por parte de Jaime Ramos, detective de provas dadas em outros romances do autor e que neste Longe de Manaus também marca presença.

Da discussão ressaltou o facto de Francisco José Viegas alterar a norma linguística em função do local onde se encontra, escrevendo como se fala em São Paulo, por exemplo. No entanto, e neste caso em particular, uma paulista dos quatro costados e parte do Grupo de Leitores desde a primeira hora detectou algumas imprecisões neste registo, nomeadamente o facto de o brasileiro do autor não ser compatível com o linguarejar paulista (pelo menos). Exemplos? “… um equipamento do São Paulo” em lugar de “…um uniforme do São Paulo” (referindo-se ao equipamento desportivo) ou “…passeio da praça” em lugar de “…calçada da praça”. Também o facto de o discurso ser alterado mesmo quando é o narrador a tomar da palavra, e não apenas os personagens, revelou-se um tanto ou quanto estranho. Mas nada que impedisse os leitores de se deliciarem com todas as histórias dentro desta grande história, nomeadamente a extraordinária forma como se descreve uma simples receita de …. arroz de bacalhau (em jeito de homenagem a Montalbán?).
A segunda sessão foi dedicada a Edgar Allan Poe, com cada um a trazer um dos seus contos e a partilhá-lo em voz alta: leu-se “O retrato oval”, “Eleonora”, “O barril de amontillado”, “O coração revelador”, “A máscara da morte vermelha” e “O corvo” (este último com uma belíssima tradução de Pessoa). Cada um dos textos serviu para mais uma sessão de partilha em torno da palavra escrita, que se tornou a repetir já em Novembro, com Khaled Hosseini e o seu Menino de Cabul.
imagem aqui

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Congresso Internacional Fernando Pessoa

No âmbito do encerramento das Comemorações dos 120 anos do autor do Livro do Desassossego, a Casa Fernando Pessoa realiza o Congresso Internacional Fernando Pessoa. Eduardo Lourenço irá proferir a conferência inaugural, dia 25 de Novembro, pelas 10H30. A conferência de encerramento, na tarde de dia 28, está a cargo do ensaísta Antonio Cicero. Os segredos revelados pelas anotações marginais de Pessoa à sua própria biblioteca, os pontos de contacto entre a obra de Pessoa e a de outros génios da literatura, tais como o Padre António Vieira, Shakespeare, Joyce ou Yeats, as relações entre Pessoa e a psicanálise ou as suas ligações à astrologia serão outros temas abordados neste Congresso.
Associação de Turismo de Lisboa
Telef: 210 312 700

"O cão triangular" na Sala Infantil da Biblioteca Municipal de Carnaxide


...A NÃO PERDER...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poderá ser uma continuação de "Os Lusíadas"?

As duas últimas sessões do grupo de leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras foram algo tensas e dispersas; seguiram a mesma dualidade do livro de António Lobo Antunes que estamos a ler: As Naus.

Numa escrita dual, assimétrica e ambivalente a história de As Naus faz o reencontro entre o Portugal (e Lisboa) dos Descobrimentos e a Lisboa (e Portugal) da descolonização. Transmite de forma muito visual e gráfica a época da partida (Séc. XVI) e os tempos conturbados do regresso (1975), desmistificando a época dos descobrimentos portugueses. A presentação das histórias dos grandes heróis das descobertas (Vasco da Gama, Camões, Fernão Mendes Pinto, etc.) de uma forma mais simples, mais perto de nós, mais humanos, mais frágeis, mais carentes, talvez mesmo mais iguais às pessoas reais, fazem com o leitor se sinta mais integrado e participante nesta diáspora que não terminou bem.

Como alguém já disse, As Naus podiam ser uma sequência lógica do canto X de "Os Lusíadas", um possível reverso da epopeia, que levou heróis e trouxe gente comum. O enredo de As Naus apresenta também uma história irónica sobre o ser português e a cultura portuguesa, que em alguns casos desde há 500 anos vive na sombra do "mar português".

O grupo não reagiu bem a esta escrita dura, fria e tétrica. Ainda assim, conseguiu-se separar o autor do obra, não lhe negando o domínio da língua e da descrição pormenorizada. Para quem conhecia, e gostava, do Lobo Antunes das crónicas não ficou fãn do autor de romances, nomeadamente d' As Naus.

Neste dia de S. Martinho a sessão terminou com um brinde ao Grupos de Leitores, um grupo português de cá e de lá, acompanhado não de castanhas, mas de bolo de figo. Uma surpresa de última hora para todo o grupo. Obrigado Clara.
Imagem: trekearth

Parabéns CAMB!

Entre pinturas e fantasias, uma noite de sonho e alegria - a bordo de num saco-cama -, que transportará crianças e adultos para uma viajem pelo mundo da arte, para comemorar o 2º aniversário do Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB), no Palácio Anjos, em Algés.

As crianças e respectivos acompanhantes adultos estão convidados a passar a noite do dia 29 de Novembro, de Sábado para Domingo, nas instalações do Palácio Anjos. Basta trazer o pijama, um saco-cama quentinho e uma mochila com um brinquedo favorito. O resto…? É surpresa e só quem se atrever a participar, saberá!

Para crianças dos 5 aos 10 anos, acompanhadas por um ou dois adultos, numa proporção de 5 crianças para um adulto.
Participação gratuita.
Inscrições prévias e presenciais.

Palácio Anjos Alameda Hermano Patrone
1945-064 Algés
Tel. 21 4111400
E-mail: camb@cm-oeiras.pt
Inscrições Serviço Educativo:
Tel. 214111400 / 02
E-mail: ana.guerreiro@cm-oeiras.pt

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Oeiras Internet Challenge 2008

Estão abertas as inscrições para o Oeiras Internet Challenge, cujo torneio está marcado para o dia 29 de Novembro, Sábado, entre as 10H00 e as 24H00, na Biblioteca Municipal de Oeiras.

Nesse dia, 70 equipas de jovens verão as suas competências de pesquisa e a correcta utilização de diversas ferramentas de busca colocadas à prova, ao longo de cinco desafios. Os melhores serão
premiados, sendo que para os primeiros quatro lugares há computadores portáteis, desktops, impressoras e livros, entre outros. Podem participar jovens a partir dos 13 anos de idade.

Promovido anualmente pela Câmara Municipal, o Oeiras Internet Challenge, projecto baseado na pesquisa de informação na Internet, articula investigação e componente lúdica, proporcionando aos participantes 14 horas de desafios e acção, ao mesmo tempo que lhes dá a
oportunidade de aprender com o potencial das tecnologias.

A dinamizar a fase final do Torneio contamos com a participação do apresentador do programa
Curto-Circuito (SIC RADICAL), o jovem João Manzarra, que, além de apresentar as provas em jogo, irá proporcionar um ambiente de concurso competitivo e animado.

Ao longo das próximas semanas, a FULLSIX junta-se ao evento e promove mostras e projecções de arte digital urbana. Mantenham-se atentos!

Participa, vem assistir às etapas finais e ganha prémios!

Informações e inscrições: Blog Oeiras Internet Challenge

sábado, 8 de novembro de 2008

A viagem do elefante


O Nobel português acaba de publicar nova obra, de seu nome A viagem do elefante (desde o dia 6 à venda nas livrarias). Encontrá-la-ão brevemente, nas Bibliotecas Municipais de Oeiras. Até lá, aqui ficam algumas palavras de Pilar del Rio sobre o mesmo:
“Apesar de não se tratar de um livro volumoso, andará pelas 240 páginas, poderemos reconhecer nelas a imaginação de Saramago, a compaixão solidária, esse sentimento que, sendo expressado literariamente, é sobretudo humano. Ele atravessa toda a obra, distingue-a e significa-a. Encontraremos igualmente o humor que o escritor emprega para salvar-se a si mesmo e para que o leitor possa penetrar no labirinto de humanidades em conflito sem ter de abjurar da sua condição indagadora de humano e leitor. Como sempre, encontrar-nos-emos com a ironia, o sarcasmo, a beleza em estado puro, a responsabilidade de escrever, a felicidade de ter escrito.”

O texto, em versão integral, pode ser consultado no blogue da Fundação José Saramago (aqui).
Imagem do blogue da FJS

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Michael Crichton 1942-2008

O escritor e argumentista Michael Crichton, autor da obra Parque Jurássico e da sequela Lost World, que inspirou o filme de Steven Spielberg, mas também da série televisiva Serviço de Urgência, faleceu ontem aos 66 anos, anunciou a família num comunicado emitido pela estação norte-americana de televisão CNN.
A morte de Crichton foi inesperada, adiantou a família, apesar do escritor, médico de formação, travar há já algum tempo uma batalha contra um cancro.Segundo a família, Michael Crichton, descrito como “um pai e marido dedicado e um amigo muito generoso”, ficará lembrado pelo modo como mostrava “as maravilhas do mundo através de um olhar diferente”. “E fez isso com um sentido de humor que todos os que tiveram o privilégio de o conhecer pessoalmente nunca esquecerão”.
Fonte: Público

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

1ª Feira do Livro do Museu do Oriente

De 14 a 30 de Novembro, o Museu do Oriente organiza, a 1ª Feira do Livro que decorre no espaço lounge do museu. Na feira é possível encontrar, a preços convidativos, livros que constam do catálogo de edições da Fundação Oriente e que representam décadas de trabalho na área da edição. O público tem assim acesso a um conjunto de obras que reflectem a presença da língua, cultura e história dos portugueses na Ásia. É possível encontrar edições críticas de fontes históricas e traduções de textos relevantes da literatura e história portuguesas.

Endereço: Avenida de Brasília, Doca de Alcântara (Norte), Lisboa
Telefone: 213 585 244

Oeiras vai ter um Museu de Ciência Viva

A Câmara Municipal de Oeiras vai dar um passo decisivo para a criação de um Museu de Ciência Viva no concelho. No dia 6 de Novembro, a autarquia, representada pelo presidente, Isaltino Morais, e a Fundação Calouste Gulbenkian, representada pelo administrador Diogo de Lucena, celebram um protocolo de colaboração, às 12H00, no Gabinete da Presidência da Câmara, nos Paços do Concelho, em Oeiras.
A assinatura deste documento resulta do facto de parte do acervo de bens que irão figurar numa exposição a realizar pela Fundação em 2009, intitulada “A Evolução de Darwin”, ter sido adquirida pelo Município de Oeiras, para ser parte integrante do futuro Museu de Ciência Viva.
Este protocolo de colaboração tem, assim, como objectivo estabelecer as condições e termos de colaboração entre as duas entidades na realização da referida Exposição, que tem como ponto de partida a vida e o trabalho de Charles Darwin. A inauguração está prevista para o dia 12 de Fevereiro do próximo ano, no qual se comemoram os 200 anos do nascimento de Charles Darwin (1809-1882) e os 150 anos da publicação d’A Origem das Espécies.
No final da exibição apresentada pela Gulbenkian, o referido acervo de bens passa a pertencer ao Município. A Fundação prestará apoio técnico na instalação dos bens no futuro Museu da Ciência.
A Fundação Calouste Gulbenkian torna-se, deste modo, a parceira ideal para em conjunto com a Câmara Municipal de Oeiras cooperar para o benefício dos munícipes oeirenses, promovendo o apoio a actividades de interesse municipal, de natureza científica.

Fonte: Site CMO
Mais informação:

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Exposição “Biocontrol/Uncontrol I", por Patrícia Noronha


Patrícia Noronha é artista residente no Instituto de Tecnologia Química e Biológica, no laboratório de microbiologia de ambientes humanos. É doutorada em biologia molecular pela Universidade Nova de Lisboa e está actualmente a realizar um pós-doutoramento em estudos artísticos com uma bolsa da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
A exposição Biocontrol/Uncontrol I, patente na Biblioteca Municipal em Oeiras entre 4 e 28 de Novembro, resulta da evolução do projecto anterior “Diferentes olhares sobre os objectos científicos”, que teve o apoio da Direcção Geral das Artes e da Ciência Viva.
Nesta exposição exploram-se técnicas e materiais científicos para produzir arte e utilizam-se microrganismos como instrumento artístico. São apresentadas imagens de pinturas realizadas com resina de poliéster e tintas, em que o suporte pictórico são placas de petri, pequenos recipientes redondos usados na experimentação em microbiologia.

As imagens pintadas nas placas ou são pinturas “vivas” ou pinturas “mortas”. As pinturas vivas, executadas através da utilização de microrganismos como matéria pictórica, são efémeras e no tempo em que estamos a ver as imagens na exposição já deixaram de existir como objecto palpável e real. Nas pinturas mortas, fizemos parar o tempo e representámos permanentemente o que é efémero. Este trabalho confronta e promove o debate de duas actividades tidas como distintas e independentes, a experimentação em arte e ciência.

Esperamos por si, no foyer da Biblioteca Municipal de Oeiras!

Mais informações:

Vídeo: CVTV

V Encontro das Bibliotecas Escolares

No âmbito do V Encontro das Bibliotecas Escolares: A Escola e a Biblioteca Escolar no contexto das modalidades de leitura e aprendizagem emergentes disponibilizamos aqui a comunicação de Felipe Zayas.

V Encontro das Bibliotecas Escolares

No âmbito do V Encontro das Bibliotecas Escolares: A Escola e a Biblioteca Escolar no contexto das modalidades de leitura e aprendizagem emergentes disponibilizamos aqui a comunicação de Elsa Conde.

Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Em Novembro, os Grupos de Leitores estão de regresso às Bibliotecas Municipais de Oeiras para num ambiente informal falarem sobre as leituras, o autor e as histórias.

Este mês estamos a ler:

Biblioteca Municipal de Algés








Autor: Khaled Hosseini
Título: O menino de Cabul


Biblioteca Municipal de Carnaxide









Autor: Orhan Pamuk
Título: A cidadela branca


Biblioteca Municipal de Oeiras







Autor: António Lobo Antunes
Título: As naus

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Matriz Pix

O projecto Matriz Pix, realizado no âmbito do Programa Operacional da Cultura (POC) e no quadro da utilização das nova tecnologias da informação para acesso à cultura, encontra-se disponível no sítio http://www.matrizpix.imc-ip.pt/matrizpix/.
O MatrizPIX consiste num sistema de informação concebido pelo IMC para o inventário, gestão e disponibilização online de arquivos fotográficos. As imagens estão acessíveis para pesquisa e encomenda on-line, como recurso "para investigadores, estudantes, museus, editoras e outras entidades", assinala o instituto. Com este projecto, o IMC pretende promover o acesso ao património cultural móvel nacional e reforçar a presença dos museus e palácios nacionais na internet. O seu front-office, ou interface web, permite a pesquisa sobre os fundos e espécimes em suporte digital, a apresentação de exposições virtuais de fotografia, bem como a selecção e pedido de imagens em alta resolução a fornecer pela Divisão de Documentação Fotográfica do IMC.
Entre as suas múltiplas funcionalidades, a base de dados do MatrizPIX possibilita o registo pormenorizado do estado de conservação e das intervenções de conservação realizadas, a utilização de imagens para fins de reprodução, investigação, exposição ou publicação (em suportes impressos ou em ambiente digital), bem como a gestão de imagens em contextos de incorporação, depósito ou abatimento ao inventário, bem como dos respectivos direitos de autor.