sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Setembro: Mês das Marcas...de Leitura!


No decorrer do último ano foram recolhidas variadíssimas marcas de leitura deixadas pelos leitores nos livros da biblioteca - como sejam, marcadores, postais, fotografias, poemas, contas de alimentação, flores secas, e não só.

Estas marcas darão lugar a uma exposição interactiva com os leitores da biblioteca - à descoberta da sua marca de leitura, contando ou recriando uma história…

Fernando Pessoa e as Saudades…

Para Eduardo Prado Coelho, o grande intelectual português que a cultura e a pessoa portuguesa não deixa esquecer … «Pessoa morreu cedo (‘dêem-me os óculos’), mas morrer é só não ser visto, e Pessoa é cada vez mais visto (e lido) por esse mundo fora. Lembro-me do meu pai sair de casa, fechar a porta do escritório e ir brincar comigo para junto do Tejo. Ele dizia-me: ‘Ó mar salgado’, e eu respondia: ‘Aqui ao leme sou mais que eu’. O meu pai dava-me a mão e corríamos felizes como se estivéssemos na relva de Alberto Caeiro. Até que passávamos pela barbearia da esquina e dizíamos boa tarde ao Esteves sem metafísica. Contentes como gatos ao sol.»
Este acérrimo pensador e "guru" do pensamento ocidental considerava, também, que «O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo. Que, mesmo quando tudo se repete, já nada se repete pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas. Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.»
(De Fernando Pessoa e Saudades in Nacional e Transmissível)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Flores para Crianças

Autor: Fernando Cardoso


Gostei porque foi um dos primeiros livros que a minha mãe me ofereceu para este livro; tem tudo o que as crianças gostam: desde adivinhas até ao teatro. Eu adorei lê-lo, pois gostei muito quando mo ofereceram.

Manuel, 27 anos, Estudante
entrada n.º 0064

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Viajando pelo mundo da ópera e da opereta

O Museu Nacional dos Coches organiza até ao fim do ano uma série de concertos de ópera com entrada gratuita. No ano em que se comemoram 4 séculos de ópera, o objectivo é possibilitar ao público uma viagem pelo mundo da ópera e da opereta, ao som da Belle Époque Salon Orquestra.

Ao longo de doze concertos mensais poderá ouvir, num cenário fantástico, música de Mozart e de Rossini, de Bellini e de Verdi, de Offenbach e de Strauss.

Constituída por músicos profissionais com formação clássica, a Belle Époque Salon Orquestra aborda repertórios variados adaptando a sua composição instrumental aos diversos géneros musicais, que vão da música clássica, ópera e opereta, passando pelas valsas e polkas vienenses, tangos e intermezzi, até música de filmes e jazz.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Chocolate

Autor: Joanne Harris


Pese embora o excesso de descritivos, ao lê-lo, encontra-se sempre um ambiente de mistério e de oculto que prende do princípio ao fim.
Não são apenas os nossos olhos que lêem, mas o nosso olfacto quase sente todos aqueles aromas do chocolate e outras que parecem transmitir-se às nossas papilas gustativas.
Parece inverosímil que num período de 50 dias (11/2 a 31/3) tantos acontecimentos decorram provenientes da magia da protagonista.

Maria José Gomes, 70 anos, Bancária Aposentada


Admirei a riqueza descritiva do romance autêntico que é este Chocolate, que também deu um excelente e verosímil filme. Lamento apenas que a tradução, que considero pretensiosa, tenha estragado bastante o gozo que a obra me causou (na linha da chancela tradutore-traditore da minha memória). Desnecessários os abundantes galicismos (repetitivos os Ur. Le criré – Padre Cura ou Prior – Mon père – meu pai) e a grossa asneira do 1.º período da pág. 51 (letter é carta e letra ao mesmo tempo ?!...).

Francisco Adolfo Gomes, 73 anos, Reformado da EDP

ver este título no catálogo da biblioteca

entrada n.º 0063

sábado, 25 de agosto de 2007

Faleceu Eduardo Prado Coelho

Faleceu hoje de manhã, na sua residência, vítima de doença súbita, Eduardo Prado Coelho. Tinha 63 anos. Professor, ensaísta e escritor, Eduardo Prado Coelho era colaborador do PÚBLICO desde o primeiro número, tendo mantido nos últimos dez anos uma coluna de segunda a sexta-feira, O Fio do Horizonte. O corpo de Eduardo Prado Coelho estará no Palácio Galveias hoje a partir das 17h30, de onde seguirá amanhã para o cemitério dos Prazeres, pelas 11h00. Crítico literário e polemista, era presença assídua no espaço público onde se envolvia de forma activa nos debates culturais e políticos. Intelectual público, envolveu-se várias vezes em campanhas políticas.

Nasceu em Lisboa, a 29 de Março de 1944, e seguiu os caminhos do pai, o catedrático Jacinto do Prado Coelho, tendo-se licenciado em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1983 doutorar-se-ia na mesma escola, onde já era assistente, com uma tese sobre A Noção de Paradigma nos Estudos Literários.

A sua carreira académica prosseguiu, em 1984, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde chegou a professor associado no Departamento de Ciências da Comunicação. Pelo meio fixou uma passagem pelo Departamento de Estudos Ibéricos da Sorbonne, para onde foi ensinar em 1988.

Autor prolífico, deixa uma vasta bibliografia universitária e ensaística, onde se destacam um longo estudo de teoria literária, Os Universos da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários, 1983, vários livros de ensaios, O Reino Flutuante, 1972, A palavra sobre a palavra, 1972, A letra litoral, 1978, Vinte Anos de Cinema Português (1962-1982), 1983, A mecânica dos fluidos, 1984, A noite do mundo, 1988, dois volumes de um diário, Tudo o que não escrevi, 1992, obra que lhe granjeou o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, O cálculo das Sombras, 1997, Situações de Infinito, 2004. Tem ainda um volume de Obra Poética.

As suas crónicas no PÚBLICO mereceram, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom, estando muitas delas reunidas em Crónicas no Fio do Horizonte, das Edições Asa

Desempenhou vários cargos públicos, tendo sido director-geral de Acção Cultural no Ministério da Cultura em 1975/76, um departamento criado após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Mais tarde, entre 1989 e 1998, foi conselheiro-cultural na Embaixada de Portugal em Paris e, em 1997, director do Instituto Camões na mesma cidade. Foi Comissário para a Literatura e o Teatro da Europália Portuguesa, em 1990, e colaborou na área de colóquios na Lisboa Capital Europeia da Cultura 94. Foi ainda o comissário da participação portuguesa no Salon du Livre /2000, ano em que Portugal foi o país-tema da grande feira literária de Paris.

Entre as suas obras mais recentes, refiram-se os seus Diálogos sobre a fé, uma troca de cartas com o Cardeal Patriarca D. José Policarpo, Dia Por Ama (textos sobre o amor, escritos em parceria com Ana Calhau, apresentando as perspectivas feminina e masculina sobre o tema e complementado com fotografias também de Ana Calhau), Razão do Azul, 2004, sendo Nacional e Transmissível, 2006 o seu último livro editado, onde escreveu sobre objectos, comportamentos, locais emblemáticos ou características que formam o que poderíamos chamar a idiossincrasia portuguesa.

Deixou ontem, ao fim da tarde, na caixa de correio do PÚBLICO a sua última crónica: Ai Simplex! Será publicada na edição do jornal de amanhã, domingo.
Texto e foto retirados do Público

Eduardo Prado Coelho mantinha com as Bibliotecas Municipais de Oeiras uma estreita colaboração. Ofereceu, mesmo, parte da sua biblioteca às BMO. É um dia triste para todos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Edição de Saramago junta-se a iniciativa para promoção da leitura


A Secretaria da Cultura de Bogotá fez uma edição especial do livro de José Saramago,"Palavras Guardadas para um Mundo Melhor". Mais cem mil exemplares para a iniciativa "Livros ao Vento", que desde 2005 promove a leitura na capital colombiana. A ideia é uma espécie de biblioteca pública itinerante, só que os livros estão disponíveis nos autocarros urbanos e devem ser devolvidos nas estações depois de lidos.

A obra de Saramago reúne textos como "De como a personagem foi mestre e o autor aprendiz", "Reivindicação dos Direitos Humanos", "Nosso Livro de cada dia" e "Este mundo da injustiça globalizada". Inclui ainda uma declaração do presidente da Câmara de Bogotá, Luis Eduardo Garzón, que diz concordar com "a convicção de Saramago de que os intelectuais e os governantes partilham a responsabilidade de defender os direitos essenciais do ser humano". O poeta e escritor português participou a 9 de Julho, em Bogotá, num debate público com a escritora colombiana Laura Retrepo, inserido na iniciativa "Elogio da Leitura".
Esta campanha de divulgação de livros foi um dos motivos que levaram a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) a declarar Bogotá "Capital Mundial do Livro 2007". Já foram postos à disposição dos habitantes 1,8 milhões de exemplares, entre os quais títulos de Sófocles, Cervantes, Edgar Allan Poe, Hans Christian Andersen, Oscar Wilde, Anton Tchekov, Julio Cortázar e Gabriel García Marquez.

Notícia no Público

A idade secreta



Autor: Eugénia Rico

No final do livro esperava, realmente, um fim , mas na realidade há um novo começo... uma nova viagem e outra oportunidade de viver.


Maria Justina Santos, 39 anos, Professora

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Chocolate

Autor: Joanne Harris

Admirei a riqueza descritiva do romance autêntico que é este Chocolate, que também deu um excelente e verosímil filme. Lamento apenas que a tradução, que considero pretensiosa, tenha estragado bastante o gozo que a obra me causou (na linha da chancela tradutore-traditore da minha memória). Desnecessários os abundantes galicismos (repetitivos os Ur. Le criré – Padre Cura ou Prior – Mon père – meu pai) e a grossa asneira do 1.º período da pág. 51 (letter é carta e letra ao mesmo tempo ?!...).

Francisco Adolfo Gomes, 73 anos, Reformado da EDP
entrada nº 0061

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Claustro do silêncio

Autor: Luís Rosa


Reli estas páginas subtis e frescas onde só as pedras faltam falar; genuíno e sedutor na sua reinventada escrita, empolga pela beleza e eficaz encadeamento de ideias firmes e seguras. É um belíssimo Romance histórico que nos encaminha e nos perfuma "com o borbulhar das águas, fragor das batalhas e o frémito dos amores escondidos". O seu segundo livro--O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo-- é , no seguimento deste, inovador e empolgante.

Augusto Martins, 64 anos, Tec. Sup. de Telecomunicações


entrada nº 0060

sábado, 18 de agosto de 2007

A vida é mais simples quando pensamos menos nela

Autor: Paul Pearsall

Lanço o desafio de requestionar diversas teorias do universo da psicologia e depois refazer o seu dia-a-dia. As orientações e sugestões foram lançadas pelo neuropsicólogo P. Pearsall… vamos ler?


Vânia Dias, 43 anos, Bibliotecária

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entrada nº 0059

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Orquestra Britânica no Second Life

A música, tal como outras formas de arte, tem uma presença cada vez mais importante no Second Life, marcada pelos vários "concertos" agendados para o mundo virtual. Desta vez é a Liverpool Philharmonic que quer fazer um concerto de música clássica, que já tem data marcada para 14 de Setembro.
Segundo as agências internacionais a orquestra britânica é a primeira a fazer um concerto profissional no Second Life, mas na verdade já outros eventos musicais aconteceram no mundo virtual, como o dos portugueses Produto Acabado que actuaram no Second Café da ilha da Universidade de Aveiro em Julho.
O concerto realizar-se-á numa sala semelhante à de Liverpool onde a orquestra costuma actuar e a música será tocada ao vivo, incluindo obras de Rachmaninov, Ravel e de dois compositores de Liverpool, John McCabe e Kenneth Hesketh. Depois do concerto o maestro juntar-se-á à audiência para trocar impressões e dar autógrafos.
Os bilhetes para este concerto são gratuitos mas vão ser leiloados entre quem se registar no site da orquestra, sendo os vencedores avisados no dia 10 de Setembro.
Notícia: tek.sapo

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Greguerías: uma selecção


Autor: Ramón Gómez de la Serna

Considero um livro de leitura rápida e apelativa, de uma suavidade que não chateia a razão.
Na generalidade de adaptação contemporânea e pleno de humor.Leitura com alguma profundidade e simultânea superficialidade.

Madalena Madeira, 38 anos, Professora
Deliciei-me...
O simples dito ou escrito pode ser óbvio, mas poucos sabem fazê-lo de forma inteligente, agradável e sedutora.

Vânia Dias, 42 anos, Bibliotecária

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entrada nº 0058

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Centro do Livro Infantil em Beja

O Centro do Livro Infantil (CLI) será inaugurado durante a nona edição das Palavras Andarilhas, o tradicional encontro dedicado à promoção do conto, do livro e da leitura, que promete voltar a «transformar» Beja na Cidade dos Contos, entre 17 e 23 de Setembro.
Cristina Taquelim, da Biblioteca Municipal de Beja (BMB), explicou à agência Lusa que a ideia de criar o CLI, «único a nível nacional», «nasceu a partir do trabalho de promoção do livro e da leitura e de formação de leitores, sobretudo crianças, que a biblioteca tem vindo a desenvolver há vários anos». Uma ideia que «ganhou forma» a partir de 2005, quando a família de Natércia Rocha doou à BMB o «valioso» espólio particular da escritora, com cerca de 3.000 títulos, entre livros infantis e livros técnicos sobre literatura para crianças.
O «reconhecimento do trabalho» da BMB, a «sugestão» do escritor António Torrado e a homenagem prestada em Beja a Natércia Rocha, em 2001, no encontro «No Branco do Sul, as cores dos livros» dedicado à literatura infanto-juvenil, que «emocionou o filho», levaram a família a doar o espólio da escritora à BMB.
O CLI, que será «um espaço de reflexão e partilha de experiências», explicou Cristina Taquelim, pretende «valorizar» o trabalho de formação de leitores que a BMB tem vindo a desenvolver e «avançar com novas abordagens ao nível das práticas de promoção do livro e da leitura junto de crianças».
A inauguração do CLI, que deverá contar com a presença de vários autores e especialistas portugueses em literatura infantil, como António Torrado e Rui Marques Veloso, inclui uma homenagem a Natércia Rocha, através da exibição de um documentário sobre a vida e a obra da escritora.
Notícia: Diário Digital, RTP

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A paixão segundo G.H.

Autor: Clarice Lispector

Escreve a A. na nota introdutória dirigida a Possíveis Leitores que «ficaria contente se (o livro) fosse lido apenas por pessoas de alma formada.». Pelos vistos não pertenço a esse grupo, pois a leitura (penosa) do livro não me alargou nem os horizontes do conhecimento, nem enriqueceu a minha sensibilidade e tão pouco me deu gosto duma boa escrita.Na minha modesta opinião de pessoa de alma informada, a avaliar por esta e outras obras que li de A., esta parece-me o Paulo Coelho dos intelectuais superiores e obviamente de alma formada, quiçá, pelo U. If…


Guilherme Silva de Oliveira, 73 anos, Aposentado

entrada nº 0057

Feiras do Livro Algarvias

Feira do Livro de Lagos
Livros, sessões de autógrafos, conferências, ateliers, animação de rua, contadores de histórias e muitas outras actividades em torno do livro. De 8 a 22 de Agosto, na Praça do Infante, em Lagos.



A cultura e literatura lusófonas vão estar em destaque no fim-de-semana na feira do Livro de Lagos, com a realização de conferências que contarão com a presença de escritores como José Eduardo Agualusa.
Durante a iniciativa, que se insere na feira do Livro de Lagos, que decorre até à próxima terça-feira na Praça do Infante, serão apresentados, no sábado, o livro "A Sonata Nocturna", de José Luís Hoppfer Almeida e a revista "Lusografias".
A seguir à apresentação do livro, está previsto um encontro de escritores lusófonos, com o moçambicano Luís Carlos Patraquim, o cabo-verdiano Luís Hoppfer Almada e o guineense Tony Tcheka.
No domingo, Olinda Beja e Filipe Santo proferirão a palestra "Introdução à História de África", havendo de seguida outro encontro de escritores lusófonos, com Olinda Beja (São Tomé), Luís Cardoso (Timor) e José Eduardo Agualusa (Angola).
Para encerrar, haverá poesia, música e histórias da África lusófona contadas por Olinda Beja, com o acompanhamento musical de Filipe Santo.
Paralelamente, está prevista para os mesmos dias, a concretização do projecto "A Bíblia Manuscrita", que pretende levar pelo menos cem pessoas a copiar à mão e em língua portuguesa a Bíblia.

in Guia do lazer on-line/ Público.pt

Feira do Livro em Portimão

A Feira do Livro de Portimão vai ter lugar na Zona Ribeirinha daquela cidade até 17 de Agosto, entre as 19:00 e as 00:00 horas, um local privilegiado para um contacto mais próximo com a leitura e para a compra de livros com um desconto médio de 20 por cento. O destaque da edição deste ano vai para as sessões de autógrafos e para as conversas informais com os autores convidados, pelas 22:00 horas, de acordo com o seguinte programa: Zita Seabra (28 de Julho), Ana Paula Bastos (3 Agosto), Heitor Lourenço (4 de Agosto), Isabel Freire (5 de Agosto), Cristina Norton (6 de Agosto) e Lídia Jorge (11 de Agosto). Nos dias 29 de Julho e 12 de Agosto, no mesmo horário, as noites na Feira do Livro vão ser dedicadas aos “Contos de ouvir e de sonhar por mais” por Bruno Baptista o “contador de sonhos”.

in Diário região -Sul on-line

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

AS NOSSAS SUGESTÕES - AGOSTO 2007

Título: Conversas com Pedro Almodóvar
Autor: Frédéric Strauss

De quem se fala:
Frédéric Strauss é jornalista. As “Conversas com Pedro Almodovar” foram publicadas originalmente nas edições dos “Cahiers du Cinema”. O livro partiu dessas entrevistas (feitas ao longo dos anos e publicadas cronologicamente), sendo acompanhadas por textos do crítico de cinema, do cineasta e do irmão de Pedro, habitual produtor dos seus filmes.

O que se diz:
A vida e a obra de Pedro Almodóvar num diálogo directo ao longo dos 20 últimos anos à pergunta: “Que conselhos daria hoje a alguém que queira tornar-se cineasta?”, Pedro Almodóvar responde: “Em primeiro lugar, é preciso que seja simpático, porque tem que pedir favores e conseguir que vinte pessoas aceitem trabalhar gratuitamente para poder filmar uma primeira curta-metragem. Depois, tem que convencer os que vão pagar o negativo. Tem que ser simpático, optimista, e se for sexy será melhor ainda. Para realizar uma segunda curta-metragem tem que ser persistente, cínico e atrevido, e frequentar um ginásio, porque entretanto envelheceu. Tem que ser maquiavélico, porque da segunda vez tem que enganar a pessoa que da primeira vez seduziu.”

Está dito:
“(À pergunta:) «Que conselhos daria hoje a alguém que queira tornar-se cineasta?», (Pedro Almodóvar responde:) «Em primeiro lugar, é preciso que seja simpático, porque tem que pedir favores e conseguir que vinte pessoas aceitem trabalhar gratuitamente para poder filmar uma primeira curta-metragem. Depois, tem que convencer os que vão pagar o negativo. Tem que ser simpático, optimista, e se for sexy será melhor ainda. Para realizar uma segunda curta-metragem tem que ser persistente, cínico e atrevido, e frequentar um ginásio, porque entretanto envelheceu. Tem que ser maquiavélico, porque da segunda vez tem que enganar a pessoa que da primeira vez seduziu.»”

90 graus; 287 p.


Título: O Sonho é...
Autor: José Jorge Letria

De quem se fala:
José Jorge Letria nasceu em Cascais em 1951. Iniciou a sua actividade literária no suplemento «Juvenil» do Diário de Lisboa. Foi desde 1970 redactor em vários jornais, trabalhando também como guionista e autor de programas de televisão, de que se destacam Rua Sésamo, Os Segredos de Mimix e O Rato dos Livros. Foi vereador da Cultura da Câmara Municipal de Cascais de 1994 a 2001. Foi colaborador, editor e subchefe de redacção de JL. Tem colaborado nas publicações Colóquio/Letras, Vértice, República («Artes e Letras», suplemento literário), O Diário, Nova Renascença, Hifen, Sílex, Boca Bilingue (Espanha), etc. Obteve, entre outros, os seguintes prémios: Florbela Espanca (Câmara de Vila Viçosa), José Galeno (da SPA) e Prix Internacional des Arts et des Lettres (pela edição francesa de A Tentação da Felicidade, trad. Patrick Quillier, Paris, 1993). É conhecido como poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta e autor de literatura infanto-juvenil.

O que se diz:
O que pode ser o sonho que sentimos, o sonho que sonhamos… nas imagens de muitos dos objectos, das realidades, das coisas dos nossos dias, mais e/ou menos comuns…

Está dito:
“O sonho é/ter os olhos abertos/e continuar a sonhar.”
“O sonho é/viver numa aldeia/e ser de todo o mundo.”

Ambar; 52 p.



Título: O Evangelho Segundo a Serpente
Autor: Faíza Hayat

De quem se fala:
Faíza Hayat nasceu em Lisboa, filha de mãe portuguesa, católica, e pai goês, muçulmano. Reside em Barcelona, onde prepara um doutoramento em antropologia. Assina há vários anos uma crónica na revista XIS, Conversas com o Espelho. Tem contos publicados em diversas revistas espanholas e portuguesas. O Evangelho Segundo a Serpente é o seu primeiro romance. A compilação das suas crónicas num volume intitulado Conversas com o Espelho será igualmente publicada pela Dom Quixote.

O que se diz:
Um estranho desaparecimento. Um mundo de aventura e mistério. Uma revelação. Um jovem filólogo brasileiro, Marcelo Habda, especializado em copta, desaparece no Egipto. Deixa atrás de si um caderno de apontamentos com misteriosas anotações: “São citações dispersas, delirantes algumas, inquietantes no conjunto, escritas em copta. Não sei se adiantam alguma pista. Adiantaram uma novidade sobre o meu amigo carioca: uma insistência e uma erudição – uma perturbação – na teologia gnóstica, a partir de textos do cristianismo primitivo que encerram muitas das coisas que posteriormente foram perseguidas como heresia”. A autora tenta seguir-lhe o rasto. O que descobre é mais do que um segredo – é uma outra visão do mundo.

Está dito:
“[...] Acontece-me com frequência encontrar quem se espante ao conhecer-me: «Sentes-te mais portuguesa ou mais indiana?»; «Sentes-te mais cristã ou mais muçulmana?» Eu sinto-me, creio, mais humana. Uma religião é uma janela sobre Deus. Um idioma é uma janela sobre a alma. Cresci, felizmente, numa casa com muitas janelas. Acho que nunca vi Deus, é verdade, mas pelo menos entrava bastante sol. Sou portuguesa por distracção, isto é, nem isso me afligenem tão pouco me arrebata. vivo em barcelona com saudades do meu bairro, a Graça, onde nasci e cresci, e com mais saudades ainda do deserto, que não me pertence nem por nascimento nem por herança cultural, e no qual, todavia, me sinto em casa. [...] ”

Dom Quixote; 168 p.


Título: Cemitérios de pianos
Autor:José Luís Peixoto

De quem se fala:
José Luís Peixoto (1974, Galveias, Portalegre), escritor, licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Tem publicado poesia e prosa. Em 2001, o seu romance «Nenhum Olhar» recebeu o Prémio Literário José Saramago. Está representado em diversas antologias de prosa e de poesia nacionais e estrangeiras. É colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras. Em 2005, escreveu as peças de teatro «Anathema» (estreada no Theatre de la Bastille, Paris) e «À Manhã» (estreado no Teatro São Luiz, Lisboa). Em 2007 estreou a peça "Quando o Inverno Chegar", no Teatro São Luiz, em Lisboa. Em 2006, publicou o romance «Cemitério de Pianos». Os seus romances estão publicados em França, Itália, Bulgária, Turquia, Finlândia, Holanda, Espanha, República Checa, Croácia, Bielo-Rússia e Brasil. Estando actualmente em preparação edições no Reino Unido, Hungria e Japão.

O que se diz:
Ternura, morte e renovação – eis as notas que pautam o mais recente livro de José Luís Peixoto, um romance cheio de música e ritmos peculiares sentidos na pontuação e construção das frases; palavras que respiram, correm e desfalecem ao compasso da vivência das personagens, numa melodia que ora comove e revolta, ora nos faz sorrir e angustia (...) Não é um romance fatalista. É o ciclo redentor da vida escrito sem pudores.

Está dito:
“(…) à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenero faz-me nascer, renascer. Porque a minha força é imortal. (…)"

Bertrand; 315 p.


Título: O Afinador de Pianos
Autor: Cristina Norton

De quem se fala:
Cristina Norton nasceu a 28 de Fevereiro de 1948, em Buenos Aires, Argentina. Reside há mais de 30 anos em Portugal e optou pela nacionalidade portuguesa. Estudou História da Civilização Francesa na Sorbonne, Belas-Artes na ESBAL e História da Arte na ESARES, estudos que deixou incompletos. A sua obra, que inclui a poesia, o romance e o conto. Este que é o seu livro de estreia, O Afinador de Pianos (1997; 2.a edição revista, 2007). Trabalha, desde 1998, em oficinas de escrita criativa dando, com o seu método, cursos de formação a professores, organizados pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, pela Fundação Calouste Gulbenkian e por outras instituições. Publicou, entre outros livros, "O Lázaro do Porto" (Temas e Debates, 2 edições) e "O Segredo da Bastarda" (Temas e Debates).

O que se diz:
De Perón a Evita, passando por Franco e Salazar, Benjamim, um afinador de pianos madrileno, vê-se arrastado por acontecimentos políticos que o condicionam. A profissão leva-o a viajar até à Galiza nas vésperas da Guerra Civil espanhola. Separado da família durante os três anos que dura o conflito, a sua vida complica-se ao ponto de empreender uma fuga que o leva a uma Lisboa de espiões e de refugiados e, mais tarde, a Buenos Aires. Com uma narrativa apaixonante, Cristina Norton envolve-nos numa história de encontros e desencontros, de amor e de guerra, onde quarenta anos de realidade histórica convivem com o imaginário latino-americano. O humor e a ironia estão sempre presentes e os enredos picarescos das várias personagens imprimem ao livro um compasso de tango – sensual e provocador.

Está dito:
-Pensei que não me iadizer nada - disse Rocío, meio ofendido porque não lhe tinha escrito a ela- Deixa teu pai ler. Não o interrompas. Coitadinha, não se esqueceu de ti, mas não vai estar a repetir o mesmo duas vezes para gastar em papel e selos.
Estavam sentados à volta da mesa da casa de jantar, na cabeceira nais próxima da janela, assim a luz do sol ajudava o pai de Rocío a ler com mais facilidade. Os seus óculos tinham caído ao chão e uma das lentes estava rachada.

Dom Quixote; 221 p.

Para bibliófilos de alma e coração…

…que nem sempre têm a sorte ou a disponibilidade financeira de adquirirem uma edição de 1887 d’ O Livro de Cesário Verde, aqui fica uma dica extraordinária: qualquer um o pode ter! Em formato digital, pois claro, mas já está disponibilizado pela Biblioteca Nacional Digital, na sua primeira edição. É só aceder aqui. Um mimo para amantes dos livros, se bem que lhe falte aquele cheiro a papel datado. E uma coisa é certa: o livro-objecto é sempre outra coisa… mas, quem dá o que tem…
Já as BMO’s tem edições da obra bem mais recentes, sem PH’s de Pharmacias, mas com F’s de Farmácias. É só seguir esta ligação.
Boas leituras!


foto aqui

terça-feira, 7 de agosto de 2007

WikiMatrix

A popularidade da tecnologia wiki deu lugar à criação de uma série de plataformas de suporte diferentes que são comparadas, lado a lado, no WikiMatrix. O site propõe ao utilizador escolher quais as aplicações que quer confrontar e apresenta uma lista de funcionalidades em tabela.

Se ainda não sabe qual o wiki que pretende basta responder a algumas perguntas e o Wiki Choice Wizard apresenta-lhe uma solução. Por outro lado o fórum do site serve também como ponto de discussão entre utilizadores. Os criadores de software que tenham wikis não listados podem adicioná-los e acrescentar documentação sobre eles na biblioteca de informação do WikiMatrix de forma a tornar as suas aplicações mais conhecidas.
Notícia: tek.Sapo

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A Fórmula de Deus

Autor: José Rodrigues dos Santos


Achei um livro que fala a verdade absoluta. Demonstra investigação, análise. O autor faz a “ponte” entre as teologias e filosofias orientais, os mundos esotéricos e a ciência ocidental. Um livro, ou melhor, um calhamaço que satisfaz !!

Madalena Madeira, 38 anos, Professora

Corresponde às minhas expectativas. Além de ser um grande jornalista também continua sendo um grande escritor que através de uma linguagem simples transmite uma história de "se pensar" entremeada com muitas pequenas mensagens pelo meio.

Vânia Dias, 42 anos, Bibliotecária

entrada n.º 0056