terça-feira, 28 de setembro de 2010

Café com Letras - Pedro Mexia, na Biblioteca Municipal de Carnaxide

Relembramos que amanhã, dia 29, é dia de Café com Letras,


na Biblioteca Municipal de Carnaxide.


Desde já, está convidado a entrar na conversa.


A não perder!

Como um Romance e os direitos Inalienáveis do Leitor

Depois de umas merecidas férias, o Grupo de Leitura da Biblioteca Municipal de Carnaxide reuniu-se, na sua sessão única de Setembro, para falar das leituras de férias e do sempre actual livro Como um Romance, de Daniel Pennac.

Frases como:

"O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar... o verbo sonhar..."

“A vida é um perpétuo entrave à leitura.
- Ler? Eu bem gostava, mas sabe... o trabalho, as crianças, a casa, não tenho tempo...
- Nem sabe como o invejo, por ter tempo para ler!”

Assim como,

Os Direitos Inalienáveis do Leitor:


O direito de não ler.
O direito de saltar páginas.
O direito de não acabar um livro.
O direito de reler.
O direito de ler não importa o quê.
O direito de amar os “heróis” dos romances.
O direito de ler não importa onde.
O direito de saltar de livro em livro.
O direito de ler em voz alta.
O direito de não falar do que se leu.

Daniel Pennac, Como um Romance, Ed. ASA, 1992, p. 155.

Suscitaram um aceso diálogo à volta dos livros e da leitura e do papel que têm nas nossas vidas.

Nas sessões de Outubro do Grupo de Leitura, o cenário irá girar em torno de um dos ex-libris de Lisboa, o Aqueduto das Águas Livres, vamos percorrer os Nove Mil Passos, de Pedro Almeida Vieira, numa caminhada de intrigas da Corte, da libertinagem e do fausto da vida de D. João V.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nove mil passos

Autor: Pedro Almeida Vieira

Apreciei o extraordinário esforço de pesquisa que o autor deve ter feito para a compilação desta obra. No entanto, perdi-me na confusão de nomes, casos, dispersões, técnicas e grandes problemas para que fosse construída uma obra tão necessária cujo resultado foi um fim feliz e que perdura e perdurará, proporcionando um espectáculo maravilhoso.


Maria José Antunes de Almeida Gomes
ver este título no catálogo da biblioteca
entrada n.º 0111

sábado, 25 de setembro de 2010

Pedro Mexia no Café com Letras

Após a pausa do Verão, o Café com Letras regressa, desta feita a Carnaxide, na próxima quarta-feira, dia 29 de Setembro, às 21H30, para receber o escritor e crítico Pedro Mexia. O ponto de partida da conversa é dado pelo facto de estar prestes a ser publicada toda a sua poesia reunida num único volume.
Licenciado em direito, pela Universidade Católica Portuguesa, Pedro Mexia tem já publicado um considerável espólio literário de que destacamos Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Eliot e outras Observações (2003) ou Senhor Fantasma (2007) e duas colectâneas de crónicas, Primeira Pessoa (2006) e Nada de Melancolia (2008).
É também conhecido pelos blogues que tem alimentado como A Coluna Infame, com João Pereira Coutinho e Pedro Lomba (2002-2003), Dicionário do Diabo (2003-2004), Fora do Mundo, com Francisco José Viegas e Pedro Lomba (2004-2005), Estado Civil (2005-2009) e Lei Seca (desde 2009).
Tem exercido actividade como crítico literário nos jornais Diário de notícias e Público e na revista Ler. Participou como comentador político no programa SIC Notícias, O Eixo do Mal. Foi subdirector e director interino da Cinemateca Portuguesa (2008-2010). Entre muitas outras facetas que poderiam ser citadas, cabe uma referência ao teatro onde adaptou, juntamente, com Ricardo Araújo Pereira, Como fazer Coisas com Palavras, do filósofo inglês John Austin (Teatro São Luís, 2008).

É um dos membros do conhecidíssimo programa Governo Sombra em parceria com João Miguel Tavares, Ricardo Araújo Pereira e o nosso Carlos Vaz Marques, transmitido pela TSF.

Uma conversa entre amigos sobre os livros, a vida, o mundo...

Não falte.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

João Lobo Antunes: Sociedade, Que Valores?

Sociedade, que valores? é o mote para mais uma sessão de Conversas na Aldeia Global. Logo, pelas 21h30, no Auditório das Bibliotecas Municipais de Oeiras, o neurocirurgião João Lobo Antunes vem falar-nos sobre valores, atitudes e comportamentos no uso da ciência e tecnologia na sociedade contemporânea, sobretudo porque Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades …. Contamos consigo em mais uma Conversa moderada por Vasco Trigo!

Renovação da Certificação da Qualidade à Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras

Realizou-se ontem, a auditoria externa de acompanhamento à Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras com vista à renovação da Certificação da Qualidade obtida em Outubro de 2009.

A auditoria foi realizada pela empresa APCER, em conformidade com o Sistema de Gestão da Qualidade e tendo como referência as seguintes Normas: NP EN ISO 9001:2008 e NP EN ISO 19011:2003.

Após o período da manhã em que foram auditados os processos de suporte transversais ao Sistema de Gestão da Qualidade, a auditoria à Rede de Bibliotecas Municipais decorreu durante a tarde e centrou-se na análise dos documentos envolvidos no planeamento e na gestão estratégica e corrente, na análise do Mapa de Processo, na observação de pastas de diferentes projectos e na avaliação de fornecedores. Seguiu-se uma visita às instalações para observação e verificação dos vários elementos referidos no Mapa de Processos que contou também com a participação dos técnicos da biblioteca.

De acordo com o Relatório da Auditoria Externa de Acompanhamento, considerou-se que "Sistema de Gestão da Qualidade do Município de Oeiras se encontra num nível elevado de conformidade", não tendo sido registada nenhuma Não Conformidade.

Este reconhecimento foi recebido com grande satisfação e motivação por toda a equipa, que desta forma obteve a recompensa por trabalhar numa perspectiva de melhoria contínua dos serviços disponibilizados aos leitores da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras.

Imagem: APCER

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A República, lugar da utopia...


Logo mais à noite terá lugar a terceira sessão deste projecto, desta feita sob a designação "Os caminhos da República. Razão, saber e poder". A sessão está marcada para as 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras e conta com a participação da investigadora Irene Pimentel e do jornalista Jacinto Godinho. A moderação é da responsabilidade de Carlos Pinto Coelho.

Apareça!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um livro que se tornou expressão idiomática

"Comboio nocturno para Lisboa" é um livro da autoria de Pascal Mercier (pseudónimo do filósofo Peter Bieri) que conta a história de Raimund que numa manhã chuvosa, encontra uma mulher que se prepara para saltar de uma ponte, em Berna.
Raimund convence-a a não saltar, mas depois a mulher desaparece. Tudo o que sabe é que é portuguesa. No mesmo dia, entra numa livraria e por mero acaso, descobre um livro de um autor português - Amadeu de Prado - que foi médico, poeta e resistente durante o salazarismo.
Raimund é, há muitos anos tempo, professor de latim e grego, o que o entusiasma tão pouco como o seu casamento, em fase terminal. Num impulso resolve aprender português e, uma noite, mete-se num comboio para Lisboa.

O Grupo de Leitores ficou rendido à escrita de Pascal Mercier e à história de Amadeu Prado e de Raimund Gregorius, ao livro imaginário "Um ourives das palavras" (título que para além de sugestivo, foi muito bem escolhido), às descrições de Lisboa e aos sentimentos expressos pelas personagens sempre muito actuais e com os quais nos identificamos facilmente: amor, coragem, morte, vida, relações humanas.

O livro está repleto de frases que nos levam a pensar sobre nós, os outros e a vida:
"se é de facto verdade que apenas podemos viver uma pequena parte daquilo que existe em nós, então o que acontece ao resto?"
"Por vezes tememos uma coisa apenas porque tememos uma outra coisa."
"Agora também tu te escondes por detrás dos livros."

No Grupo de Leitores ninguém ficou indiferente a esta história de procura e de auto-conhecimento. Raimund aproveita a história de Amadeu Prado para a partir dela, iniciar um percurso de descoberta pessoal. Quem somos? Que imagem têm os outros de nós? Como vemos os outros? São estas algumas das perguntas a que Pascal Mercier procura dar resposta.

"Comboio nocturno para Lisboa" esteve no TOP de vendas durante mais de 140 semanas, vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares e foi traduzido em 15 línguas. Pela qualidade da história e pela proximidade que provoca nos leitores, "comboio nocturno para Lisboa" acabou por se tornar numa expressão idiomática. Quanto alguém precisa de mudar de vida ou de tomar um decisão difícil diz-se que "precisa de apanhar um comboio nocturno para Lisboa".
Img: António Negalla

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Curso On-line de Escrita Criativa - Nível Avançado

Ao longo de 13 semanas, Luís Carmelo volta a orientar sessões on-line de escrita criativa com um formato personalizado. Em articulação com as Bibliotecas Municipais de Oeiras, e tal como já tinhamos divulgado aqui no blog vai ser realizada uma nova edição em formato de e-learning, de uma "Oficina de Escrita Criativa: Nível Avançado" - a partir do próximo mês de Outubro.
Trata-se de um formato novo que se adequa à mobilidade do viver actual e às necessidades de formação contínua e de enriquecimento pessoal.
Este curso que reata aspectos variados da narração, descrição e poética, já abordados no Nível Introdutório, e aprofunda aspectos novos (gestão de sequências, multiplicidades da narrativa, uso de imagens, etc.) tendo em vista um programa específico de escrita ficcional que ocupará as últimas semanas do curso.
Valor da inscrição: € 148,23 (IVA incluído)

Luís Carmelo (1954) é doutorado pela Universidade de Utreque (Holanda) e, para além de académico, é também escritor, ensaísta, colunista do Expresso Online e editor da PNET/Literatura. Desde 2005 que coordena os cursos de escrita criativa, em regime de e-Learning, no Instituto Camões.

Foto: APEI

Informações e inscrições:
Biblioteca Municipal de Algés Centro Oeiras a Ler
Telf. 21 411 89 70 / 21 411 89 73
e-mail marta.silva@cm-oeiras.pt

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Videojogos em debate no Técnico

Durante três dias (15, 16 e 17 de Setembro), o campus do IST no Taguspark, Oeiras, será palco de conferências, palestras e workshops dedicados às tecnologias dos videojogos. A presença física de videojogos nas lojas tem os dias contados. Progressivamente, o consumidor irá comprar o acesso e não uma caixa com o jogo propriamente dito, uma forma de controlar a pirataria no sector, afirma Nelson Zagálo , presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências dos Videojogos , que organiza, entre quarta e sexta feira, um ciclo de conferências no campus do Instituto Superior Técnico no Taguspark, em Oeiras. O encontro - Ciências e Artes dos Videojogos - Videojogos 2010 - é uma oportunidade para investigadores e profissionais desta área cruzarem informações sobre as diferentes domínios relacionados com a sua produção: arte, desenho e narrativa de jogo.
Pontos altos da conferência
Nelson Zagalo elege dois pontos altos na conferência. Um deles será protagonizado pela investigadora do Serious Games Institute da Universidade de Conventry, Sara de Freitas, e está relacionado com os "jogos sérios" (simulações interativas de situações em que o jogador tem um papel ativo). Zagalo destaca ainda a intervenção de Sérgio Varandas, diretor da divisão móvel do site Miniclip.com, o maior portal de jogos online do mundo, que abordará o segmento dos dispositivos móveis para diversas plataformas.
FONTE: Expresso

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Apresentação do Livro "Mãos que falam com pressa"

Apresentação do livro "Mãos que falam pressa" da autoria de Eduarda de Andrade Mendes.

Sábado, 11 de Setembro
Biblioteca Municipal de Algés

Mãos que falam com a pressa que lhes é devida, enterradas em ancestrais dores, lamentos de desprezo inexplorável dum quotidiano que o foi, qual ilusão agora a desbravar o tempo vermelho de todos os semáforos.
Alinham-se os planetas, numa vertical linha, preceito reflexo de sentir nevoeiros em bermas de verbos, tentando desalinhar estas andanças, pórtico chamado interrogação.
Caem vestes, túnicas de sons tão subtis na descida, sem trespassar o nevoeiro dos modos verbais, anexos no decomposto da fala.

Img: Papiro Editora

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Grupos de Leitores nas Bibliotecas Municipais de Oeiras

Em Setembro, os Grupos de Leitores regressam às Bibliotecas Municipais de Oeiras para retomarem os seus encontros e conversarem sobre livros, autores, personagens, histórias, sensações, leituras e a vida.

Este mês estamos a ler:

Biblioteca Municipal de Algés









Autor: Mia Couto
Título: Jesusalém


Biblioteca Municipal de Carnaxide









Autor: Daniel Pennac
Título: Como um romance



Biblioteca Municipal de Oeiras










Autor: Pascal Mercier
Título: Comboio Nocturno para Lisboa

Dia Internacional da Literacia

A 8 de Setembro comemora-se o Dia Internacional da Literacia. No mundo de hoje, em cada seis adultos, dos quais uma terça parte são mulheres, são analfabetas e 67,4 milhões de crianças não têm condições de escolarização. Em Portugal, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, baseado nos dados apurados com os Censos de 2001, a taxa de analfabetismo situava-se nos 9,03 %.
Segundo mensagem do secretário Geral das Nações unidas, este ano o Dia Internacional da Literacia pretende realçar o papel importante que a alfabetização desempenha no enriquecimento das mulheres. A alfabetização muda a vida das mulheres, das suas famílias e das sociedades. As mulheres alfabetizadas terão mais probabilidades de enviar os seus filhos para a escola, especialmente as raparigas. Ao aprender a ler e escrever, reforçam a sua autonomia económica, participando activamente na vida social, política e culturas dos seus países.

Mais informações sobre o Dia Internacional da Literacia 2010:

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Informação

Em função da realização de uma reunião geral dos serviços do Departamento de Património Histórico, Cultura e Bibliotecas as Bibliotecas Municipais de Oeiras encerram no dia 9 de Setembro das 10h00 às 14h30.

Pedimos desculpa pelo incómodo causado.

Conversas na Aldeia Global: Sociedade, Que Valores? por João Lobo Antunes

Na quinta-feira, 23 de Setembro, pelas 21h30, retomamos o 5º Ciclo de Conversas na Aldeia Global. Mudam-se os tempos, mudam-se a sociedade, o mundo e os valores. Numa altura em que a ciência e tecnologia impregnam a vida quotidiana, a relação entre a sociedade de informação e os seus valores estruturantes é uma variável contínua de novidades para que urge criar mecanismos de adaptação flexível.

O processo de conquista de valores que, no início do séc. XXI estruturam o EU, é longo e complexo. Gerado na relação que o cidadão estabelece com a sociedade em que se insere: tempo, emprego, família e nação já não são nem o que foram, nem o que se esperava que fossem. Resta então recorrer aos mecanismos de adaptação que, neste contexto, se aplicam na proporção directa dos graus de instrução e civilização que a sociedade proporciona aos cidadãos. Neste contexto, convidámos João Lobo Antunes, professor Catedrático de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa e autor de numerosos artigos científicos e editor de vários livros na área das Neurociências, para nos falar sobre valores, atitudes e comportamentos da sociedade contemporânea. Acompanhe-nos em mais uma Conversa moderada por Vasco Trigo.




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Exposição«Letras e Cores, Ideias e Autores da República»

Exposição na Biblioteca Municipal de Carnaxide
A partir de 6 de Setembro até final do ano
Caso não seja possível visitar-nos, a exposição está, em simultâneo, na Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras

No ano em que se comemoram cem anos sobre a implantação da República, a DGLB, em colaboração com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, apresenta a exposição «Letras e Cores, Ideias e Autores da República». Esta exposição, de que se imprimiram 1000 exemplares, destina-se preferencialmente às Bibliotecas Municipais (a Rede de Bibliotecas de Oeiras aderiu à iniciativa), universidades, embaixadas, centros de língua portuguesa no estrangeiro, estabelecimentos prisionais e outras instituições culturais.

A partir de textos de autores que marcaram decisivamente a cultura humanístico-literária em Portugal no final do século XIX e início do século XX, a DGLB convidou dez ilustradores (João Vaz de Carvalho, Afonso Cruz, Bernardo Carvalho, Marta Torrão, Teresa Lima, Rachel Caiano, Jorge Miguel, Carla Nazareth, Gémeo Luís, Alex Gozblau) a tratar plasticamente dez temas representativos do contexto social, político, cívico e cultural da época: Ultimatum, Monarquia, 5 de Outubro, Igreja, Educação, Mulheres, Modernismo, Grande Guerra, Chiado e Revistas. O resultado mostra de que forma literatura e arte, passado e presente, se podem cruzar de forma coerente e harmoniosa, dando corpo a um percurso fulcral da história portuguesa contemporânea: o triunfo da ideia republicana de cidadania, a instauração do regime, a participação de Portugal na I Grande Guerra e a vida política, social, cultural e artística deste período.

O design da exposição é de Luís Mendonça.
Fotografias de Júlio Raposo.
(Texto retirado do site da DGLB)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Literatura e Gastronomia - Leonardo da Vinci

“Há quem diga que a rama do nabo, como a da couve, quando apresentadas em qualquer forma sólida, são alimentos exclusivos para constituições vigorosas, ou seja, talhantes, pedreiros e lavradores; e que bibliotecários, inválidos, fêmeas de pequena estatura e todos que tenham digestões delicadas fariam melhor em se abster de tais alimentos.
Eu, pelo contrário, sou da opinião que o consumo da nabiça e da couve fortalecerá uma digestão frágil, devido às propriedades das folhas, que já vi darem novo alento a uma cabra doente, e de uma vaca agonizante fazerem um animal cheio de vida, ao ponto de se pôr a dançar.
Mas quanto aos que crêem na primeira teoria, podem experimentar a sopa: atar em molhos as nabiças ou as couves com a ajuda de crina de cavalo. Mergulhá-los em água a ferver, a que se adicionou um pouco de sal, durante meia hora. O líquido coado pode constituir um prato ligeiro durante a Quaresma.”

Apontamentos de Cozinha de Leonardo Da Vinci
Sopa de nabiças ou couve
(Para todos… sem excepção…)

½ Kg de batatas
1 Molho de nabiças ou couve
2 Colheres de sopa de azeite
2 Cebolas médias
Sal

Ponha a água ao lume e, quando estiver a ferver, junte as batatas e as cebolas cortadas. Tempere com sal. Deixe cozer e reduza a puré. Junte as nabiças ou as couves arranjadas e aguarde até estarem cozidas. Tempere com o azeite.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

República, lugar da utopia. O regresso...


Em Setembro terá lugar a terceira sessão deste nosso projecto... Desta feita sob a égide "Os caminhos da República. Razão, saber e poder". A sessão está marcada para o dia 22 de Setembro, às 21H30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras e conta com a participação da investigadora Irene Pimentel e o jornalista Jacinto Godinho. A moderação é da responsabilidade de Carlos Pinto Coelho.
Desde sempre os Homens forjam ao pensamento formas, estruturas conceptuais, ideias com que configuram a realidade e que permitem a leitura e interpretação do mundo. Este mecanismo está, de resto, na génese das diversas concepções da realidade que foram moldando, durante milénios, a nossa visão do mundo e o nosso modus vivendi!
A palavra polis traduz, por isso, um modelo cultural e racional de que somos herdeiros. Perceber o modo como as sociedades se organizaram, ou seja, o modo como o pensamento configurou estas associações de pessoas na antiguidade clássica grega é fundamental para a compreensão do sistema político actual e as diversas formas de governo que a história conheceu.
Para reflectir e pensar o mundo, a história e as suas lutas são necessárias representações destinadas a compreender o real, uma espécie de esquemas de revelação e de compreensão.
A cidade grega, aberta ao diálogo e à democracia, inventou, por isso, um tipo de razão dedicado ao pensamento teórico e laicizado e liberto da ordem do mito: uma racionalidade até certo ponto "laica", que organiza a experiência sem recorrer a princípios teológicos. O pensamento grego liberta-se lentamente da consciência mítica ou religiosa, para fundar e criar a razão humana: o logos que, em grego, significa simultanemanete palavra, discurso ou razão.
A instauração da democracia é, assim, criadora de uma racionalidade inédita. A regra da democracia transforma a arte da demonstração num verdadeiro mecanismo de poder. Ao mesmo tempo, a palavra torna-se rainha e do domínio da linguagem emerge o logos ou a razão. Mas a cidade não implica apenas a força da palavra e do discurso argumentado: realiza com os primeiros legisladores a redacção das leis fazendo do Homem um verdadeiro animal político.
Estas e outras matérias estarão em reflexão na próxima sessão em mais uma das possíveis leituras semânticas e históricas do universo republicano e a forma como a razão configurou o poder ao longo dos séculos...
Participa. Constrói a tua República!

Consulte aqui os Guiões de Leitura anteriores elaborados pelas Bibliotecas Municipais de Oeiras no âmbito deste projecto:

Guião de Leitura A República, Lugar da Utopia
Guião de Leitura Iconografia do Feminino na República

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As Nossas Sugestões

Título: Contos
Autor: Katherine Mansfield

De quem se fala:
Nascida em 1888, amiga de Virginia Woolf e D. H. Lawrence, contemporânea de um James Joyce que admirava e leitora atenta de Tchékhov, que morreu quando ela começava a escrever, Katherine Mansfield participou na renovação da difícil arte do conto, ajudando-o a libertar-se da moral victoriana e do clássico enredo e dissolvendo a rigidez das perspectivas em sensações e recordações em subtil relação com a realidade exterior.

O que se diz:
“ler os contos de Katherine Mansfield é caminhar entre crianças asfixiadas pela educação tradicional, adolescentes de sonhos impossíveis, soldados de fardas ridículas, mulheres que esboçamgestos de revolta e velhosnos confins do tempo. È sobre esses “seres sem história” que Katherine Mansfield escreve, revelando o drama oculto na aparência dos seus gestos usuais
Francisco Vale in Contos

Está dito:
“Ai, os homens!” – dizia, mergulhado o bule na banca e mantendo-o debaixo de água mesmo depois de ter deixado de borbulhar, como se fora um homem e o afogamento ainda fosse bom de mais para tal espécie.”

Relógio D’Água; 295 p.

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Título: I volume de Contos
Autor: Anton Pavlovitch Tchékhov

De quem se fala:
Anton Pavlovitch Tchékhov Nasceu em Taganrog aos 29 de Janeiro de 1860 e morreu em Badenweiler aos 14 de Julho ou 15 de Julho de 1904 foi um importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno. Era também médico, exercendo a Medicina durante o dia e frequentemente escrevendo à noite

O que se diz:
Este volume de contos de Tchékhov a semelhanças de muta das suas obras tem um um conteúdo triste para pessoas alegres; quero dizer com isto que só um leitor com sentido de humor será capaz de sentir a fundo a tristeza dele. Há escritores que emitem um som intermédio entre o riso abafado e o bocejo — muitos deles, a propósito, são humoristas profissionais. A outros, sai uma coisa intermédia da risada e do soluço.

Existe também uma variedade de humor utilizada de propósito pelo autor para dar um escape puramente técnico depois de uma tempestuosa cena trágica, mas o truque nada tem a ver com a verdadeira literatura. O humor de Tchékhov é alheio a isso tudo; é um humor puramente tchekhoviano. O mundo, para ele, é cómico e triste ao mesmo tempo, e sem repararmos na sua comicidade não compreenderemos a sua tristeza, porque são inseparáveis.

Esta obra de Tchékhov contém histórias de pessoas comuns da sociedade russa, pessoas simples que viviam em Moscou, nas pequenas cidades e vilas camponesas; cada uma dessas pessoas tinha, no dia-a-dia de suas vidas, que vencer uma luta feroz contra as privações materiais que ameaçavam sua sobrevivência nas cidades, nas vilas e nos campos, onde a miséria os rondava; essa realidade foi, em grande parte, a matéria-prima de suas histórias.
http://www.gargantadaserpente.com/artigos/pedroluso2

Está dito:
“ (…) - Falem, meus senhores, catem… brinquem! Não desperdicem o tempo. È que o safado do tempo corre não espere, É que o safado do tempo corre, não espera! Juro por deus que não terão tempo de abrir a boca e dizer «ah!» e já a velhice bate à porta… Mas então será tarde para vier! (…) Não vale a pena ficarmos parados e calados… (…)”


Relógio D’Água; 332 p.

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Título: Perlimpimpim, Perlimpimpão
Autor e Ilustrador: Mafalda Millhões


“ …A brisa cantava e o vento soprava baixinho como uma canção de embalar.
De repente, a lua ficou maior!
E toda a magia deu as boas-vindas a uma linda criatura chamada Mellis.
Ao contrário de todas as outras bruxinhas que eram ruivas, esta pequena nasceu
de cabelo lilás.
Por baixo dos cabelos rebeldes, morava um par de olhos grandes e um sorrisodoce como o mel…”
Um conto duma bruxinha diferente para crianças inocentes … dos 4 aos

Bichinho de Conto

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras


Título: As Bruxas
Autor: Roald Dahl
Ilustrador: Quentin Blake

“Se te sentares ao lado de uma pessoa desconhecida, pode acontecer que esta mesma pessoa seja uma bruxa? Pois é verdade, pode mesmo acontecer isso. Isto porque uma bruxa pode ter o aspecto de uma mulher qualquer, apesar de poder ser perigosa para qualquer criança!
Mas o rapaz da nossa história tem a felicidade de poder contar com a avó, que sabe muito bem quais os sinais que uma criança deve procurar para ficar a saber se está ou não perante uma bruxa.
Mesmo assim há surpresas.”
E nesta época em que as bruxas começam a andar à solta convém sempre estar alerta.
Para crianças curiosas dos 7 aos 10 anos

Terramar

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras


Título: Trabalho Infantil
Autor: Brain Basset

De quem fala:
Bem-vindos ao mundo de pernas para o ar de Adam, o teletrabalhador que é todos os dias cilindrado pelos filhos. E descubra que, às vezes, o trabalho infantil é sobretudo mau... para os pais.

O que se diz:
Sempre se soube que as crianças, por natureza própria, crescem. O problema é que, hoje em dia, crescem mais do que os pais. E ultrapassam-nos em tudo, seja a reparar o computador, a programar o DVD, a discutir o aquecimento global, ou a... ganhar dinheiro.

Gradiva

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras