quarta-feira, 28 de março de 2007

Golfada de Emoção que Sobe por Nós Acima!

Em tom de apontamento do que me ficou de parte do Café com Letras com Pedro Támen na passada quinta-feira, dia 22 de Março do corrente ano…
Nas palavras do Poeta irremediável que conta - escreve para não morrer - e algo, senão bastante desencantado (com o mundo que não permite sonhar) Pedro Támen diz que a Poesia Lírica de Camões, seu objecto de ensino enquanto professor, (e) em especial o Canto Décimo, nos provoca sempre uma golfada de emoção que sobe por nós acima!...
Para Támen Vertigem é perder o pé, é o mundo que não é exactamente aquilo que vemos… a vertigem do oculto em cada coisa, esse mistério inatingível que o poema capta com oficina, dedos e analogias como imprime num título de um de seus testemunhos. Realista e amante da poesia, pois claro; da arte em geral, da música grandes tangentes a este ‘universo vertiginoso’ – considera.
Entende Portugal – sim – um país em que a criação da poesia se destaca em número e qualidade em relação às outras expressões e/ou áreas artísticas, especialmente em número; não deixando, contudo, para o escritor de ser hilariante a existência de uma Sociedade de poetas portugueses, um género de preguiçosos?!
Ex-activo cine-clubista rende-se actualmente à macaquiação do cinema com o cinema televisivo onde a dimensão e a sala escura estão definitivamente em falta!
Com a bonomia e a contemplação próprias de poeta – este, expressionista do seu quotidiano e das imagens, das vivências que lhe vão ficando - procura com a Tradução, uma prática regular e paixão sua, ‘ler’ e descobrir o escritor estrangeiro (antes) na Língua Portuguesa, i.e. e parafraseando Pedro Támen, tento escrever o livro que o autor que traduzo escreveria se escrevesse em Português.
Como afirma Goethe e aqui sente a pena única na tradução, esta é uma realidade temporal e uma obra de arte não! [obviamente na sua língua original e primeira].
Confessa …nasci sem a bossa da efabulação, (…) só há coisa de quinze dias me levaram a rever o miúdo estendido em cima da cama, que aos 18 anos escreveu as suas primeiras palavras e curiosamente em estrutura de conto!
O autor de que falamos, vê o Romance como forma de contar histórias, entreter, prefere os anglo-saxónicos, apesar de não dominar o Inglês. No género referido aprecia os livros de Paul Auster, Hélia Correia entre outros.

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