quarta-feira, 26 de novembro de 2008

No CoRaçÃo do CorAçãO

CAFÉ COM LETRAS _ OUTUBRO 2008





§§ No início... a propósito da escrita (sua ?) o autor diz: «Eu gostava de mais ou menos isto - de entrar no coração do coração.» do quê ?!? mistério das pequenas grandes pequenas coisas... »»» Fica para aqueles que assistiram e respiraram relevantemente das & as palavras, a VOZ da conversa, da surpresa, da desplicência e ousadia, de Carlos Vaz Marques com António Lobo Antunes... no serão em Café com Letras armonizado pela Biblioteca de Oeiras a 29 de Outubro de 2008.

§§ A.L.A incorreu a um tratamento médico de alto risco a meio do novo Romance, «O Arquipélago da Insónia» ao que refere - «O meu médico disse-me: Tens um cancro e eu gostei muito dele. E eu - Tá bem, então tenho que ser operado amanhã! E assim foi.»
§§ Um homem directo, que se diz «nas tintas» para os leitores, mas que como 1 santo, uma criança, 1 pequeno deus aprendiz - olhava, um ser de tal escuta: parava todo o tempo necessário para as pessoas ouvintes naquele convívio.

§§ Com simplicidade e autêntico de si respondia às maioritariamente afirmações determinadas sem pergunta, de quem interviu...

§§ Risos, risotas, sorrisinhos no momento da afirmação: «Se eu quisesse mostrar alguma coisa (de que considerasse importante, depreendemos) despia-me!»...

§§ Já a conversa vai longa e ainda tudo para se espantar em e neste conto inesquecível, único encontro in loco e a cores, quando revela : «um escritor não o é aos 40 anos, com diz ter acontecido consigo - sucede pelos 4, 5 anos ou pouco mais adiante... Fui escritor a minha vida toda

§§ Bem... escrever com outras pessoas, barulhos, ou nos cafés, tascas, onde o recebem muito carinhosamente de Dr. António, é impossível, não acontece; até há pouco tempo ouvira fado, canções «memoráveis» insistiu em adjetivar!

§§ «No estúdio/atelier (da editora dos seus livros?) cheira muito mal, não posso lá escrever. Não me telefonam, não tocam à porta - não há esse risco, não corro perigo!(...) Tou muito só, muito solitário, para escrever...»
§§ «Com a minha doença, a minha família, (com aquelas lamechices) não me ajudou nada! E graças a Deus (e sem lá mais quem) passou: quem me ajudou foi o médico.»

§§ Ao final
... E agora uns minutos mais com António Lobo Antunes para a assinatura de alguns livrinhos, diz Carlos Vaz Marques e o escritor: «Espero que poucos». Instante em que veio uma enchente de leitores ululantes & convictos (do que iam enfrentar ou viver)... Eu não teria tal atitude!

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Pode ver-se que as exclamações foram marca do Serão, significantes de ímpeto, vitalidade, animus e afirmação na Vida!!

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