Amir & Hassan
O Grupo de Leitores da Biblioteca de Algés leu, em Novembro, O menino de Cabul, da autoria de Khaled Hosseini. Título com mais de 8 milhões de exemplares vendidos e 42 traduções – destaque-se que foi a primeira obra do autor a ser publicada –, a escolha da leitura em causa foi influenciada pelo facto de ter sido galardoada – pelo terceiro ano consecutivo – com o Reading Group Book of the Year no Reino Unido –, um galardão sob a égide da Penguin e do Orange Prize.
A história relata-se em breves linhas: Amir e Hassan são grandes amigos, não obstante o facto de o primeiro ser pachtun e amo e o segundo hazara e serviçal do primeiro. Esta união – aparentemente tão forte –, quebra-se quando Amir vê Hassan ser violado e nada faz, mesmo estando Hassan a sofrer as consequências de uma quezília anterior, em que defendeu o amigo. A sensação de culpa de Amir será omnipresente em toda a obra, tal como a urgência de redenção. Será com este peso que veremos o protagonista a crescer – primeiro no Afeganistão e depois nos EUA –, e a tentar viver com um passado tão marcado por um acto – ou melhor, não acto –, tão cobarde que, mesmo com o perdão de Hassan, Amir deixa de o conseguir encarar, encerrado na sua própria vergonha.
Uma obra que, entre episódios do quotidiano pré e pós invasão soviética e posterior tomada de poder pelos Taliban, nos revela mais sobre a natureza da sociedade afegã, debruçando-se também sobre a culpa, tão vincada e tornada fardo de anos, fruto de fragilidades tão incapacitantes como a inveja e o ciúme. Sentimentos que acabam por se compreender melhor, à razão do evoluir no romance e em que Baba, o pai do protagonista, desempenha papel fundamental.
O Grupo dividiu-se na apreciação do título. Se uns gostaram da obra de tal forma que a leram sofregamente, outros acharam o enredo um tanto ou quanto lamechas. Certo foi a quase total concordância (também aqui se verificou uma ou outra opinião contrária) sobre uma primeira parte mais conseguida que a segunda, a saber a infância e fuga do Afeganistão, em detrimento da vida nos EUA ou, a outra luz, a parte da culpa versus a da remissão das faltas. Na segunda sessão assistiu-se ao filme, com o mesmo nome, realizado por Marc Forster e inspirado na obra literária. Conclusão geral: leiam o livro.
Voltamos em Dezembro, ainda não se sabendo se a passo, trote, galope ou salto, com O cavalo de sol, de Teolinda Gersão.
A história relata-se em breves linhas: Amir e Hassan são grandes amigos, não obstante o facto de o primeiro ser pachtun e amo e o segundo hazara e serviçal do primeiro. Esta união – aparentemente tão forte –, quebra-se quando Amir vê Hassan ser violado e nada faz, mesmo estando Hassan a sofrer as consequências de uma quezília anterior, em que defendeu o amigo. A sensação de culpa de Amir será omnipresente em toda a obra, tal como a urgência de redenção. Será com este peso que veremos o protagonista a crescer – primeiro no Afeganistão e depois nos EUA –, e a tentar viver com um passado tão marcado por um acto – ou melhor, não acto –, tão cobarde que, mesmo com o perdão de Hassan, Amir deixa de o conseguir encarar, encerrado na sua própria vergonha.
Uma obra que, entre episódios do quotidiano pré e pós invasão soviética e posterior tomada de poder pelos Taliban, nos revela mais sobre a natureza da sociedade afegã, debruçando-se também sobre a culpa, tão vincada e tornada fardo de anos, fruto de fragilidades tão incapacitantes como a inveja e o ciúme. Sentimentos que acabam por se compreender melhor, à razão do evoluir no romance e em que Baba, o pai do protagonista, desempenha papel fundamental.
O Grupo dividiu-se na apreciação do título. Se uns gostaram da obra de tal forma que a leram sofregamente, outros acharam o enredo um tanto ou quanto lamechas. Certo foi a quase total concordância (também aqui se verificou uma ou outra opinião contrária) sobre uma primeira parte mais conseguida que a segunda, a saber a infância e fuga do Afeganistão, em detrimento da vida nos EUA ou, a outra luz, a parte da culpa versus a da remissão das faltas. Na segunda sessão assistiu-se ao filme, com o mesmo nome, realizado por Marc Forster e inspirado na obra literária. Conclusão geral: leiam o livro.
Voltamos em Dezembro, ainda não se sabendo se a passo, trote, galope ou salto, com O cavalo de sol, de Teolinda Gersão.
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