Poemário - Sandra Roque
SAL
Rola dos meus olhos o sal silencioso da tua ausência.
E são minhas as horas vazias que deviam abraçar-te por noites de incerteza.
Reduzido o horizonte à pele que me contém,
nada além do marasmo, na existência que não é sem o teu riso…
Cessou meu sangue o movimento, por não ter onde ir.
Afogam-me as sombras e já o vento não sabe onde estou.
Nem sabe o arco-íris persistir se negras são todas as cores…
Negro é o tempo que parou aqui.
…
Agora que me esvaí, nem um mudo esboço de som.
Sal. Apenas e só… sal.
Sandra Roque, Actriz
Sem comentários:
Enviar um comentário