segunda-feira, 3 de março de 2008

As Nossas Sugestões - Março 2008

Título:O casamento de Cathy e Irving
Autor: Cathy Guisewite

De quem se fala: Cathy Guisewite lançou a série Cathy nos jornais em 1976, tornando-se uma das poucas cartonistas femininas a alcançar um sucesso de dimensão mundial. Trinta anos depois, a sua criação é presença assídua em mais de 1400 jornais de todo o mundo, chegando a um público ainda mais vasto através dos vários álbuns e antologias temáticas da série. Entre os muitos prémios que recebeu, contam-se o Reuben Award de 1993 e um Emmy para o programa de animação Cathy, produzido pela CBS.

O que se diz: O casamento de Cathy e Irving oferece toda a confusão, toda a magia e todo o humor que têm caracterizado as anteriores aventuras da Cathy, relatando o turbulento ano de noivado e o dia do grande acontecimento.

Está dito: - Queres casar comigo?
- Sim!

Gardiva, 191 p.



Título:A Flor Oculta
Autor: Pearl Buck


De quem se fala: PEARL BUCK, tornou-se a primeira mulher norte-americana a ser galardoada com o Prémio Nobel da Literatura.
Nasceu a 26 de Junho de 1892, em Hillsboro no Estado da Virgínia Ocidental, filha de um Missionário que dedicou muitos anos de vida à tradução da Bíblia da língua grega para a chinesa. Em consequência deste facto, Pearl Buck aos três meses de idade foi viver para a China com seus pais.
Fundou a Welcome House, a primeira instituição internacional de Adopção em todo o mundo, destinada principalmente para ajudar as crianças “Amerasian”, abandonadas pelos seus pais Americanos estacionados no Extremo Oriente. A sua própria família, além da filha biológica fora constituída por 9 filhos adoptados
Através da sua escrita, actos e exemplo de vida conseguiu sensibilizar e modificar o Pensamento Americano sobre assuntos sociais, raciais e as relações internacionais em geral. Influenciou ainda, a forma como os Americanos viam a China.
In: http://www.english.upenn.edu/Projects/Buck/


O que se diz: Josui, rapariga chinesa educada na América, regressa à China. Só conhece um oficial americano por quem se apaixona. Ailen Kennedy tenta seduzi-la. Josui, chocada, acede à vontade do pai e aceita o noivo chinês que este lhe propõe, Korobi. Kennedy, reconhecendo que Josui não é rapariga para uma aventura, resolve casar com ela. Josui não hesita em desgostar o pai e o noivo e acaba com o seu curto noivado. Entretanto o comandante das forças americanas, sabedor do facto, manda Kennedy para a América. Kennedy e Josui casam à pressa, segundo o ritual chinês. Dois dias depois Kennedy parte. Na sua terra, a mãe do rapaz afecta não ligar importância ao caso e quando Josui vai ter com o marido, a sogra não a quer receber nem ver. Kennedy ao princípio rebela-se mas a pouco e pouco vai cedendo e acaba por deixar Josui sozinha, para ir passar o Natal com a mãe. Josui, que espera um filho sem que o marido sequer o suspeite, foge de casa acolhendo-se a uma maternidade e aí abandona o filho para ir com Kobori para a China. Casos destes fazem-se crer que, não obstante a boa vontade de Pearl Buck, ele não consegue conciliar a raça branca e a amarela. A rapariga normal, virtuosa, que naturalmente abandona o filho, entre nós seria tudo menos normal e virtuosa. Bem escrito, não é, no entanto, um grande livro.


Está dito: Nova Iorque é o lugar indicado para nós, uma grande cidade onde vive gente de toda a espécie.


Livros do Brasil - Coleccção Dois Mundos; 284 p.

Ver este título no catálogo da biblioteca




Título: O Brincador
Autor: Álvaro Magalhães

De quem se fala: Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951. A sua obra para crianças e jovens integra poesia, conto, ficção e textos dramáticos, que já cativaram quase dois milhões de leitores. Ela caracteriza-se sobretudo pela originalidade e invenção, quer na escolha dos temas quer no seu tratamento.
Foi várias vezes premiado pela Associação Portuguesa de Escritores e Ministério da Cultura. Em 2002 foi integrado na “Honour List” do Prémio Hans Christian Andersen e recebeu o Grande Prémio Calouste Gulbenkian.


O que se diz: O livro O Brincador, constitui uma edição comemorativa dos 25 anos de vida literária do escritor Álvaro Magalhães. Esta obra, com ilustrações do pintor José de Guimarães, inclui alguns dos textos poéticos mais representativos da actividade literária do escritor, ao lado de composições inéditas, preferencialmente destinados aos leitores mais pequenos, mas passíveis de serem lidos saboreados em qualquer idade.
In Casa da Leitura


Está dito: “Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor. Não quero trabalhar à noite, seja no que for. Quero brincar de manhã à noite, seja com o que for. Quando for grande, quero ser um brincador”.

Edições ASA; 63 p.

Ver este título no catálogo da biblioteca



Título: Chiquinho
Autor: Baltasar Lopes

De quem se fala: Baltasar Lopes, filólogo, poeta e ficcionista cabo-verdiano, Baltasar Lopes da Silva nasceu em 1907, na Vila da Ribeira Brava (ilha de S. Nicolau), em Cabo Verde, e iniciou, no seminário da mesma localidade, os estudos secundários, que terminou em S. Vicente. Licenciado em Direito e Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, voltou para Cabo Verde e ingressou como professor no Liceu Gil Eanes, de S. Vicente, sendo mais tarde nomeado reitor do mesmo estabelecimento.Em 1936, fundou, juntamente com outros intelectuais cabo-verdianos, a revista literária Claridade.
Filólogo, poeta, professor, novelista e ensaísta, Baltasar Lopes, além de ter diversos contos publicados em várias revistas, publicou também muitos poemas sob o pseudónimo de Osvaldo Alcântara. Esta produção poética está justamente representada em várias antologias.
Em 1947, publicou o seu primeiro romance, Chiquinho, considerada uma obra de profunda densidade poética cujas melhores páginas identificam Baltasar Lopes com alguns dos maiores escritores de língua portuguesa, tais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego ou mesmo Jorge Amado.
Sendo um escritor crioulo e consciente da sua posição de homem posto perante os grandes problemas da nossa época, organizou uma Antologia da Ficção Cabo-Verdiana. Em 1956, publicou o folheto polémico Cabo Verde visto por Gilberto Freire e, em 1957, O Dialecto Crioulo de Cabo Verde.
Baltasar Lopes faleceu em 1990, em Cabo Verde.


O que se diz: Um dos melhores romances da literatura cabo-verdiana. Descrevendo Cabo Verde dos anos 30, o seu interesse resulta não somente do facto de estar apoiado numa realidade que até esta altura tinha sido deixada de lado pelos escritores do arquipélago, mas sobretudo da demanda da personalidade cultural do povo de Cabo Verde. Chiquinho é também uma forte denúncia: do abandono a que foram votadas as pessoas de Cabo Verde. As secas destruíam colheitas, a fome estendia as suas garras sobre uma população indefesa e desesperada. No entanto, as personagens desta história alimentam um sonho, uma esperança, todos poderiam ser outra pessoa que não são, se ao menos a terra não fosse madrasta. É aqui que entra o mar, a miragem da América, os baleeiros para correr sete mundos, o futuro prometido para lá da fome, das secas e do sofrimento. Chiquinho é o fio condutor por onde passam todas estas personagens. É através das tribulações deste jovem, de origem modesta, mas livre num mundo desconhecido, que Baltasar Lopes se impõe como um dos principais fundadores da literatura cabo-verdiana.
http://www.novavega.pt/Book.aspx?id=36

Está dito: É ele mesmo quem, na voz do narrador de Chiquinho nos diz: «Como quem ouve uma melodia muito triste, recordo a casinha em que nasci, no Caleijão.

O destino fez-me conhecer casas bem maiores…, mas nenhuma eu trocaria pela nossa morada coberta de telha francesa e rebocada de cal por fora, que meu avô construiu com dinheiro ganho de riba da água do mar».

http://www.governo.cv/index.php?option=com_content&task=view&id=260

Nova Veja; 209 p.



Ver este título no catálogo da biblioteca


Título: A Maior Flor do Mundo

Autor: José Saramago
Ilustrador: João Caetano

De quem se fala: José Saramago nasceu no Ribatejo, na aldeia de Azinhaga, no dia 16 de Novembro de 1922. Por dificuldades económicas não lhe foi possível continuar os estudos para além do ensino liceal e técnico. Foi serralheiro mecânico, desenhador, tradutor, editor e jornalista. Em 1947 foi publicado o seu primeiro livro. Colaborou como crítico literário na revista Seara Nova, foi comentador político no jornal Diário de Lisboa, fez parte da primeira direcção da Associação Portuguesa de Escritores, presidiu a Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores e foi director-adjunto do jornal Diário de Notícias. A partir de 1976 passou a viver unicamente do seu trabalho literário. Em 1993 passou a residir não só em Lisboa, mas também na ilha de Lanzarote, nas Canárias. Em 1998 recebeu o Prémio Nobel de Literatura. Os livros de José Saramago encontram-se publicados em mais de 50 países, em cerca de 40 idiomas.
João Caetano recebeu, pelas ilustrações de A Maior Flor do Mundo, o Prémio Nacional de Ilustração para livros infantis publicados em 2001, atribuído pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil – Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People); ao conceder-lhe este prémio, o Júri sublinhou “a criatividade, a força e o estilo pessoal destas ilustrações que, pela forma e técnicas utilizadas tornam a obra numa peça coerente e única em articulação com o primeiro texto que José Saramago escreve especificamente para crianças”.

O que se diz: Este Álbum ilustrado conta-nos a história de um menino que transpõe um dia os fundos do seu quintal e “ (…)de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo (…) ” até uma encosta no cimo da qual vê uma flor, apenas uma flor solitária, cansada e murcha. Água, não havia por ali, só muito longe, depois da montanha e do mundo todo. Para salvá-la o menino atravessa esse mundo, e volta com três gotas na concha da mão, e torna a ir e a voltar até ela crescer e dar sombra. Então aí adormece esquecido do tempo. Pais família e vizinhos procuram-no, inquietos, mas não o encontram. O sol a pôr-se e ao longe uma flor enorme, antes nunca vista, a indicar-lhes o caminho. Subida a colina lá estava o menino; uma pétala com as cores do arco-íris servia-lhe de resguardo. E depois…


Está dito: “ Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de não saber histórias para crianças. Mas ao menos ficam sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para as crianças…”.


Caminho; 36 p.

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