quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Poemário - Filipe Leal I

RUMOR FRONDOSO


Enquanto te recordava um pássaro de asas vegetais pousou na cal
da parede e deu-lhe de beber. Rumor frondoso abrindo clareiras
por entre as sombras segregadas pelas pedras, buscando
recantos secretos para plantar florestas. Sempre me fascinou
o teu dom para encontrar a água inalando o hálito vegetal das coisas.
As tuas muitas formas de saciar o silêncio, esse monstro
que devora as roseiras vermelhas arancadas pela raiz.


Filipe Leal, 41 anos, bibliotecário

1 comentário:

MCA disse...

Olá, Filipe, não conhecia essa tua faceta. ostei. Um abraço, visita a BdJ.