"Tu não passas de filho de servo"
Sessões de Novembro do Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide. “Convidado de honra” Anton Tchékhov e o volume I de Contos.
"Filho de um servo, Servente de loja, cantor na igreja, estudante do liceu e da Universidade, educado para a reverência de superiores e para beijos de mão, para se curvar perante os pensamentos alheios, para a gratidão por qualquer pequeno pedaço de pão, muitas vezes sovado, indo à escola sem galochas", assim resumia, nesta frase, a sua infância.
Sentiu desde jovem a marca do seu passado familiar quando era apelidado de “Cech”. A mensagem “tu não passas de filho de servo” levou-o, mais tarde, a usar o pseudónimo “Antosa Cechonte” com ironia.
Sentiu desde jovem a marca do seu passado familiar quando era apelidado de “Cech”. A mensagem “tu não passas de filho de servo” levou-o, mais tarde, a usar o pseudónimo “Antosa Cechonte” com ironia.
E excertos como,
“Se o peito de Iona se rebentasse aquela saudade se derramasse, inundaria o mundo, contudo ninguém a vê. Tão mísera a casca em que a saudade se meteu e, mesmo assim, nem a luz do dia se vê (…)”
“Se as caixas de correio soubessem quantas vezes as pessoas se dirigem a elas para decidirem o seu destino, não teriam aquele ar tão resignado. Eu, ao menos, por pouco não cobri de beijos a minha caixa de correio e, olhando para ela compreendi que os correios são o bem supremo.”
“ - Falem, meus senhores, cantem… brinquem! Não desperdicem o tempo. É que o safado do tempo corre, não espera! Juro por Deus que não terão tempo de abrir a boca e dizer «ah!» e já a velhice bate à porta… Mas então será tarde para viver! (…) Não vale a pena ficarmos parados e calados…”
“Pode-se chamar vida a isto? Porque é que ainda ninguém descreveu o conflito íntimo e torturante de escritor quando está triste mas é obrigado a fazer rir a turba, ou quando está feliz mas tem de derramar lágrimas por encomenda? Tem de ser brincalhão, ou indiferente e frio, ou espirituoso, mas imaginem que me oprime a mágoa ou, digamos, que estou doente, me morre o filho, entra em trabalho de parto a minha mulher!”
Transmitem a grandeza do escritor!
“ - Falem, meus senhores, cantem… brinquem! Não desperdicem o tempo. É que o safado do tempo corre, não espera! Juro por Deus que não terão tempo de abrir a boca e dizer «ah!» e já a velhice bate à porta… Mas então será tarde para viver! (…) Não vale a pena ficarmos parados e calados…”
“Pode-se chamar vida a isto? Porque é que ainda ninguém descreveu o conflito íntimo e torturante de escritor quando está triste mas é obrigado a fazer rir a turba, ou quando está feliz mas tem de derramar lágrimas por encomenda? Tem de ser brincalhão, ou indiferente e frio, ou espirituoso, mas imaginem que me oprime a mágoa ou, digamos, que estou doente, me morre o filho, entra em trabalho de parto a minha mulher!”
Transmitem a grandeza do escritor!
Em Dezembro Luísa Costa Gomes e o seu livro A Pirata, para “esmiuçar”…
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