sábado, 4 de outubro de 2008

JCP e um passeio por Lisboa

A cidade de Lisboa iniciou, este mês, uma série de iniciativas dedicadas a José Cardoso Pires, passada que está uma década sobre a sua morte. Entre as actividades a empreender destacam-se encontros de amigos do escritor, leituras de excertos das suas obras, exposições bibliográficas, de ilustrações e de cartazes de divulgação dos títulos publicados, conferências, visitas guiadas para estudantes do 2º, 3º ciclos, secundário e público em geral, lançamentos de obras dedicadas ao autor, ciclos de cinema e documentários.
Nomes (e só citando alguns) como António Lobo Antunes, Júlio Pomar, Inês Pedrosa, Rui Zink, Lauro António, José Fonseca e Costa, António Mega Ferreira, José Eduardo Agualusa, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, João Lobo Antunes e João Abel Manta e instituições como a Câmara Municipal de Lisboa, a Casa Fernando Pessoa, o Instituto de Ciência Sociais da Universidade de Lisboa, as Edições Nelson de Matos e o Centro Cultural de Belém participam (os primeiros) e apoiam (as segundas) esta justa homenagem ao escritor de Alexandra Alpha, A Balada da Praia dos Cães, Cartilha do Marialva, De Profundis: Valsa Lenta, Lavagante: encontro desabitado, O Delfim, entre outros. Mais informações nesta notícia Siconline.

Os títulos do autor podem ser encontrados nas Bibliotecas Municipais de Oeiras (aqui) e, já agora, deixa-se uma sugestão: passear, por Lisboa, tendo como roteiro os lugares descritos em Lisboa: Livro de Bordo. Um excerto, para dar ânimo à empresa:
A descer a Rua do Alecrim é que eu me quero pelas nove e tantas da manhã e no Outono, se possível. Deixo o Camões em bronze no meio do largo (sempre com uma pomba no ombro, nunca percebi porquê) e começo a descida. A poucos passos tenho o Eça, didáctico, a levantar o véu da fantasia a uma beldade desnuda como se alguém se deslumbrasse com semelhantes intimidades. Nem me volto, sigo em frente.Nisto, quando olho para o fundo da rua, descubro que os enormes guindastes da Lisnave da Outra Banda do rio se encontram quase do lado de cá, em cima do Cais do Sodré. Atravessaram o Tejo ou foi o Tejo que encolheu durante a noite?
Foto de pormenor na Rua do Alecrim, por Jaime silva aqui

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