Fernando Pessoa e as Saudades…
Para Eduardo Prado Coelho, o grande intelectual português que a cultura e a pessoa portuguesa não deixa esquecer … «Pessoa morreu cedo (‘dêem-me os óculos’), mas morrer é só não ser visto, e Pessoa é cada vez mais visto (e lido) por esse mundo fora. Lembro-me do meu pai sair de casa, fechar a porta do escritório e ir brincar comigo para junto do Tejo. Ele dizia-me: ‘Ó mar salgado’, e eu respondia: ‘Aqui ao leme sou mais que eu’. O meu pai dava-me a mão e corríamos felizes como se estivéssemos na relva de Alberto Caeiro. Até que passávamos pela barbearia da esquina e dizíamos boa tarde ao Esteves sem metafísica. Contentes como gatos ao sol.»
Este acérrimo pensador e "guru" do pensamento ocidental considerava, também, que «O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo. Que, mesmo quando tudo se repete, já nada se repete pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas. Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.»
(De Fernando Pessoa e Saudades in Nacional e Transmissível)
Este acérrimo pensador e "guru" do pensamento ocidental considerava, também, que «O mais terrível é sentirmos a irreversibilidade do tempo. Que, mesmo quando tudo se repete, já nada se repete pela primeira vez. E que nós gastamos como borrachas na demorada corrosão das coisas. Um dia acordamos e já não é a primeira vez. A não ser quando a paixão nos diz que, nupcial e navegante, cada gesto de amor é sempre o primeiro.»
(De Fernando Pessoa e Saudades in Nacional e Transmissível)
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