sexta-feira, 11 de março de 2011

As nossas sugestões - Março 2011

Título: O sonho do celta

Autor: Mario Vargas Llosa

De quem se fala: Mario Vargas Llosa nasceu em Arequipa, no Peru a 28 de Março de 1936. O seu empenho em relação a mudanças sociais é evidente nos seus romances, peças e ensaios. O escritor pertence à escola do realismo mágico e faz parte da explosão de talentos dos anos 60 da literatura latino-americana. Escreveu entre outros, Conversa na Catedral, Pantaleão e as visitadoras, A casa verde, A festa do chibo, Travessuras da Menina Má. O sonho do celta é o seu livro mais recente. Foi-lhe atribuído o prémio Nobel da Literatura em 2010.

O que se diz: Relato da vida do irlandês Roger Casement, cônsul britânico no Congo belga, em inícios do século XX, que durante décadas denunciou as atrocidades do regime de Leopoldo II, cometidas contra os indígenas que trabalhavam na extracção da borracha. Amigo de Joseph Conrad (guiou-o numa viagem pelo Rio Congo revelando-lhe uma realidade mais tarde retratada no romance Coração das trevas). Depois de 20 anos em África, investiga e denuncia as condições de vida dos indígenas no Putumayo, na Amazónia peruana. Em 1911 decide deixar o Foreign Office e envolve-se na fundação dos Voluntários Irlandeses que lutam pela independência da Irlanda.

Está dito: O jovem Plunkett olhou-o longamente nos olhos e Roger pareceu detectar naquele olhar um sentimento de pena.

-Permita-me que lhe fale com franqueza, sir Roger - murmurou, por fim, com uma seriedade de quem se sabe possuidor de uma verdade irrefutável. - Há uma coisa que o senhor ainda não entendeu parece-me. Não se trata de ganhar. Claro que vamos perder essa batalha. Trata-se de durar. De resistir. Dias, semanas. E de morrer de tal maneira que a nossa morte e o nosso sangue multipliquem o patriotismo dos Irlandeses até o tornar uma força irresistível. Trata-se de que, por cada um dos que morrermos, nasçam cem revolucionários. Não aconteceu assim com o cristianismo?


Quetzal, p. 406


Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Título: Último acto em Lisboa

Autor: Robert Wilson

De quem se fala: Robert Wilson nasceu em 1957. Licenciado pela Universidade de Oxford, trabalhou em navegação e publicidade em Londres e comércio em África. Vive numa quinta isolada em Portugal, apesar de passar parate do seu tempo em Espanha e em Inglaterra. É autor de vários romances, incluindo Último acto em Lisboa, com o qual obteve o prémio CWA Gold Dagger para o melhor romance policial de 1999, de A companhia de estranhos, e da tetralogia que se inicia com O cego de Sevilha e termina com A ignorância do sangue, a sua obra mais recente.

O que se diz: É fundado um banco português com capital de pilhagens nazis. Mais de meio século depois uma adolescente é assassinada em Lisboa. 1941. Klaus Felsen, o proprietário de uma fábrica em Berlim, é forçado a listar-se nas SS e a dirigir-se a Lisboa, cidade de luz, onde ao ritmo dos dias convergem nazis e aliados, refugiados e especuladores, todos dançando ao compasso do oportunismo e do desespero. A sua missão é infiltrar-se nas montanhas geladas do Norte de Portugal, onde se trava uma luta traiçoeira pelo volfrâmio, elemento essencial à blitzkrieg de Hitler. Aí encontra manuel abrantes, o homem que põe em movimento a roda de ambição e vingança que irá girar até ao final do século.

Está dito: O vento a subir os degraus, a assobiar por baixo da porta. O reunir de forças para desferir o golpe. Portas a bater dentro de casa, ao longe. O estouro. O estouro de uma melancia a cair sobre as lages. A casca despedaçada. A polpa cor-de-rosa. O cabelo loiro tingiu-se de vermelho. A linha do crânio estalou. A casca da árvore feriu-lhe um canto da testa. Os grandes olhos azuis comtemplavam o vale negro.

Gradiva, p.10


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Título: Os homens que amaram Evelyn Cotton

Autor: Frank Ronan

De quem se fala: Nasceu em 1963 na Irlanda. Os homens que amaram Evelyn Cotton ganhou o prémio Irish Times para a Literatura 1990.

O que se diz: "Uma estreia prodigiosa! "Times Literary Supplement

"Um romancista que compreende o amor. Frank Ronan é um anatomista do sentimento." The Times

Está dito: Estou apaixonado por Evelyn Cotton Há vinte e quatro anos e quatro meses menos oito dias. Fizemos amor duas vezes. A primeira foi há vinte e três anos. A segunda foi ontem. Será que isto faz desta uma história triste e de mim uma figura cómica?

Gradiva, p.5

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Título: Varjak

Autor: S F Said

De quem se fala: É um jovem escritor britânico. Varjak é a sua primeira narrativa.

Ilustrador: Dave McKean

De quem se fala: Ilustrador gráfico de renome, é autor de Coraline e a porta secreta, cujo texto é de Neil Gaiman. McKean é um nome muito conhecido entre os fãs de narrativas gráficas e de banda desenhada.

O que se diz: "Uma história sobre as descobertas das nossas verdadeiras capacidades, confiando nos instintos e em nós próprios...Ilustrações esmagadoras e acutilantes." Financial Times

"Numa história felina, o autor adopta arquétipos míticos e enquadra-os numa densa trama. (...) A narrativa é preenchida pelo suspense e tem um final verdadeiramente arrebatador." Publishers Weekly

Está dito: O elemento mais velho do clã Paw estava a contar uma história.
Era um dos melhores contos sobre Jalal. Varjak adorava ouvir as histórias que o avô contava acerca do seu famoso antepassado: como Jalal lutava com os gatos guerreiros mais ferozes, como fora o caçador mais enérgico, como Jalal deixara a Mesopotânia e viajara até aos confins da terra, indo mais longe do que qualquer gato alguma vez conseguira.

Gailivro, p. 9

Veja este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras


Título: Os brincalhões

Autor: Roddy Doyle

De quem se fala: Nasceu a 8 de Maio de 1958, em Dublin. Autor, entre outros de, As desventuras de Paddy Clarke recebeu o Booker Prize em 1993. Os brincalhões é o seu primeiro livro para crianças.

Ilustrador: Brian Ajhar

De quem se fala: É um famoso ilustrador, cujo trabalho já apareceu publicado em revistas muito prestigiadas como a Time, a Newsweek, a Forbes e a Rolling Stone.

O que se diz: Num dia como tantos outros, o senhor Mack caminhava alegremente para o seu trabalho de provador de bolachas, mas mal sabia ele o que o esperava... O senhor Mack estava precisamente a três passos de sofrer injustamente uma terrível (e malcheirosa) partida provocada pelos Brincalhões. mas quem são eles? São uma espécie de duendes que nunca ninguém viu ou ouviu falar.

Está dito: E então, o senhor Mack adorava o seu trabalho. As suas funções eram as de garantir que as bolachas tinham a porção certa de chocolate. E media-as para ter a certeza de que eram exactamente quadradas, quando se tratava de bolachas quadradas, ou que eram exactamente redondas, quando se tratava de bolachas redondas. mas o melhor de tudo, era que ele tinha de provar todas, isto é, não provava todas. Provava três de manhã e quatro à tarde, para se certificar que o seu sabor estava tal e qual como devia estar.

Presença, p.9

Veja este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

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