As nossas sugestões - Março 2011
Título: O sonho do celta
Autor: Mario Vargas Llosa
O que se diz: Relato da vida do irlandês Roger Casement, cônsul britânico no Congo belga, em inícios do século XX, que durante décadas denunciou as atrocidades do regime de Leopoldo II, cometidas contra os indígenas que trabalhavam na extracção da borracha. Amigo de Joseph Conrad (guiou-o numa viagem pelo Rio Congo revelando-lhe uma realidade mais tarde retratada no romance Coração das trevas). Depois de 20 anos em África, investiga e denuncia as condições de vida dos indígenas no Putumayo, na Amazónia peruana. Em 1911 decide deixar o Foreign Office e envolve-se na fundação dos Voluntários Irlandeses que lutam pela independência da Irlanda.
Está dito: O jovem Plunkett olhou-o longamente nos olhos e Roger pareceu detectar naquele olhar um sentimento de pena.
-Permita-me que lhe fale com franqueza, sir Roger - murmurou, por fim, com uma seriedade de quem se sabe possuidor de uma verdade irrefutável. - Há uma coisa que o senhor ainda não entendeu parece-me. Não se trata de ganhar. Claro que vamos perder essa batalha. Trata-se de durar. De resistir. Dias, semanas. E de morrer de tal maneira que a nossa morte e o nosso sangue multipliquem o patriotismo dos Irlandeses até o tornar uma força irresistível. Trata-se de que, por cada um dos que morrermos, nasçam cem revolucionários. Não aconteceu assim com o cristianismo?
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Título: Último acto em Lisboa
Autor: Robert Wilson
De quem se fala: Robert Wilson nasceu em 1957. Licenciado pela Universidade de Oxford, trabalhou em navegação e publicidade em Londres e comércio em África. Vive numa quinta isolada em Portugal, apesar de passar parate do seu tempo em Espanha e em Inglaterra. É autor de vários romances, incluindo Último acto em Lisboa, com o qual obteve o prémio CWA Gold Dagger para o melhor romance policial de 1999, de A companhia de estranhos, e da tetralogia que se inicia com O cego de Sevilha e termina com A ignorância do sangue, a sua obra mais recente.
Está dito: O vento a subir os degraus, a assobiar por baixo da porta. O reunir de forças para desferir o golpe. Portas a bater dentro de casa, ao longe. O estouro. O estouro de uma melancia a cair sobre as lages. A casca despedaçada. A polpa cor-de-rosa. O cabelo loiro tingiu-se de vermelho. A linha do crânio estalou. A casca da árvore feriu-lhe um canto da testa. Os grandes olhos azuis comtemplavam o vale negro.
Gradiva, p.10
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Título: Os homens que amaram Evelyn Cotton
Autor: Frank Ronan
De quem se fala: Nasceu em 1963 na Irlanda. Os homens que amaram Evelyn Cotton ganhou o prémio Irish Times para a Literatura 1990.
O que se diz: "Uma estreia prodigiosa! "Times Literary Supplement
"Um romancista que compreende o amor. Frank Ronan é um anatomista do sentimento." The Times
Gradiva, p.5
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Título: Varjak
De quem se fala: É um jovem escritor britânico. Varjak é a sua primeira narrativa.
Ilustrador: Dave McKean
Era um dos melhores contos sobre Jalal. Varjak adorava ouvir as histórias que o avô contava acerca do seu famoso antepassado: como Jalal lutava com os gatos guerreiros mais ferozes, como fora o caçador mais enérgico, como Jalal deixara a Mesopotânia e viajara até aos confins da terra, indo mais longe do que qualquer gato alguma vez conseguira.
Gailivro, p. 9
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Título: Os brincalhões
Autor: Roddy Doyle
De quem se fala: Nasceu a 8 de Maio de 1958, em Dublin. Autor, entre outros de, As desventuras de Paddy Clarke recebeu o Booker Prize em 1993. Os brincalhões é o seu primeiro livro para crianças.
O que se diz: Num dia como tantos outros, o senhor Mack caminhava alegremente para o seu trabalho de provador de bolachas, mas mal sabia ele o que o esperava... O senhor Mack estava precisamente a três passos de sofrer injustamente uma terrível (e malcheirosa) partida provocada pelos Brincalhões. mas quem são eles? São uma espécie de duendes que nunca ninguém viu ou ouviu falar.
Presença, p.9
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