AS NOSSAS SUGESTÕES - JUNHO 2007
Título: A melancolia do geógrafo
Autor: Brigitte Paulino-Neto
De quem se fala:
Brigitte Paulino-Neto nasceu em França, em 1953, de mãe francesa e pai português. Licenciada em Filosofia pela Sorbonne, passou alguns anos em Portugal como professora de Sociologia e de Francês, antes de se tornar jornalista do diário Libération. É actualmente redactora-chefe da revista Vogue. Em 1992 publicou uma obra sobre o coreógrafo Angelin Preljocaj, em colaboração com Jean Bollack, Ismail Kadaré e Roman Polanski. A melancolia do geógrafo, o seu primeiro romance, foi finalista do Prémio Médicis em 1994.
Autor: Brigitte Paulino-Neto
De quem se fala:
Brigitte Paulino-Neto nasceu em França, em 1953, de mãe francesa e pai português. Licenciada em Filosofia pela Sorbonne, passou alguns anos em Portugal como professora de Sociologia e de Francês, antes de se tornar jornalista do diário Libération. É actualmente redactora-chefe da revista Vogue. Em 1992 publicou uma obra sobre o coreógrafo Angelin Preljocaj, em colaboração com Jean Bollack, Ismail Kadaré e Roman Polanski. A melancolia do geógrafo, o seu primeiro romance, foi finalista do Prémio Médicis em 1994.
O que se diz:
“ (…) É um livro estranho, por vezes difícil, quase fisicamente incomodativo. É, também, um livro inesperado, porque não é apenas um livro que “se passa” em Portugal, é um livro sobre “o que é ser português” (pelo menos, “o que é ser português” entre os anos 60 e os anos 90). Além disso, é um livro magnífico…” Eduardo Prado Coelho in Público
Está dito:
“Ela não se rala com as botas sujas no chão acabado de lavar, desde que ele esteja contente. E sente o mesmo quanto aos salpicos à volta da bacia: ele está em sua casa; poderia entrar a cavalo.”
Edições ASA; 142 p.
“ (…) É um livro estranho, por vezes difícil, quase fisicamente incomodativo. É, também, um livro inesperado, porque não é apenas um livro que “se passa” em Portugal, é um livro sobre “o que é ser português” (pelo menos, “o que é ser português” entre os anos 60 e os anos 90). Além disso, é um livro magnífico…” Eduardo Prado Coelho in Público
Está dito:
“Ela não se rala com as botas sujas no chão acabado de lavar, desde que ele esteja contente. E sente o mesmo quanto aos salpicos à volta da bacia: ele está em sua casa; poderia entrar a cavalo.”
Edições ASA; 142 p.
Título: O mensageiro e outras histórias com anjos
Autor: Teolinda Gersão
De quem se fala:
Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tuebingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, docente na Faculdade de Letras de Lisboa e posteriormente professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa. A partir de 1995 passou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Foi escritora residente na Universidade de Berkeley em Fevereiro e Março de 2004 e conquistou os seguintes prémios literários: Prémio de Ficção do Pen Club em 1981 e 1989, Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 1995, Prémio da Crítica da Association Internationale des Critiques Littéraires em 1999, Prémio Fernando Namora em 1999 e Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2002.
O que se diz:
A morte, o amor, a revelação: situações limite, que figuras de anjos atravessam. Três histórias do sobrenatural? Não, ou pelo menos não necessariamente. O que nestas histórias nos deslumbra (ou nos perturba) é porventura apenas a descoberta do humano.
Está dito:
“Às vezes estendia as mãos sobre as chamas, até se queimar. A pele ficava vermelha e devia doer-lhe, mas ela nunca se queixava. Untava a mão com azeite, enrolava-a num lenço, voltava a sentar-se e continuava a olhar o fogo. Se eu me punha na frente ela não me via. Os olhos pareciam vazios, como se tivesse ficado cega de repente. Nunca sorria quando lhe sorriamos, nem se voltava para nós quando a chamávamos.”
Dom Quixote; 71 p.
Autor: Teolinda Gersão
De quem se fala:
Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, estudou Germanística e Anglística nas Universidades de Coimbra, Tuebingen e Berlim, foi Leitora de Português na Universidade Técnica de Berlim, docente na Faculdade de Letras de Lisboa e posteriormente professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa. A partir de 1995 passou a dedicar-se exclusivamente à literatura. Foi escritora residente na Universidade de Berkeley em Fevereiro e Março de 2004 e conquistou os seguintes prémios literários: Prémio de Ficção do Pen Club em 1981 e 1989, Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 1995, Prémio da Crítica da Association Internationale des Critiques Littéraires em 1999, Prémio Fernando Namora em 1999 e Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2002.
O que se diz:
A morte, o amor, a revelação: situações limite, que figuras de anjos atravessam. Três histórias do sobrenatural? Não, ou pelo menos não necessariamente. O que nestas histórias nos deslumbra (ou nos perturba) é porventura apenas a descoberta do humano.
Está dito:
“Às vezes estendia as mãos sobre as chamas, até se queimar. A pele ficava vermelha e devia doer-lhe, mas ela nunca se queixava. Untava a mão com azeite, enrolava-a num lenço, voltava a sentar-se e continuava a olhar o fogo. Se eu me punha na frente ela não me via. Os olhos pareciam vazios, como se tivesse ficado cega de repente. Nunca sorria quando lhe sorriamos, nem se voltava para nós quando a chamávamos.”
Dom Quixote; 71 p.
Título: Quase todas as mulheres
Autor: J. J. Armas Marcelo
De quem se fala:
J. J. Armas Marcelo nasceu em Las Palmas em 1946 e é licenciado em Filologia e Literatura Clássica pela Universidade Complutense de Madrid desde 1978. É autor de vários romances, da biografia de Mário Vargas Llosa El vicio de escribir e do ensaio Los años que fuimos Marilyn. Colabora regularmente com a imprensa, rádio e televisão, onde dirigiu durante quatro anos o programa Los libros, na TVE. Em 1998 obteve o Prémio González-Ruano de Jornalismo e, nesse mesmo ano, a Ordem de Miranda. Com Quase todas as mulheres ganhou o Prémio de Romance Ciudad de Torrevieja II.
O que se diz:
Quase todas as mulheres é um romance persuasivo, que atinge níveis de uma altíssima e fina sensualidade erótica, um relato absorvente que recria e homenageia a beleza feminina, a beleza do mar e a beleza das palavras. Um hino à mulher, à memória, à loucura de amar e à paixão de viver.
Está dito:
“ (…) aos sessenta anos continuava a adorar que a pele do seu corpo, apergaminhada pelo sol e o sal do mar da praia, exalasse um perfume de salitre muito pessoal. Semicerrava os olhos e viajava no tempo ao aspirar na memória o cheiro da praia infantil, até atingir em reminiscência quase a mesma sensação de criança.”
Dom Quixote; 351 p.
Autor: J. J. Armas Marcelo
De quem se fala:
J. J. Armas Marcelo nasceu em Las Palmas em 1946 e é licenciado em Filologia e Literatura Clássica pela Universidade Complutense de Madrid desde 1978. É autor de vários romances, da biografia de Mário Vargas Llosa El vicio de escribir e do ensaio Los años que fuimos Marilyn. Colabora regularmente com a imprensa, rádio e televisão, onde dirigiu durante quatro anos o programa Los libros, na TVE. Em 1998 obteve o Prémio González-Ruano de Jornalismo e, nesse mesmo ano, a Ordem de Miranda. Com Quase todas as mulheres ganhou o Prémio de Romance Ciudad de Torrevieja II.
O que se diz:
Quase todas as mulheres é um romance persuasivo, que atinge níveis de uma altíssima e fina sensualidade erótica, um relato absorvente que recria e homenageia a beleza feminina, a beleza do mar e a beleza das palavras. Um hino à mulher, à memória, à loucura de amar e à paixão de viver.
Está dito:
“ (…) aos sessenta anos continuava a adorar que a pele do seu corpo, apergaminhada pelo sol e o sal do mar da praia, exalasse um perfume de salitre muito pessoal. Semicerrava os olhos e viajava no tempo ao aspirar na memória o cheiro da praia infantil, até atingir em reminiscência quase a mesma sensação de criança.”
Dom Quixote; 351 p.
De quem se fala: John Le Carré nasceu em 1931. Após ter frequentado as Universidades de Berna e Oxford, foi professor em Eton e trabalhou durante Cinco anos no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O seu terceiro romance, o Espião que veio do frio, assegurou-lhe uma larga reputação, consolidada com a recepção que o público dispensou à sua trilogia de George Smiley, Tinker Tailor Soldier Spy, the Honourable Schoolboy e The Smiley’s People. O seu romance mais autobiográfico, Um espião Perfeito, foi seguido por Casa da Rússia, A Paz insuportável, O Peregrino Secreto, O Gerente da noite e O Nosso Jogo, todos publicados nesta mesma colecção. O Alfaiate do Panamá é o seu décimo sexto livro.
O que se diz: Harry Pendell é o carismático proprietário e anjo-da-guarda da Pendel & Braithwaite Limitada. Alfaiates Reais, anteriormente em Londres, por cujas portas passam todos os que são alguém na América Central. Andrew Osnard, gorducho e misterioso, antigo aluno de Eton, é um espião. A sua missão secreta é um pau de dois bicos: manter um olho observador sobre as manobras políticas que levaram à tomada americana do canal do Panamá e garantir para si próprio a imensa fortuna pessoal que até agora o tem rudemente iludido. (...)
Está dito: “ estava uma tarde de sexta-feira perfeitamente normal lá no Panamá, país tropical, até Andrews Osnard irromper pela alfaiataria de Harry Pendel e pedir que lhe tirassem as medidas para um fato. Quando ele entrou, Pendel era uma pessoa. Quando saiu, era outra.”
Dom Quixote; 400 pág.
Título: Mulher em branco
Autor: Rodrigo Guedes de Carvalho
De quem se fala:
Rodrigo Guedes de Carvalho é jornalista. Nasceu em 1963, no Porto. Em 1997 recebeu o Prémio Especial do Júri do Festival Internacional FIGRA, em França, com uma Grande reportagem sobre urgências hospitalares. Estreou-se na ficção com o romance Daqui a Nada (1992) vencedor do Prémio Jovens Talentos da ONU.
Em 2005 publicou o seu segundo romance A Casa Quieta que em menos de um ano esgotou várias edições. Foi co-argumentista do tele-filme Alta Fidelidade exibido na SIC, e argumentista da longa-metragem Coisa Ruim, filme que mereceu honras de Abertura Oficial do Fantasporto 2006. É ainda autor da peça de teatro Os Pés no Arame, levada à cena em Lisboa em 2002.
O que se diz:
Uma criança desaparece. Estava à guarda do pai. O choque da notícia atira a mãe para um abismo de amnésia. Sem memória, é incapaz de chorar um filho que não sabe que tem. Como podemos continuar a viver se caminhamos vazios. E há um homem que arranja uma amante enquanto visita a mulher no hospital. Ladrões que roubam cinzas de uma morta. Há as maldades desumanas do amor, um sopro pérfido que o diabo sussurra aos ouvidos. Em fundo, a irracional violência do divórcio. A bestialidade das palavras que atiramos uns aos outros como pedras. Uma mulher que espera ainda e sempre, à janela. Porque o coração é um bicho e não ouve. E uma pergunta a que não se ousa responder: Para onde vão os amores que foram um dia?
Está dito:
“E em tua volta todos parecem saber quem és. De onde vens, quem foste. Antes. Sabem-te da vida. Que amaste, que procriaste. Tens um filho, saberás tu disto. Mas tu não. Daí não perceberes, ao olhares a tua amiga que te segue, se deves chorar ou rir. Nada dentro de ti te conduz. De quem seriam as fotografias, que ingénuos apagaram como se não visses. Tu? Serias tu antes? Aquela que não recordas? Estarias só, serias nova (…). Haveria por aí alguém por quem darias a vida?”
Dom Quixote; 295 p.
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