segunda-feira, 12 de julho de 2010

As nossas sugestões

Título: Ética Para um Jovem
Autor: Fernando Savater

De quem se fala:
Fernando Savater nasceu em San Sebastián em 1947. Catedrático de Ética na Universidade Complutense de Madrid, é autor de uma vasta obra que abarca o ensaio, a narrativa e o teatro. Entre outros galardões, recebeu o Prémio Francisco Cerecedo da Associação de Jornalistas Europeus e o Prémio Sakharov de Direitos Humanos.

O que se diz:
Nada menos supérfluo do que ensinar as opções e os valores da liberdade se queremos educar seres humanos livres. Mas como falar de ética aos adolescentes, sem incorrer na simples crónica das ideias morais ou no doutrinamento casuístico sobre questões práticas? Pensado e escrito para ser lido por adolescentes, Ética para Um Jovem explica, numa linguagem clara, profunda e ao mesmo tempo divertida, do que trata a Ética e de como a podemos aplicar à nossa vida quotidiana para tentarmos viver da melhor maneira possível connosco e com os outros. Um livro que convida o leitor a reflectir e a colocar novas questões sobre a liberdade de escolha, a responsabilidade, o valor da amizade, o amor, o respeito, a posse, o poder. Com exemplos ilustrativos que vão dos clássicos gregos a Citizen Kane, cada capítulo finaliza com citações de escritores como Erich Fromm, Martin Buber, Daniel Defoe e Octavio Paz. Um livro indispensável tanto para jovens como para pais e professores.

Está dito:
“Vou recordar-te rapidamente onde estávamos. Ficou claro que há coisas que nos convêm para viver enquanto outras não, mas nem sempre é claro que coisas são as que nos convêm. Embora não possamos escolher o que nos acontece, podemos, em compensação, escolher o que fazer perante aquilo que nos acontece. Modéstia à parte, o nosso caso parece-se mais com o de Heitor do que com o das térmitas beneméritas…. Quando decidimos fazer alguma coisa, fazemo-lo porque preferimos fazer isso a outra coisa, ou porque preferimos fazer isso a não o fazer. Conclui-se então que fazemos sempre o que queremos? Alto aí, não é bem assim.

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

Título: O Sal da Terra
Autor: Miguel Real

De quem se fala:
Nasceu em Lisboa, em 1953. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e Mestre em Estudos Portugueses, pela Universidade Aberta, com uma tese sobre Eduardo Lourenço. Especialista em cultura portuguesa, Miguel Real é, actualmente, professor de Filosofia e colaborador do Jornal de Letras, onde faz crítica literária. Da sua obra fazem parte o ensaio, o romance, o teatro e a filosofia.Recebeu o Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB em 1979 (O Outro e o Mesmo), o Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE/IPLB em 1995 (Portugal – Ser e Representação), o Prémio LER/Círculo de Leitores em 2000 (A Visão de Túndalo por Eça de Queirós) e o Prémio Literário Fernando Namora em 2006 (A Voz da Terra).

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O que se diz:
O Sal da Terra narra a vida aventurosa do Padre António Vieira, sobretudo na Bahia e na Amazónia, entre as tribos tupis, privilegiando os sentimentos do homem em detrimento das teorias do pensador. Nele se realçam a sua esperança no advento do Quinto Império no ano de 1666, a sua prisão pelo Tribunal do Santo Ofício, a amizade com o rei D. João IV, a intimidade com Mundé - o tupinambá que o seguia para todo o lado - e ainda a tolerância para com vó Sefina, uma mãe-de-santo mandingueira. Neste maravilhoso romance sobre uma das mais emblemáticas figuras da literatura nacional, assistiremos a uma vida farta de sonhos nacionalistas até ao ano de 1667 e carregada de desilusões até à morte do protagonista, trinta anos mais tarde. Em vida apenas admirado como pregador, Padre António Vieira a si próprio se vê como o português mais fracassado de todos os tempos - nada do que sonhara se cumpriu, todas as suas profecias se frustraram, todos os seus planos políticos se goraram e toda a sua glória foi póstuma.

Está dito:
“Roupas enxovalhadas, emporcalhado de três meses de mar, crânio raspado à navalha, efeito de uma praga de piolhos, que poupara a mãe, António Vieira, seis pequeninos e magrinhos anos, elevando-se sobre um escano, contemplava, da amurada da nau fundada em Iaparica, o rendilhado da costa de são Salvador, distinguido, no enlevo recortado da Baía, as duas cidades na ciade, a de baixo e a de cima, ligadas por três ladeiras.”

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras


Título: A ilha dos jacintos cortados
Autor: Gonzalo Torrente Ballester

De quem se fala:
Escritor espanhol, Gonzalo Torrente Ballester nasceu a 13 de Junho de 1910, numa pequena aldeia da Galiza (Los Corrales de Serantes, em El Ferrol), mas sempre sentiu que tinha nascido na Idade Média de tal modo foi a sua imaginação influenciada pelas lendas rurais. Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade de Santiago de Compostela e, posteriormente, em Direito e Ciências. Deu aulas em institutos de diversas cidades espanholas, sempre contagiando os alunos com o seu amor pela literatura, nomeadamente por Cervantes e pela figura de D. Quixote. Casou duas vezes. Teve onze filhos, escreveu mais de vinte livros e tinha uma biblioteca com cerca de 12 000 volumes. Em 1977 ingressou na Real Academia mas foi quando a sua trilogia Los gozos y las sombras (Os Prazeres e as Sombras, publicada entre 1957 e 1962) foi transformada numa série de televisão que ele se tornou reconhecido em toda a Espanha. Em 1991, também Crónica del rey pasmado (Crónica do Rei Pasmado, 1989) viria a ser adaptado ao cinema para o filme realizado por Imanol Uribe.
Numa entrevista cerca de um ano antes de morrer afirmou: "Tive a sorte de ser dos poucos que conseguiram ver as duas faces da lua". Com efeito, a sua obra, irónica e original, sempre soube combinar, por um lado, a luz e a sombra, e, por outro, a racionalidade e a imaginação que o fazia encarar a realidade e o quotidiano como muito mais fantásticos que qualquer ficção. Veio a falecer no dia 27 de Janeiro de 1999.

O que se diz:
A Ilha dos Jacintos Cortados” é uma “carta de amor com interpolações mágicas”, como o próprio autor define numa espécie de subtítulo. O romance traz para o conjunto da obra do autor a novidade do erotismo e da melancolia; um erotismo isento de pornografia, uma melancolia sem sentimentalismo. A prosa de Torrente Ballester mostra-se aqui na sua dupla condição ou estilo de barroquismo e simplicidade, segundo os materiais, de acordo com espírito.Há duas histórias: a do amor e uma outra, difíceis de classificar porque ambas se separam com decidida veemência tanto dos caminhos já trilhados quanto das fórmulas de vanguarda, sempre em busca das técnicas mais adequadas aos materiais que utiliza. Se uma destas histórias cativa, a outra diverte, e como estão endemoniadamente misturadas, emoção e diversão é a dupla promessa que pode ser feita ao leitor.

Está dito:
"Não interessa recordar que impedimentos atrasaram a nossa viagem, mas, por fim, chegámos; trouxeste-me no teu carro até ao cais, e remaste depois, rindo, enquanto eu me divertia à tua custa: queria recordar o teu nascimento nas margens de um mar glorioso, e que as águas de um lago não muito grande, embora sendo tão bonito como este nosso (onde, segundo me contaste uma vez, vens patinar no Inverno), são apenas arremedo daquelas outras, azuis, apesar de cinzenta às vezes, e nem sempre tranquilas, que te embalaram com a sua canção antiga, e às quais não queres voltar, nunca quis saber porquê, talvez pelo receio de que esse canto se tenha calado sempre, ou pelo medo que tens de recuperar, de nunca perder, esses monstros da tua infância de que às vezes te lembras e que te fazem estremecer; meros fantasmas, fazem-te tremer …"

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Título: A mulher certa
Autor: Sándor Márai

De quem se fala:
Sándor Márai (n.1900, Hungria) passou um período de exílio voluntário na Alemanha e em França durante o regime de Horthy, nos anos 20, até que abandonou o seu país emigrando para os EUA, em 1948, com a chegada do regime comunista. A subsequente proibição da sua obra na Hungria fez cair no esquecimento quem nesse momento era considerado um dos escritores mais importantes. Foi preciso esperar até à queda do regime comunista, para que este extraordinário escritor fosse redescoberto no seu país e no mundo inteiro.

O que se diz:
Em Budapeste uma mulher conta a uma amiga como descobriu o adultério do seu marido. Por outro lado, um homem confessa a um amigo como abandonou a sua mulher por outra, e uma terceira mulher revela ao seu amante como se casou com um homem endinheirado para sair da pobreza. Três vozes, três pontos de vista, três sensibilidades diferentes desvendam uma história de paixão, mentiras e crueldade.

Está dito:
Depois, o que aconteceu?... Nada, meu velho. Coisas deste género, como eu tornar-me escravo de Áldozó Judit, não “acontecem” como nos romances ou no teatro. Os acontecimentos decisivos na vida de uma pessoa amadurecem com o tempo, logo, muito lentamente. Não têm uma verdadeira trama. Vive-se… e nisso reside a trama dos factos mais importantes da nossa vida.

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras


Título: O olho do mundo
Autor: Robert Jordan

De quem se fala:
Robert Jordan, nasceu em 1948 em Charleston, na Carolina do Norte, onde ainda vive com a mulher numa casa construída em 1797. Formou-se em Física no Military College of South Carolina. Serviu na guerra do Vitname e foi condecorado com a Cruz da Guerra. Desde cedo que o mundo do Tolkien o fascinou e influenciou e o fez sonhar com a escrita de uma saga onde o mundo de Tolkien e o seu próprio universo se misturassem.

O que se diz:
Pedra de Tear, invulnerável fortaleza lendária, caiu. As amigas do Tenebroso tentam que tudo e todos caminhem para as trevas. Ran al'Thor, o homem proclamado o Dragão Renascido, consegue apoderar-se de Calandor, a Espada que não é Uma Espada, para ajudar a combater o mal. Mas as sombras ganham força e Rand terá de encontrar a Fonte Derradeira, corrompida pelo Tenebroso que acarreta perigos terríveis, um poder que o poderá levar à loucura e servir o Grande Senhor das Trevas, mas é a única saída para evitar uma calamidade.

Está dito:
Depois, o que aconteceu?... Nada, meu velho. Coisas deste género, como eu tornar-me escravo de Áldozó Judit, não “acontecem” como nos romances ou no teatro. Os acontecimentos decisivos na vida de uma pessoa amadurecem com o tempo, logo, muito lentamente. Não têm uma verdadeira trama. Vive-se… e nisso reside a trama dos factos mais importantes da nossa vida.

Ver este título no catálogo das Bibliotecas Municipais de Oeiras

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