quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Livros Proibidos - Ciclo de Conversas. "Cândido ou o Otimismo", de Voltaire. Com Frei Bento domingues

Logo mais à noite, às 21H30, terá lugar, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras mais uma sessão do projeto Livros Proibidos, sobre um texto incontornável: Cândido, de Voltaire. Pela voz e olhar do carismático Frei Bento Domingues.

Cândido, é um texto publicado em 1759, um dos vários que foram escritos também em consequência do terrível terramoto de Lisboa, em 1755, uma das cidades à época mais prósperas, com um importante porto comercial. É considerado a obra-prima de Voltaire e conta a história de um jovem e o seu tutor, o Professor Pangloss, um otimista cuja mantra é "tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis". Um dos poucos livros sobre o otimismo escrito por um pessimista irreverente. O nosso autor, considerado um homem forte das Luzes, desenvolve ao longo do texto, com um registo sarcástico e humorístico, uma crítica a esta máxima ingénua de Leibniz, procurando refletir sobre conceitos como razão, arbitrariedade, o mal e/ou o bem... Conceitos estruturantes da nossa identidade e também uma certa conceção de corpo e do modo de ser humano (crítica aos lugares do poder e da religião organizada e respetivas punições corporais, verdadeiros obstáculos ao exercício crítico e do livre exame da razão). Grande defensor da liberdade é também conhecido pelos seus slogans como "Écrasez l' infâme", expressão com que assinou muitas das suas cartas. No final desta história, este Cândido de Voltaire, depois de ter passado por tantos tormentos e dificuldades, depois da sua amada, Cunugendes, ficar feia e gorda, dedica-se ao cultivo da sua horta, ao lado da sua mulher e da Velha, referindo que o trabalho evita três grande males: o vício, a necessidade e o tédio. Aliás, a enigmática última frase do texto - "devemos é cultivar o nosso jardim" - valeu dezenas de interpretações diferentes ao longo dos tempos. Um livro intemporal e que continua atual, não fosse Voltaire um dos maiores atores sociais e políticos de todos os tempos e que viveu numa época de viragem conhecida como o Século das Luzes.


Informações
214406330



quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Colóquio "Rios de Lama"


«Rios de Lama – Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras»
Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
25 de novembro de 2017

Transporte-Algés/Oeiras-9:00H Saída de Algés-Regresso às 17:30H
Local - Junto às Bibliotecas Municipais de Algés e Oeiras

PROGRAMA

9:30H-Receção aos participantes
9:45H-Sessão de Abertura - Representantes do Município de Oeiras
10:00H-O projeto cidadão «Cheias’67» – Grupo Histórias de Vida (GHV)
10:20H-«Historiar as catástrofes – a história oral, a memória e a representação» – Ana Delicado, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
10:40H-Pausa para café
11:10H-Estudos sobre cheias I –  «As cheias de 1967 – Um olhar geográfico» –  Paulo Gameiro, Ciência Cidadã, GHV
11:30H-Estudos sobre cheias II: «Gerir os rios: debates e iniciativas para controlar as inundações (séculos XIX-XX)» – Dulce Freire, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
11:50H-Estudos sobre cheias III: «A explosão do paiol do Carrascal, o boato e o pânico da população» – Helena Abreu, Ciência Cidadã, GHV
12:10H-Debate
13:00H-Almoço livre
14:30H-Mesa-redonda  «Lembrar as cheias: em torno do testemunho oral»
              Moderador – Helena Lopes, Jornalista
              - Testemunho filmado – Elisabeth Aguardela, GHV
             - As coleções Gulbenkian no Palácio Pombal – Maria Manuela Mota, antiga Conservadora  do Museu Calouste Gulbenkian
            - O movimento estudantil no rescaldo da catástrofe – Diana Andringa, Jornalista e ex-dirigente académica
16:30H-Lançamento da obra «As “Gotas de Ar Frio” que Inundaram a Grande Lisboa —Memória  as Cheias de 1967 — O Concelho de Oeiras», de Ana Paula Torres, Ciência Cidadã, GHV
17:30H-Encerramento dos trabalhos

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dia Nacional do Pijama

Hoje é o Dia Nacional do Pijama... 20 de novembro! Neste dia as crianças pequenas são convidadas a ir para as escolas de pijama...


E vieram-nos visitar... Nas Bibliotecas Municipais de Oeiras, contaram-se e ouviram-se histórias de pijama.


Para saber mais sobre esta causa, clique:
http://www.mundosdevida.pt/_O_que_e_o_Dia_Nacional_do_Pijama







quinta-feira, 16 de novembro de 2017

As nossas sugestões...lilás, rosa e violeta

Este mês desafiamo-lo a ler um livro cuja capa seja lilás, rosa ou violeta:

Ana Karenina parece ter tudo - beleza, dinheiro, popularidade e um filho adorado. Mas sente um vazio na sua vida até ao momento em que conhece o arrebatador conde Vronsky. A relação que em breve se inicia entre ambos escandaliza a sociedade e a família, e traz no seu encalce ciúme e amargura. Em contraste com esta história de amor e autodestruição, encontramos Konstantin Levin, um homem em busca da felicidade e de um sentido para a sua vida.
Neste romance os leitores poderão ler a história de um estranho hoteleiro, do seu enigmático hotel, de uma passagem secreta e em tempos obstruída, do vício pouco ortodoxo de que o hoteleiro é vítima e cúmplice, das duas mulheres com as quais mantém relações ambíguas, da perplexidade ou inocência dos hóspedes. Mas a vida de Joaquim Heliodoro não é linear, a sua história cruza-se com arquitetura, curiosidade e pornografia, bem como com os problemas que daí derivam ou aí conduzem. Prémio Pen Club 2015.

Winston Smith é funcionário do Ministério da Verdade, onde se dedica a "corrigir" os factos históricos ao sabor das conveniências do Partido. Porque "Quem controla o passado, controla o futuro: e quem controla o presente, controla o passado", como diz o slogan partidário. Mas Winston Smith corre um grave risco, porque a sua memória ainda funciona. E ele sabe que a imagem do Estado e do Partido são uma ficção, que os cidadãos são controlados através da mentira. E a Polícia do Pensamento, que quase consegue ler a mente dos indivíduos, sabe que ele sabe. E ainda por cima Winston apaixona-se por Júlia, um amor que é proibido. Entra então para uma organização que se chama a Irmandade, para combater o Partido. No entanto, como Deus, o Grande Irmão é omnipresente e vê-nos onde quer que estejamos, sejam momentos públicos ou íntimos...

Muito mais do que um romance de amor e aventuras… Um marinheiro sem barco, desterrado do mar, conhece uma estranha mulher, que possui, talvez sem o saber, a resposta a perguntas que certos homens fazem desde há séculos. Arturo Pérez-Reverte, o autor espanhol contemporâneo mais lido no mundo inteiro, leva-nos, na companhia de Coy e Tanger, à procura do Dei Gloria, um bergantim que há mais de duzentos anos repousa nas águas profundas do Mediterrâneo. De Barcelona a Madrid, de Cadiz a Gibraltar, ao longo das costas de Cartagena, o objectivo é sempre um tesouro fabuloso, que talvez contenha a resposta a um dos grandes enigmas da história de Espanha. Nunca o mar e a História, a aventura e o mistério, se tinham combinado de um modo tão extraordinário. De Melville a Stevenson e Conrad, de Homero a Patrick O’Brian, toda a grande literatura escrita sobre o mar lateja nas páginas desta história fascinante e inesquecível, assinada por um grande autor ibérico de projeção internacional.
Vicky Rai, um playboy filho de um influente político indiano, mata a jovem Ruby num restaurante em Nova Deli apenas porque ela recusa servir-lhe uma bebida. Sete anos depois, Vicky é julgado e absolvido pelo seu crime. E decide celebrar com uma festa de arromba. Mas esta festa vai ter um final inesperado quando Vicky é encontrado… Morto.Entre os 300 glamorosos convidados, a polícia encontra seis pessoas estranhas e deslocadas naquele meio, todas elas com algo em comum. Cada um deles teve motivos mais do que suficientes para premir o gatilho. Inspirado em acontecimentos reais, o muito aguardado segundo romance de Vikas Swarup é um livro de leitura compulsiva que oferece um olhar perspicaz sobre a alma e coração da Índia contemporânea.

Maria: foi recentemente abandonada pelo seu companheiro. Raquel: deixou o seu amante, um homem casado. Elsa: vive traumatizada por uma violação. Susi: a morte do irmão deixou-a sem perspetivas. Quatro mulheres sós, sem companheiros românticos, sem filhos, longe das famílias. Através das suas histórias cruzadas, emerge o retrato de uma cidade em que toda a gente parece conhecer-se, mas onde de facto, cada ser vive no anonimato da sua identidade, e dos seus sentimentos. Com este misto de crueldade e humor que marcara os seus romances anteriores - Amor,curiosidade e dúvidas e Beatriz e os corpos celestes - a autora interroga os tradicionais papéis femininos e a sua validade neste nosso presente. Das relações entre mulheres à pseudo guerra dos sexos, Lucía Etxebarria desmonta a lógica (ou a falta dela) na nossa existência urbana. No fundo do túnel, há talvez uma nova forma de redenção. Mas por um preço.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Formação na Biblioteca Municipal de Algés: Introdução ao Google Earth


terça-feira, 14 de novembro de 2017

Livros Proibidos - Ciclo de Conversas. A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende. Com a atriz Maria João Luís.

É já amanhã, dia 15 de Novembro, às 21H30 que terá lugar a sexta sessão do projeto Livros Proibidos, desta feita dedicada à obra de Isabel Allende, A Casa dos Espíritos. Pelo olhar da atriz Maria João Luís e a moderação de Maria Flor Pedroso.

A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende é uma daquelas obras marcantes no imaginário e universo de qualquer leitor do mundo. Um texto de riqueza literária notável, onde as personangens femininas são estranhos anjos que acordam ao amanhecer e que se revelam ou não aos simples mortais. Entidades quase incorpóreas que não se demoram na simples temporalidade do quotidiano, mas acabam por ganhar uma dimensão poética, num outro plano onde se concretizam. A razão da sua inclusão num painel de Livros Proibidos dedicado ao tema Corpo e Identidades prende-se também com a riqueza e complexidade deste universo feminino que atravessa várias gerações da família Trueba. Os nomes são já e por si só simbólicos e metafóricos desta realidade: Nívea, a claravidente Clara, a estranhamente bela Rosa ou Alba. São personagens inesquecíveis, transcendentais ou até mesmo viciantes para o universo masculino que, num contexto de uma sociedade patriacal, não as consegue dominar. Elas estão muito para além deles… Por outro lado, trata-se de um texto escrito pela nossa autora durante o seu exílio forçado, na exuberante Venezuela da década de 80 e que tem no seu enredo ingredientes simultanemanete reais e ficcionados sobre a revolução socialista chilena (com um dos grandes protagonistas Salvador Allende, primo de seu pai,  e o golpe de estado de Augusto Pinochet com a subsequente ditadura que se instalou no Chile). Foram, de resto, estes acontecimentos e a herança do nome Allende que obrigaram a nossa autora a sair da sua pátria, onde tinha toda a sua vida estabelecida, e iniciar uma diáspora que só terminaria aquando do restabelecimento da democracia no seu país. Por tudo isto, A Casa dos Espíritos seria obrigatoriamente um texto a revisitar, não só pelo encantamento, densidade e complexidade das suas personagens que se tornam numa marca difícil de esquecer, mas por constituir um daqueles casos de sucesso literário e de vendas, ajudando a contextualizar alguns dos acontecimentos mais importantes chilenos e que se inscrevem na tentativa humana de lutar sempre por um mundo melhor, com mais oportunidades para todos e mais justiça. O percurso da nossa autora, que é já longo, fala bem sobre todas as causas que já abraçou e aventuras que vivenciou. Porque não se pode contar a história sem viver dentro dela. Depois, e naturalmente, pela enorme capacidade que tem em manejar as palavras, que brotam dentro dela como sementes lançadas em terra fértil. Uma vocação que não se explica...
Consultar o Guião de Leitura

"A casa das Tias"- com Cristina Serôdio


No dia 15 de Novembro (quarta-feira) a Biblioteca Municipal de Algés promove uma sessão com a escritora Cristina Almeida Serôdio que irá falar-nos sobre o seu primeiro romance  «A casa das Tias».
«Uma acidentada herança dá a M. a casa das tias solteiras, irmãs do avô, que visitava nos Setembros da sua infância. A visita à casa fechada há muitos anos e a passagem pelos seus lugares privados faz-se na companhia de uma velha amiga de escola, que a pedido de M., a partir do que ouve e vê, inventa e compõe uma história de família.
Como pequenas partes de um espelho estilhaçado que reflete uma realidade multifacetada, assim se constrói este livro, com pequenos retratos, breves descrições, episódios passados entre figuras da casa, o tempo e os dias na aldeia e na cidade.».
Não deixe de vir esta sessão.
Sessão aberta ao público em geral.






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

"Rios de Lama - Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras"

COLÓQUIO
"Rios de Lama - Evocar as Cheias de Novembro de 1967 em Oeiras"
Um colóquio proposto e organizado pelo Grupo Histórias de Vida, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, através do Departamento de Cultura e Promoção do Conhecimento, da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras e do Arquivo Municipal de Oeiras, em parceria com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
25 NOVEMBRO. SÁBADO. 9H30 ÀS 17H30
Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
INFORMAÇÕES
BMAlgés, tel.: 210 977 480/81

ENTRADA LIVRE

Transporte: Algés/Oeiras - 9h00 saída de Algés e regresso às 17h30
Local: Junto às Bibliotecas Municipais de Algés e Oeiras

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Desafio Literário Novembro

Este mês desafiamo-lo a ler um livro de Ficção Científica e uma Biografia:
No início de Agosto de 1966, García Márquez e Mercedes foram aos correios enviar o manuscrito terminado de Cem Anos de Solidão para Buenos Aires. Pareciam dois sobreviventes de uma catástrofe. O embrulho continha 490 páginas dactilografadas. O funcionário que estava ao balcão disse: «Oitenta e dois pesos.» García Márquez observou Mercedes a procurar o dinheiro na carteira. Tinham apenas cinquenta pesos, e só puderam enviar cerca de metade do livro: García Márquez pediu ao homem que estava do outro lado do balcão para tirar folhas como se fossem fatias de toucinho fumado, até os cinquenta pesos serem suficientes. Voltaram para casa, empenharam o aquecedor, o secador de cabelo e o liquidificador, regressaram aos correios e enviaram a segunda parte. Ao saírem dos correios, Mercedes parou e voltou-se para o marido: «Hei, Gabo, agora só nos faltava que o livro não prestasse.»
Na juventude, Leonardo era excepcionalmente belo e na velhice tinha o rosto de um sábio vergado pela tensão daquilo que aprendera sobre o Universo. Era um homossexual vegetariano, filho ilegítimo que recebeu muito pouca educação formal e foi excluído de quase todas as profissões devido Às circunstâncias do seu nascimento. Era um amontoado de contradições e conflitos, um homem que raramente concluia uma incumbência, muito viajada para a época em que viveu, um homem que queria viver a vida intensamente e chegar à raiz de todos os fenómenos, explicar todas as coisas, fazer tudo o que fosse possívele registar tudo o que testemunhasse.Mas quem foi Leonardo? O homem do Renascimento - cidadão do mundo - Leonardo, o Génio. Epítetos gravados hoje na nossa mente ao revermos a obra quase inumana que Leonardo nos legou. Observamos hoje Leonardo em quase tudo o que fazemos ou pensamos. Mas quem foi Leonardo? Homem da Ciência? Das Artes? Do Pensamento? Da Engenharia? Da Arquitectura? Da Óptica? Da Medicina? Do Futuro? Como pôde um homem ser tantas coisas em tão pouco tempo? Como pôde ele descobrir teorias que só séculos mais tarde seriam redescobertas e aplicadas?
Neste livro, as suas ideias científicas têm prioridade. Viajamos com ele nas suas máquinas pelas cidades do seu tempo, conhecemos a história das caras por trás dos seus quadros, suas amizades, seus medos. Leonardo, homem de um pensamento tão vasto que do renascimento se estende até hoje.
Marco António, o homem mais poderoso de Roma, e Cleópatra, a sedutora rainha do Egito, são, sem sombra de dúvida, personagens da maior estória de amor da nossa História. Inspiraram arte, filmes, literatura e o seu dramático romance foi contado e recontado ao longo dos tempos. Juntos viveram num ambiente de luxo e esplendor, lutaram pelo sonho de um império e perderam tudo na mítica batalha de Actium. Passados mais de dois mil anos sobre o seu espetacular suicídio, António e Cleópatra continuam a despertar curiosidade. Adrian Goldsworthy, autor de Os Generais Romanos e César, tendo por base fontes antigas e evidências arqueológicas, conta-nos a verdadeira história destas duas figuras, pensadas no seu tempo e na sua cultura. Este historiador vai atrás dos factos por detrás das lendas e mitos, para nos revelar que António não era afinal um simples soldado, aliás tinha pouca experiência militar, mas sim um homem nascido numa família aristocrata, com grande habilidade política. E Cleópatra, a bela e ambiciosa rainha, não era egípcia, mas sim grega. Falava grego, vestia-se como grega, mas sabia que só uma aliança a Roma a poderia colocar perto do poder. No seu caso seduzindo e tornando-se amante de César, primeiro imperador de Roma, e de Marco António. Os dois homens mais poderosos do seu tempo.Os dois homens mais poderosos do seu tempo. A história de António e Cleópatra que vai ler ao longo destas páginas pode não ser a história que imaginou, mas o autor assegura-nos que é ainda mais fascinante e dramática. A história de uma paixão, de guerra e ambição, uma história de dois animais políticos, numa época em que o mundo estava em profunda mudança.
E agora algo completamente diferente… Em 1969, seis Ingleses (bem, um era Galês e outro um Americano intrometido) juntaram-se para criar um programa de televisão sobre um agente teatral sem escrúpulos, desonesto e francamente asqueroso, chamado Monty Python. O Monty Python’s Flying Circus mudou a face da comédia televisiva e agora, mais do que há quatrocentos anos atrás (bem, de facto, trinta anos e mais um bocado), as pessoas continuam a falar sobre ele. Aqui está, nas suas próprias palavras e nos extractos dos diários pessoais, a história completa dos Monty Python. O livro relata a vida dos cómicos ingleses que abriram os sentidos do mundo não só para a comédia, mas também para alguns temas importantes da sociedade moderna: como trocar papagaios mortos; piadas enquanto armas mortíferas; canibalismo em agências funerárias; a presença de cangurus na Última Ceia.
"Actualmente, quase todos os historiadores rejeitam a tese de um Viriato nascido e criado nas montanhas. Os traços da sua personalidade, recolhidos a partir das obras de autores antigos, apresentam-no como um homem sóbrio, enérgico, justo e fiel à palavra dada, desprezando em absoluto o luxo e o conforto e, sobretudo, como um excelente estratega militar, levam-nos a concluir que se tratava de um vedadeiro político, o indiscutível chefe militar dos lusitanos e defensor da sua liberdade, e não de um rude pastor das montanhas. Apresentar Viriato como o defensor de uma certa unificação militar e política contra o poder de Roma e como possível criador de uma monarquia na Lusitânia - cujo território não formava uma unidade  social ou política - é talvez exagerado. Mas, a verdade é que a acção de Viriato, tanto militar como diplomática, fez com que todos os povos vizinhos se mobilizassem contra Roma sob o seu comando e direcção. Viriato foi o primeiro lusitano no comando de um grupo de guerreiros composto por pessoas de diversas tribos e durante os oito anos que duraram as suas campanhas não houve nenhum caso de indisciplina entre as tropas. Facto surpreendente por se tratar de um «exército bárbaro», como diriam os romanos." Mauricio Pastor Muñoz In Introdução
A Guerra Mundial de 1992 d. C. deixara a Terra devastada. Através das suas ruínas o caçador de prémios Rick Deckard caminhava sorrateiro à procura da sua presa - um andróide renegado. Quando não os estava a «retirar» com o seu laser, Deckard sonhava em possuir um animal vivo – o último símbolo de status num mundo completamente privado de vida não humana. Num dia gélido de Janeiro, Rick viu a sua oportunidade. Estava destacado para matar seis andróides Nexus – 6. Mas, no seu mundo, as coisas, nunca eram assim tão simples. A sua nomeação depressa se transformou num caleidoscópio de pesadelo, subterfúgio e fraude – e na ameaça de morte que pairava mais sobre o caçador do que sobre os caçados.
A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, é não só uma das obras fundadoras da moderna ficção científica (juntamente com alguns outros livros do mesmo autor, e com quase todos os romances de Jules Verne), como foi ainda o romance que Orson Welles utilizou para a genial criação radiofónica que lançou o pânico nos EUA, com multidões inteiras a convencerem-se de que os marcianos tinham de facto chegado à Terra. Este livro pode ler-se como uma simples fantasia: a história de uma guerra com um final ao menos temporariamente, feliz. Ou pode pensar-se no contexto em que foi escrita (1898), numa altura em que o Mundo Ocidental pressentia que uma boa parte do que tinha sempre tido por imutável e seguro estava de facto a chegar ao fim. Em qualquer caso, e seja qual for a perspectiva do leitor, A Guerra dos Mundos não deixará de ser por todos considerada como uma narrativa verdadeiramente apaixonante.
O Marte de Bradbury é um lugar de esperança, sonhos e metáfora — colunas de cristal e oceanos de fóssil — onde uma fina poeira cai sobre as grandes cidades desertas de uma civilização silenciosamente destruída. É lá que os invasores chegam para pilhar e comercializar, crescer e aprender — primeiro, um fio de água, depois uma torrente, a correr de um mundo sem futuro para uma promessa de amanhã. O Homem da Terra conquista Marte... e depois é conquistado por ele, aquietado por mentiras, perigos de conforto e familiaridade e seduzido pelo fascínio demorado de uma raça antiga, misteriosa. As Crónicas Marcianas de Ray Bradbury é uma obra clássica da literatura do século vinte cujos poder e imaginação extraordinários se mantêm radiosos apesar da passagem do tempo. Em histórias cronológicas e interligadas somos uma vez mais cativados, deliciados e desafiados com a visão e o coração de um grande mestre — expondo com singeleza e assombro à luz brilhante do espaço a nossa força, a nossa fraqueza, a nossa loucura e a nossa bondade pungente num mundo estranho e prodigioso ao qual o género humano não pertence.
Dois jovens travam conhecimento num mundo mágico do outro lado do rio e para além do limiar do mundo quotidiano onde cresceram. Não sabem como nem por que razão chegaram à rua calcetada e ao crepúsculo eterno de Tembreabrezi, a vila da montanha. Sabem apenas que, voltando lá, encontrarão a paz e a fuga todos os enfadonhos problemas da vida diária. Porém quando o refúgio se converte em horror e os caminhos de sonho conduzem ao pesadelo, deixa de haver fuga. Têm então de optar não entre uma vida e outra mas entre a vida e a morte. E têm de escolher sem qualquer orientação ou explicação, sem auxílio algum ... a não ser donde menos esperariam.
Chocky : o amigo invisível
Pela primeira vez publicado em 1968, Chocky, o Amigo Invisível é um clássico de ficção científica que foi alvo de diversas adaptações; em 1967 a BBC produziu uma versão radiofónica e em 1984 uma versão televisiva juvenil estreou no ITV, no Reino Unido. Chocky, o Amigo Invisível conta, tal como o título indica, a presença de um amigo invisível na vida de um rapaz chamado Matthew. Os pais de Matthew achavam que este estava apenas a atravessar mais uma fase - desta vez, uma fase em que falava sozinho. Decidiram, como todos os pais, esperar que essa fase passasse, porém os solilóquios agravavam-se a cada dia que passava. Pouco depois, Matthew começou a fazer coisas que nunca poderia ter feito antes desta "fase": cálculos matemáticos em linguagem binária, por exemplo. E foi então que Chocky - dentro da cabeça de Matthew, se revelou.